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“Buon compleanno Pandina!” – FIAT Panda comemora o seu 40º aniversário

“Buon compleanno Pandina!” – FIAT Panda comemora o seu 40º aniversário
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“La grande utilitaria”

 

Esse foi o slogan utilizado pela FIAT para caracterizar o FIAT Panda, modelo que lançou em 1980. Colocado entre o 127 e o 126, substituindo posteriormente os dois, este modelo, tal como a segunda geração do 500 lançada em 1957,  tinha igualmente o objetivo de uma revolução social, numa era diferente.

 

O projeto foi liderado de inicio Carlo De Benedetti, que em 1976 chamou ao projeto de “Rustica”, esse era o seu nome de código. Para Carlo, a inspiração foi a de alguns modelos compactos franceses, que com uma grande simplicidade conseguiam tornar mais simples para as tarefas diárias. O projeto foi posteriormente aprovado por Nicola Tuffareli, que deu “luz verde” para que a partir de 1980 o Panda se tornasse um sucesso.

No caderno de encargos esteve sempre bem presente a ideia que este novo automóvel teria de ser facilmente utilizável por todo o tipo de clientes, que fosse compacto, mas ao mesmo tempo espaçoso e que no final tivesse um preço baixo, assim como reduzidos custos de utilização. Para isso foram também empregues novos tipos de produção, assim como soluções inovadoras e incrivelmente simples, como era o caso do banco traseiro que, inicialmente, não passava mais do que duas travessas metálicas que em conjunto com o tecido, davam a capacidade ao Panda de sentar até cinco passageiros.

Depois existiam motivos tao italianos, como o caso de os bancos dianteiros poderem ser retirados do habitáculo para ser usados…num piquenique. Outros tempos, que podemos ver no spot publicitário de lançamento em 1980:

O seu desenho era pensado no espaço, ou seja, projetado de “dentro para fora”, o que lhe deu o típico aspeto angular. Ainda assim, tinha um coeficiente aerodinâmico mais baixo que o 127, com o Panda a apresentar um Cx0,45, o que até parece reduzido tendo em conta as suas formas. Para o “animar”, o modelo contava, na altura do seu lançamento, com dois motores. O Panda 30, um pequeno motor dois cilindros, com 652cc e 30cv, enquanto o Panda 45 tinha um mais robusto motor 4 cilindros com 903cc e 45cv.



O modelo foi criado para resistir ao teste do tempo, e isso foi conseguido já que o modelo desenhado por Giogetto Giugiaro foi produzido quase um quarto de século na sua primeira geração, até 2003. Em 1990 conheceu a versão Elettra, uma proposta 100% elétrica, e foi também o primeiro automóvel citadino a contar com uma versão 4X4, muito popular nas regiões mais perto dos Alpes e que Gianni Agnelli ele próprio conduzia nas suas férias. É a prova de que o Panda era realmente para todos, desde avós, mães, jovens, até ao “avvocato” e industrial mais poderoso do país…

Em 2003 chega a segunda geração. Ou seja, não é bem assim, já que hoje poderíamos não estar a comemorar o quadragésimo aniversario deste modelo.

Apresentado em Genebra, a FIAT mostrou o Gingo, um modelo de segmento A com mais 13cm que o Panda.  Na verdade, era o novo Panda, mas que a própria marca ainda não sabia que o era. Confusos?

Ou seja, foi a Renault que assim “decidiu”, avisando a marca de Turim que o seu nome era demasiado parecido com o do Renault Twingo, e que se fossem em frente corriam o risco de travarem uma longa luta no “banco dos réus”. Por isso, a FIAT acedeu ao pedido, mudou o nome para Panda e teve de resolver tudo em tempo recorde.

Sim, isto porque já haviam sido produzidas muitas unidades dos “Gingos”, e que, para além de que elementos para os media, os catálogos já contavam com esse nome. O Gingo só se começou a chamar Panda em…Lisboa.



Sim, porque a sua apresentação internacional decorreu no nosso país, e foi aí pela primeira vez o mundo soube que o Panda conheceria uma segunda geração, onde os responsáveis da marca andaram a colar o “novo nome” nas 400 unidades que estavam presentes na nossa capital. Obrigado Renault!

Com duas portas extras e ainda mais prático, o Panda continuou tal como a primeira geração a ser o modelo mais vendido de Itália, com uma gama de motorização mais ampla, incluindo o diesel, que a primeira geração também contou desde 1986. O que também não faltou foi a adorada versão 4X4 e 4X4 Climbing, que fizeram (e fazem) as delicias dos mais aventureiros. O modelo venceu ainda o troféu de “Car of the Year” em 2004.

A terceira geração chega em 2008 e foi uma evolução da segunda, fazendo assim viver o nome Panda. Mais crescida e mais alta, é mais espaçosa que o anterior modelo mostrando que um automóvel citadino pode continuar a ser espaçoso, conseguindo ao mesmo tempo conviver bem na gama com o 500, um produto mais emocional. Em 2020 recebe a nova versão Mild-Hybrid, que utiliza o novo motor 1.0 FireFly, substituto do motor 1.2 Fire de 8 válvulas utilizado nas duas primeiras gerações.

Ao contrario da segunda geração, que era fabricada na Polónia, o Panda de 3ª geração voltou ao seu berço inicial, de Pomigliano d’Arco, em Itália. Independentemente das fábricas onde foi produzido, o nome Panda já foi colocado mais de 8 milhões de vezes nos portões de bagageira, e esperemos que assim continue a ser por muitos e bons anos.

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!