Home Carburadores “Será um melhor que o outro?” – FIAT 500C Hybrid e Panda Hybrid juntos em Lisboa

“Será um melhor que o outro?” – FIAT 500C Hybrid e Panda Hybrid juntos em Lisboa

“Será um melhor que o outro?” – FIAT 500C Hybrid e Panda Hybrid juntos em Lisboa
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“Coexistência pacifica”

 

Estas seguintes frases que vos escrevo, não tiveram praticamente nenhuma preparação, mas mostram a semelhança entre dois indivíduos, face a dois automóveis e dois projetos com o mesmo propósito.

A ideia que objetos ou empresas idênticas não podem funcionar em conjunto, foi sempre algo que me fez muita confusão. Se a paixão e/ou o propósito está com as agulhas apontadas na mesma direção, que sentido faz não se unir esforços para conseguir algo melhor, sem que cada um, ou cada coisa não perca os seus objetivos?

Vou explicar então. Eu estava em conversa com o João Isaac, um dos co-fundadores da Garagem, um site em muitos aspetos parecido com este que estão a ler. A Garagem é mais recente, mas por outro lado, ao contrário do MotorO2 não é uma “One Man Band”. Não foram “doidos” a esse ponto.

Nessas nossas conversas costumamos sempre comentar que carros temos marcados, isto porque a ideia de fazer algo em conjunto estava já há algum tempo em cima da mesa, e neste fim de semana onde se passa a historia que já vos contarei, estávamos com dois FIAT, da mesma cor e do mesmo segmento. Ou seja, para o mesmo cliente. Tal como os nossos sites.

Decidimos então fazer algo. O Isaac partia com vantagem de morar mais perto do ponto de encontro, a torre de Belém, as 7 horas da manhã. Eu acordei a 46km de distância, com um despertador que tocou às 6. Ninguém merece, pensam vocês.



Eu respondo que não. Se há algo que gosto de fazer é ir fotografar cedo, para uma Lisboa que está deserta. Infelizmente não é um contraste tão grande como sentia no passado, devido à pandemia que afastou muitos turistas da nossa capital.

O objetivo deste encontro de dois FIAT e de dois criadores de conteúdo?

Não sabíamos qual seria.

Surgiu-me então a ideia de eu tentar “vender” o meu 500C Hybrid ao Isaac, e ele vender o “seu” Panda Cross Hybrid aqui ao Hernandez. Assim conseguiríamos entender os pontos fortes de cada um. Ou então treinar para possíveis vendedores,  caso isto corra mal. Nada se perde…

O sol já nasceu de forma tímida, com os carros lado a lado. As diferenças são menores do que as semelhanças. Os tamanhos idênticos, o mesmo propulsor e a cor fazem mais uma vez ver que dois modelos podem viver sem se impactarem.

Vejamos. O Panda é o automóvel sensato, que quer dar-te o máximo dele com o mínimo teu. Se fosse uma pessoa, era daquelas que gostaria de ir comer com o melhor balanço entre baixo preço e alta quantidade. Já o 500C prefere antes um petisco mais simples, mas uma maior experiência. São maneiras diferentes de abordar as coisas.



O Panda tem mais espaço a bordo, mas uma imagem mais simples, ainda que com bastante caracter. Já o 500C é completamente inconfundível, com uma silhueta que é “decalcada” e muito bem do Nuova 500 de 1957. Um exercício muito bem feito, que ao contrario de alguns dos seus concorrentes soube fazer bem o trabalho de casa, e que com mais de 10 anos de mercado continua a vender que nem “piadinas molto calde” (trocadilho para pãezinhos quentes, mas usando as piadinas).

 Rapidamente entendemos que somos ambos apaixonados por automóveis, e nenhum de nos estava a cumprir a tarefa de escolher qual preferir. Eu fui de 500 e voltei muito feliz nele para casa, mas se fosse o inverso também não ficava chateado. Momentos depois disto acabo a trocar o nome 500 por Panda, com o “garagista” a trocar o Panda por 500. A tarefa não está a correr bem.

Que fazer deste artigo? Não soubemos.

Partilhamos o mesmo artigo? Fazemos um vídeo tipo Vlog? Pode ser.

Então num momento, eu, Rodrigo Hernandez, armei-me “Quentin Tarantino de Belém” e tentei criar um guião em cima do joelho, uma ideia onde cada um puxaria do seu citadino. A GoPro tinha bateria, havia tripé…, mas faltou a ventosa para o vidro.

Concordamos então que esta vinda a Lisboa valeria pelo pequeno almoço e pelas fotos que eu “despachei” logo. O vídeo existe, mas decidimos por vosso bem, não o publicar.

As horas passam, e as histórias em torno dos carros começam a crescer, vindas de dois rapazes que há uns anos não imaginariam que estariam a fazer o que fazem hoje. Tal como o Panda, o Isaac não impacta o 500 que eu sou. Ambos temos o mesmo propósito, concorremos em conjunto, mas não nos impactamos.

Coexistimos pacificamente, e é assim que deve de ser.



Agora, podem ler o artigo na Garagem, que fala também sobre este dia.

 

 

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!