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Hyundai i30N Line 1.4 T-GDi

Hyundai i30N Line 1.4 T-GDi
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“Pingo de picante”

 

Tendências é algo que é definido como uma preferência para uma determinada coisa ou estilo. Neste momento, na indústria automóvel, em termos de estilo temos dois tipos que estão em crescendo: os crossovers/SUV, e os automóveis com “pinta de desportivo”.

Ou seja, para além das marcas contarem com um SUV em praticamente qualquer segmento onde estejam inseridas, começa a parecer necessário contarem com uma variante de aspeto mais desportivo, para cativar um público extra. Para isso, costuma ser preciso um “modelo base”. Ou seja, um desportivo “à séria” que faça inspirar este “wannabe”.

Pois bem, GT Line, AMG Line, M Sport, S Line, R.S. Line, tantos nomes, tantas siglas que nos fazem ter um aspeto desportivo sem arruinar a carteira, seja em aquisição, consumos ou manutenções.

Qual é a última marca a entrar neste “baile”? A Hyundai.

Como seria esperado, o nome escolhido foi N Line, inspirado, claro está, pelo seu “hot hatch” desportivo: i30 N, que já tive o prazer de testar, mesmo comparando com o seu modelo base, e nesse caso foi bem óbvia a distinção estética entre ambos, mas por agora, isso fica resolvido!

Aqui está ele, e se olharmos rapidamente (ou até mesmo com alguma atenção) torna-se muito idêntico ao seu “irmão desportivo”. A dianteira conta com um para-choques praticamente igual ao usado pelo i30N, com as primeiras diferenças visíveis na lateral, com uma altura ao solo ligeiramente inferior face ao modelo base, fruto de uma afinação específica que falaremos mais à frente, e umas jantes de 18’’ (ainda que muito generosas, são mais pequenas que as montadas no i30 N Performance), envoltas numa borracha aderente, os Pilot Sport 4, da Michelin. A traseira também bebe muita da inspiração, com a outra distinção a ir para as ponteiras de escape, que mesmo sendo duplas, passam de estar em cada extremidade a estarem encostadas uma à outra no lado direito.



No interior, o mesmo estilo desportivo. Os bancos em pele e alcântara transitam da versão desportiva, e ganham tanto pela parte visual como em conforto e apoio, assim como outros elementos, nomeadamente o punho da caixa manual de seis velocidades e o volante exclusivo (que perde os botões de Drive Mode e N Mode).

De resto? Tudo igual, ou seja, um Hyundai i30 no melhor que pode oferecer: um habitáculo bem organizado, um amplo espaço interior e uma montagem que insiste em não apresentar mácula, mesmo nos maus caminhos. O equipamento é também um apanágio na marca, e não falta praticamente nada, já que o Ar Condicionado Bi-Zona, Cruise Control e limitador de velocidade, lane keep assist, sistema de navegação e multimédia com conetividade para smartphones é de série. Talvez só tenha notado falta, como no Fastback, do espelho retrovisor “tradicional”, ou seja, sem ser electrocromático. Coisas que pouco importam.

Pois bem, passando à condução, aqui vão agradáveis notícias!

Ao contrário de algumas marcas, a Hyundai optou por fazer deste i30N Line mais do que apenas um i30 com pinta de desportivo, mas sim criar uma versão intermédia, nem que seja apenas em termos de sensações. E se parado consegue fazê-lo, em andamento também!



Esta unidade contava com um dos dois motores disponíveis para esta versão, o 1.4 T-GDi de 140cv aliado a uma caixa manual de seis velocidades, que triunfa pelo seu manuseamento (a outra opção é o motor diesel com transmissão DCT).

Até aqui, tudo igual ao que já pudemos experimentar, tanto nesta carroçaria, como no mais elegante Fastback. Contudo, o N Line também tem afinação específica de suspensão e amortecedores, assim como um sistema de travagem melhorado (16 polegadas em vez de 15), e isso faz uma grande diferença.

O i30 N Line torna-se mesmo numa proposta intermédia, com um comportamento mais acutilante, visto a sua afinação estar mais “rijinha” sem chegar ao ponto de incomodar. As reações acontecem de forma mais imediata, com menos rolamento de carroçaria, e a direção está com bom peso, ajudada também pelo volante com melhor pega. Sim, porque isto das sensações também é muito por aí…

Quanto ao preço, também dá um bom feeling, já que se situa abaixo da barreira (que é mais que psicológica) dos 30 mil euros, e com campanha, uma unidade como esta pede 26.750€, o que é justo face ao equipamento oferecido, ao seu look exterior que fica mais exclusivo, mas acima de tudo pelo aumento de dinamismo face a um “mais normal” i30.


Queres o “The real deal”? Então conhece o Hyundai i30N na sua versão mais elegante.
Ensaio – Hyundai i30N Fastback

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!