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Já conduzimos o Honda HR-V em solo nacional

Já conduzimos o Honda HR-V em solo nacional
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“Carro de conquista”

 

A Honda apresentou em solo nacional a terceira geração do seu HR-V, após o lançamento da geração original em 1999, e pretende conquistar 50% das vendas do construtor nipónico em território nacional, numa altura em que a marca está num momento de eletrificação de toda a gama.

O novo HR-V é assim “peça chave” nessa transição, com o modelo a estar somente disponível com um conjunto híbrido, o qual a Honda denomina de e:HEV.

Este é um SUV com inspiração coupé, com um desenho distinto e mais clean, que agrada e difere de algumas propostas recentes da marca. Esta sua aparência parece ter agradado os consumidores nacionais, prova disso são as mais de 100 unidades encomendadas deste modelo… mesmo antes de chegarem aos concessionários nacionais, com as entregas a ocorrerem ainda durante o mês de março.

No seu interior, a marca optou por um habitáculo fácil de conviver, ou seja, ergonómico e com um desenho simples, mas com interessantes detalhes. Os materiais são mais rijos ao toque, mas com uma montagem que parece não ter falhas, normal no construtor. Mas é o espaço que mais impressiona, já que contamos com a filosofia “Man Maximum, Machine Minimum”, o que permite ao Honda HR-V “concorrer” em dois segmentos.



Ou seja, se por fora tem uma dimensão de segmento B, o seu interior conta com quotas de habitabilidade dignas de segmento superior, principalmente para quem viaja atrás. O acesso e espaço para a cabeça não é dos melhores, já que o estilo exterior obrigou a isso, mas ainda assim é bastante “desafogado” viajar no Honda HR-V comparativamente com a sua concorrência. Ainda como ponto de destaque, os bancos mágicos, estreados no Honda Jazz em 2001, que também aparecem nesta proposta da marca. A bagageira conta com 319L, decrescendo para os 304L para a versão mais equipada, que conta com sistema de som premium. Mas quanto a isso já lá vamos.

Sobre os propulsores, ficámos a saber que para o próximo ano é esperada uma versão 100% elétrica, com a gama a ficar totalmente a cargo do conjunto híbrido. Assim, entrega 131cv de potência e 253Nm de binário, conseguidos através de um motor a combustão 1.5 i-VTEC e dois motores elétricos (um gerador e outro de tração), tudo orquestrado pela transmissão e-CVT, como usada no Jazz.

Este conjunto é mais do que suficiente e continua a ser muito suave na sua utilização, capaz de consumos verdadeiramente baixos, que no trajeto feito na apresentação ficou em 4,5L/100km. Em parte do circuito, puramente citadino e a baixa velocidade, graças a regeneração e locomoção EV, o consumo ficava na casa dos 2,5L/100km.

Em autoestrada, a transmissão e-CVT, que tanta suavidade confere em cidade, faz-se ouvir mais, com o som a não acompanhar o aumento de velocidade, mas é o preço a pagar pela poupança, ainda que mesmo aqui fique em torno dos 5L/100km a velocidade estabilizada, algo que só conseguiremos aferir melhor num ensaio mais completo que ficará para breve.

Quanto ao seu comportamento, o foco foi claramente dado ao conforto, com as suspensões/amortecedores a conseguirem boa absorção das irregularidades. Tal como os consumos, isso será melhor avaliado através de mais quilómetros percorridos neste novo Honda HR-V. Mas as primeiras impressões foram positivas, graças também a uma direção com a leveza necessária em cidade, assim como informativa.



A gama em Portugal está composta por três níveis de equipamento: Elegance, Advance e Lifestyle. O Honda HR-V é bem equipado desde a versão de entrada, com toda a gama a contar com grupos óticos Full Led, Cruise-Control Adaptativo, jantes de 18 polegadas, chave inteligente, sensores de estacionamento traseiros e dianteiros com ajuda visual e ecrã central com 9 polegadas.

Os preços iniciam-se nos 34.500€ para a versão Elegance, 37.500€ para o nível intermédio Advance (que passa a contar com portão de bagageira elétrica, alerta de ângulo morto, luzes de nevoeiro em LED e ar condicionado de 2 zonas), e o mais equipado Lifestyle por 41.000€ (que recebe ainda estofos em pele com dois tons, carregador sem fios para smartphone, barras de tejadilho e sistema de som premium).

Depois de eleger a versão, há seis cores à escolha, numa gama que conta com 5 anos de garantia sem limite de quilómetros.

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!