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Fast Forward: KIA Sportage GT Line 1.6 T-GDI

Fast Forward: KIA Sportage GT Line 1.6 T-GDI
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“A imagem que vende”

Estivemos uns dias ao volante do KIA Sportage, modelo que nasceu em 1993, e que muito mudou até aos dias de hoje. Agora, na sua quinta geração, conta com uma filosofia bem diferente do modelo original, bem mais atrativo, principalmente na versão GT Line, a mais emocional da gama deste SUV de segmento C.

 

Quais as “diferenças GT Line” neste Sportage?

Tal como para outras fabricantes, as versões GT Line (ou como quer que se chamem) são importantes para garantir vendas extra, e aqui, tal como em outras marcas, esta versão não conta com muito mais do que apenas ajustes de estilo para tornar uma proposta mais cativante.

Assim, as diferenças são visíveis nos para-choques, quer dianteiro, quer traseiro, na grelha dianteira com um diferente padrão, assim como nas suas jantes de 19’, de desenho exclusivo. Também muita da superfície em plástico preto dá lugar a elementos na cor da carroçaria, para uma imagem mais desportiva e menos aventureira.

No interior também contamos com um volante específico com a inscrição da versão, assim como diferentes bancos, revestidos em pele e tecido, com um apoio suficiente.

E tem mais conteúdo do que a desportividade extra no seu estilo?

Sim, tem. Aliás, conteúdo é algo que não falta ao KIA Sportage GT Line, já que o seu equipamento de série é muito completo, onde não faltam os elementos mais conhecidos de conforto, somando ainda faróis com matriz de LED, para uma máxima visibilidade à noite, ar condicionado de três vias, volante e quatro bancos aquecidos, assim como regulação elétrica para os bancos dianteiros. Em termos de segurança ativa a oferta também é muito elevada, com alerta de ângulo morto, saída involuntária de via, assim como cruise-control adaptativo.

Mas não é tudo, o KIA Sportage (seja GT Line ou não) é bastante espaçoso no seu interior, com os passageiros traseiros a terem uma elevada dose de espaço, ainda que o lugar central seja mais de recurso. Aqui também encontramos soluções interessantes, como as tomadas USB-C nas costas dos bancos dianteiros e um suporte no encosto de cabeça. A bagageira, que conta com abertura e fecho elétrico, oferece 587l de capacidade, com um bom acesso e capacidade de rebater na proporção de 40:20:40, de forma a atingir uma volumetria máxima de 1751l de capacidade.



E ao volante, como é?

O Kia Sportage GT Line está equipado, em Portugal, somente com o motor gasolina 1.6 T-GDI com 150cv, aliado a uma transmissão DCT de 7 velocidades. Este motor consegue oferecer performances suficientes para os 1580kg deste SUV, o que aliado a uma boa estabilidade direcional, torna-se num automóvel fácil de “ler” e previsível nas suas reações. O conforto não sai beliscado, provando que o GT Line ficou apenas no seu aspeto…

Mas é tudo maravilhas?

Não, a transmissão DCT7 é o elo mais fraco deste conjunto. Ou seja, durante a condução propriamente dita, é suave e mantém as rotações em níveis reduzidos, não se notando as suas passagens na maioria das vezes. No entanto, o problema surge nas manobras, com algum “delay” na resposta, assim como apresenta reações algo bruscas, principalmente em arranques em subida ou estacionamentos em descidas.

Quanto aos consumos, não se pode dizer que tenham sido negativos, tal como os 7,4l/100km em mais de 300km de teste em circuito misto provam, mas em cidade o valor sobe para a casa dos 9l/100km, provando que este 1.6 T-GDi é um motor algo sensível ao andamento… e ao local onde circulamos.

O KIA Sportage GT Line é a escolha certa para mim?

O estilo importa, e nisso o Sportage GT Line soma pontos, mas para além dessa componente emocional, a racionalidade está assegurada por um equipamento muitíssimo completo, um interior espaçoso e um comportamento dinâmico competente, onde foi garantido um bom equilíbrio entre o conforto e o dinamismo. É verdade que a transmissão DCT de sete velocidades poderia ser mais suave e decidida (a muito baixas velocidades), mas não é suficiente para deixar de equacionar este Sportage GT Line, que está disponível por 41.100€ graças à campanha em vigor, um valor justo para o que oferece.

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!