“O início de um novo capítulo”
A Hyundai Portugal apresentou em território nacional a nova geração Kauai, o modelo mais vendido da marca coreana em território português e o segundo mais vendido na Europa, o que quer dizer muito, já que este construtor comercializou mais de 14 milhões de SUV, desde o lançamento da primeira geração Santa Fé. Esta foi, por isso, uma apresentação importante para as aspirações do fabricante, que fez o Kauai melhorar, crescer e assumir um diferente protagonismo na gama.
O modelo está maior nas suas dimensões, “afastando-se” do Bayon e aproximando-se do Tucson, contando agora com uma imagem ainda mais arrojada, enquanto a componente dinâmica foi outro dos pontos melhorados do modelo que é fabricado na Europa, para a Europa.
No exterior, deste que será o maior automóvel do segmento B SUV, existiu uma preocupação evidente com a aerodinâmica – com um coeficiente aerodinâmico de 0,27 – graças a um design bastante esguio, mas igualmente robusto e bem mais tecnológico, seja na versão “normal” ou na mais desportiva N-Line, os dois “sabores” que podem ser escolhidos para este novo SUV da Hyundai.
As diferenças N-Line podem ser encontradas nas jantes, nos detalhes mais agressivos dos para-choques dianteiros e traseiros, na dupla ponteira de escape, assim como nos elementos plásticos na cor da carroçaria.
Já no interior, existiu a preocupação em oferecer um ambiente tecnológico, graças ao duplo ecrã panorâmico, com 12,3’’ polegadas, dedicado ao painel de instrumentos e outro de igual dimensão para o sistema multimedia. No entanto, existiu igualmente um cuidado com a facilidade de utilização, o que foi verificado pelos comandos físicos da climatização, assim como pelo novo comando da transmissão (se DCT), colocado agora na coluna de direção.
Mas é o espaço que mais impressiona no interior do novo Kauai, que pode ser já considerado um verdadeiro pequeno familiar. Atrás, existe mais espaço para as pernas, cabeça e ombros, enquanto a bagageira cresceu para uns expressivos 466l de capacidade, que podem, através do rebatimento dos bancos traseiros (na proporção 40:20:40) ascender até aos 723l de volumetria útil.
Em termos de gama, o Kauai estará disponível no seu lançamento com duas motorizações.
A iniciar a gama está o conhecido 1.0 T-GDI com 120cv, em dois níveis de equipamento: Premium (29.000€) ou N-Line (31.500€). Seja qual for a escolha, a transmissão DCT é uma opção por 2000€ extra.
Para quem precisa de mais performance e consumos mais comedidos, o HEV (Full Hybrid) continua disponível, com 141cv graças à combinação entre o motor a combustão 1.6 T-GDi e um pequeno motor elétrico. Neste caso, o N-Line continua presente (39.500€), assim como o nível Vanguard (36.500€). Para colorir o Kauai, existem 10 cores para as versões a combustão e 8 para o híbrido.
Primeiro Contacto
Para um primeiro contacto em território nacional, calhou-nos uma unidade 1.0 T-GDI com 120cv e transmissão DCT, no nível Premium. O modelo é efetivamente mais desafogado no seu interior, com uma dinâmica mais aprimorada, o que é confirmado pela direção que conta com um bom peso, assim como um pisar de estrada mais “crescido”. Os comandos são fáceis de operar, num habitáculo que conta ainda com bons espaços de arrumação, onde apenas os bancos poderiam ter um melhor apoio.
Em termos de consumos não conseguimos aferir valores, seja devido ao trânsito que se fazia sentir na nossa capital, ou devido às várias paragens para fotos, mas isso será aprofundado mais em detalhe num “Teste Completo” que fica prometido para breve, tanto a esta variante, como à HEV.
Em jeito de conclusão, o Kauai é agora um outro produto. Continua com uma imagem que se destaca, mas está mais crescido e com outras ambições, algo que o seu preço também pode demonstrar. O novo Kauai é agora mais um “Mini-Tucson” do que um “Maxi-Bayon”. Para início de 2024 fica prometida a chegada da versão 100% elétrica, que foi a que originou este novo Kauai, já que as versões a combustão foram desenvolvidas a partir dessa variante elétrica. É o sinal dos tempos…
