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Teste ao renovado KIA Ceed 1.0 T-GDi Sport

Teste ao renovado KIA Ceed 1.0 T-GDi Sport
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“Não tem porque não”

 

O KIA Ceed foi renovado. Aquele que é um dos modelos mais importantes para a marca coreana na Europa, bate-se no segmento C, com um equilíbrio de preço/equipamento difícil de dizer que não. Em teste na sua versão Sport e motor 1.0 T-GDi de 120cv.

Olhando para ele, notam-se bem as suas diferenças na dianteira, com um aspeto mais desportivo graças aos para-choques com novo desenho, mais agressivo, que conta ainda com um novo padrão das suas grelhas de refrigeração. Também aqui, na frente, o novo logo da KIA é outro motivo de destaque, que traz modernidade a todo este conjunto. A sua silhueta continua fácil de gostar, com uma aparência robusta, com uma linha de cintura elevada que ajuda a essa sensação, com linhas bem definidas, mas sem muitas invenções, o que também quer dizer que agrada a muitos, não afastando potenciais clientes. As jantes de 17’’ polegadas bicolores são de série.

A traseira também contou alterações, ainda que mais ténues, com o para-choques retocado, apresentado uma verdadeira ponteira de escape, assim como o logo da marca, que se destaca agora de melhor forma.



Passando para o seu interior, o “jogo” é muito idêntico ao do exterior, com uma sobriedade que não foi levada a um extremo. Ou seja, o KIA Ceed apresenta um interior agradável, muito bem construído, assim como vários comandos físicos, o que ajuda muito a manter um bom nível no que à ergonomia diz respeito. Mas, também no seu interior, podem ser encontradas diferenças. A mais importante é obviamente o painel de instrumentos digital, que pode ver o seu estilo configurado em três diferentes aspetos, sem cair, uma vez mais, na tentação de “inventar” em demasia; é um painel de instrumentos digital que replica o analógico.

Ao centro, o sistema multimédia é simples, mas completo, ainda que não conte com Navegação nesta versão, compensando esse facto com a possibilidade de espelhar o smartphone sem fios para o ecrã e, com isso, utilizar o sistema de navegação predileto, seja ele o Google Maps ou o Waze. Abaixo dos comandos físicos da climatização bi-zona, encontramos o espaço para carregamento do telefone por indução, assim como outros espaços de arrumação fechados e abertos, que se prolongam pela consola central.

A posição de condução é correta e possível de múltiplos ajustes, com um bom apoio dos bancos em pele e tecido. Atrás, espaço suficiente para três adultos (com apoio de braço central) e uma bagageira de 395L de capacidade, uma das maiores no que toca a Hatchback de cinco portas.



A animar esta unidade esteve o já nosso bem conhecido 1.0 T-GDi de 120cv, um propulsor tricilíndrico que está acoplado a uma transmissão de seis velocidades. Este motor cumpre para quem pretenda um automóvel familiar e não esteja obcecado com andamentos mais rápidos. Para esses, antes deste restyling ainda tínhamos a hipótese de contar com o 1.4 T-GDi de 140cv, com uma arquitetura de quatro cilindros e era a escolha ideal para quem tinha mais alguns euros no bolso para gastar, no entanto, foi substituído pelo 1.5 T-GDi de 160cv, que não está disponível no nosso país, e nem mesmo o facto de contar com tecnologia “Mild Hybrid” lhe dá tréguas face aos impostos praticados por cá.

Assim, este “mil” a gasolina torna-se a única escolha a seguir. Em cidade, o seu consumo raramente baixa dos 7L/100km, vendo esse valor reduzir quando fazemos mais alguma autoestrada, graças a uma transmissão com um escalonamento mais longo. Em termos de comportamento, o Ceed segue muito a mesma filosofia da sua parte estética, conseguindo cumprir e ser perfeitamente eficiente e previsível, mas sem querer ser a aposta emocional do segmento.

Agora, falei de tanta coisa porquê? Primeiro, porque isto é um ensaio a um automóvel, mas também de forma a entender-se que este modelo de segmento C, com um nível de equipamento sem lacunas (tirando apenas a ausência de acesso e arranque mãos livres, que me fez carregar num botão imaginário por diversas vezes, custa apenas 20.050€. Sim, pouco mais de 20 mil euros por um familiar médio, que pode muito bem ser o “carro lá de casa”. Para além disso, em conjunto com este Ceed, o cliente ainda leva consigo uma garantia de 7 anos ou 150.000km.

É uma escolha lógica, sem ter de deixar nada para trás.

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!