Sabe quais os SUV compactos que mais venderam (até agora) em 2020

“O fabuloso mundo dos pequenos SUV”

Há uns anos não poderíamos imaginar, mas o segmento dos pequenos crossover e SUV é o terceiro maior da Europa, atrás dos subcompactos e compactos. Os números de vendas neste primeiro quarto de 2020 foram obviamente de queda, mas ainda assim mais pequena do que o previsto: 15%. Isso totaliza mais de 547,000 unidades vendidas, ficando assim com um “share” de mercado que ultrapassa os 15%. Mas quem é o vencedor e o derrotado deste segmento?

O TOP 5

Em quinto lugar surge um automóvel que tem tido um grande sucesso no nosso país, e pelos vistos não só. O Hyundai Kauai (ou Kona como é chamado passando a fronteira) tem conquistado o coração dos europeus. Foram vendidas 26.959 unidades, e foi um dos poucos modelos (não recém-lançados) que cresceu face ao ano anterior. Um crescimento de 9%.

O quarto lugar é ocupado por uma solução racional. O Dacia Duster fica assim no TOP 5 com 28.277 unidades vendidas, mas é também o modelo que mais terreno perde: menos 49% das vendas comparativamente ao ano passado. Assim, a proposta romena apenas conquista 5,9% do “share” do segmento.

Já com 6,5%, e com a maior taxa de crescimento face ao ano passado (3745%), o que é justificado pela sua data de lançamento, o Volkwagen T-Cross marca a chegada ao TOP 5 e é o segundo representante da marca germânica neste lote muito limitado. Foram vendidas 31.339 unidades do modelo que partilha muito com o SEAT Ateca e Skoda Kamiq.

Com mais 3.100 unidades vendidas que o VW T-Cross, o novo Renault Captur assume o segundo posto do B-SUV, garantindo uma “fatia” de 7,2% do segmento. Ainda que tenha decrescido face ao ano anterior, o modelo poderá aumentar as vendas com a chegada das novas versões Plug-In Hybrid na segunda metade do ano.

O grande vencedor, com quase 40 mil unidades comercializadas nos primeiros seis meses do ano é o “Made in Palmela” Volkswagen T-ROC. O bem nascido modelo da Volkswagen consegue assegurar o primeiro posto, mesmo que a sua queda tenha sido grande, com menos 32% das vendas face ao ano de 2019.

E o resto das sensações?

Existem outros modelos que estão um pouco mais para baixo, como é o caso do Peugeot 2008, que ocupa a 7ª posição, com 24.914 unidades vendidas, e que em conjunto com o C3 AirCross (9ª), Opel CrossLand X (6º), C4 Cactus (22º) e DS3 Crossback (24º com 946% de crescimento) garantem ao Groupe PSA o segundo lugar no segmento, com 18,2% das vendas, apenas atrás da Volkswagen, que consegue 27,3%.

O grupo Alemão tem na tabela propostas como o SEAT Arona (8º), Skoda Kamiq (12º) e Audi Q2 (13º). Agora, se juntarmos a PSA com a FCA, o “market share” sobe para os 24%, o que ameaça o império do grupo alemão.

Ainda falando nos grupos, a Renault/Nissan garante 17,4% com a ajuda do Nissan Juke em 16º lugar, enquanto a Hyundai/KIA fecha o 4º lugar dos grupos com 15,3%, ainda que conte com mais propostas: KIA Niro (14º), KIA Stonic (15º), KIA XCeed (19º) e KIA Soul (29º).

Então e quais foram as surpresas… menos boas?

Andando pela grelha e vendo quem mais desceu, os 99% do Mazda CX-3 chamam a atenção. Apenas foram vendidas 109 unidades nos primeiros seis meses do ano. Para se ter uma noção, foram vendidos 5x mais Lada Niva em igual período.

A justificação é simples: a Mazda agora está a apostar totalmente no CX-30 e CX-5 no que toca a SUV, portanto, se quer um CX-3 é aproveitar os matriculados ou despedir-se para sempre…

Importante também referir a performance do Suzuki Jimny, que mesmo com a sua despedida (demasiado cedo) da Europa, conseguiu comercializar 3.854 unidades, uma quebra mas que ainda assim garantiu um honroso 28º lugar, ficando não muito atrás do seu companheiro de gama S-Cross com 4.423 unidades.

Fica com o TOP 10 das vendas: