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Ao volante do novo Opel Mokka

Ao volante do novo Opel Mokka
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“Espírito Jovem”

 

O primeiro Opel Mokka foi um modelo com “pouca sorte” em Portugal na sua primeira geração, devido a uma política de taxas de portagens injusta, que o taxava como classe 2. De qualquer das formas, o modelo teve uma elevada dose de sucesso para a marca, a nível europeu. Agora na nova família Stellantis, o Mokka surge completamente diferente da geração que veio substituir.

Por fora, neste primeiro contacto com o modelo, é o Opel Vizor que mais se destaca, nome que é  dado à nova grelha dianteira dos próximos Opel e que se estreou tanto neste Mokka, como no renovado Crossland. O modelo que usa a mesma plataforma CMP do Peugeot 2008 é mais curto que o modelo francês, o que lhe garante uma imagem mais cativante. Para além disso, as suas linhas são modernas e podem contar com uma elevada dose de personalização, o que deverá agradar a uma clientela mais jovem.

No interior, encontramos um tablier de nova geração para a marca, com um cockpit 100% digital e de fácil leitura. A Opel chamou-lhe de “Pure Panel”, e traz para o interior a imagem moderna do exterior, muito graças a dois ecrãs de 10”” e 12’’, um para o painel de instrumentos e outro para o sistema multimedia.

A posição de condução é confortável e é também daqui que se pode ver que a ergonomia do modelo foi tida em conta, com o ecrã central a ser ligeiramente mais orientado para o condutor. Outro ponto a favor no que à ergonomia diz respeito são os comandos da climatização que são físicos e separados do sistema multimedia.

Os materiais empregues neste Mokka estão na média do segmento, com plásticos mais rijos na parte inferior e alguns de melhor qualidade nos “pontos de toque”. Está longe de desapontar. A sua menor dimensão exterior nota-se um pouco no interior, com o espaço atrás a não ser referencial, preço a pagar por uma imagem mais irreverente. A bagageira conta com uns bastante aceitáveis 350L de capacidade.

Ao Volante

A Opel não quis que o Mokka fosse um “clone” de outras propostas do grupo, por isso, para além de uma imagem distinta, também lhe deu um comportamento dinâmico próprio. Nota-se que a suspensão foi afinada para um desempenho dinâmico mais desportivo (e alemão), sendo um pouco mais rija, sem massacrar os passageiros. A direção e todos os comandos são leves, o que ajuda a uma superior agilidade e facilidade de condução em cidade.

Começando pela versão elétrica, esta usa o mesmo conjunto das outras propostas do grupo, ou seja, um motor elétrico de 100kW (136cv) com 260Nm de binário, com a ajuda de uma bateria de 50kWh. Segundo a Opel, o Mokka-e é capaz de uma autonomia de 324km. Este elétrico, tal como o Corsa-e, destaca-se pela sua “normalidade”, não sendo muito diferente de conduzir um normal automóvel de combustão.

Passando para o Mokka 1.2 Turbo de 130cv, este pareceu ser o melhor balanço, já que a potência é mais que suficiente para este Opel Mokka que pesa menos 300kg face à versão mais “silenciosa”. Por falar em ruído, o habitáculo está bem insonorizado, com a transmissão automática de oito velocidades a fazer também o seu trabalho de forma correta. Quanto a consumos, esses não deverão passar da casa dos 6/7 litros por cada cem quilómetros, mas só saberemos num ensaio mais completo.

Quanto a preços, o Opel Mokka, que já está disponível para encomenda, apresenta-se em quatro níveis de equipamento: Edition, Elegance, GS Line e Ultimate. O preço inicia-se nos 21.100€ para a versão Edition com o motor gasolina turbo de 100cv. Quanto ao diesel, disponível apenas com transmissão manual, começa nos 24.500€ para essa mesma versão, enquanto o elétrico pode ser adquirido desde 36.100€. O modelo chega aos concessionários já em Abril.

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!