“Será mesmo Puro Sangue?”
São variados: Macan, Cayenne, Urus, Cullinan, Bentayga e DBX. Nomes de modelos, que há uns vinte anos atrás, nunca esperaríamos que fizessem parte (importante) das gamas de marcas que crescemos a admirar. Hoje, os SUV, para as marcas de luxo, são os “patrocinadores” para que se continuem a lançar as “loucuras” que nos fazem gostar tanto de marcas como a Porsche, Lamborghini, Rolls Royce, Bentley e Aston Martin.
Até agora, houve uma que ficou de fora, e é talvez aquela que mais fãs tem em redor do globo. A Ferrari.
Mas o tempo está a chegar, e a marca até já confirmou o nome do seu futuro modelo. Purosangue foi o escolhido, e o que para muitos poderá ser um verdadeiro sacrilégio, é para outros uma hipótese de a marca aumentar (ainda mais) os seus lucros nos anos que se seguem.
E será já em 2021 que o modelo chegará, ou será apresentado. As questões começam a ser respondidas, graças a algumas perguntas colocadas pelos colegas ingleses da AutoExpress.
“Podemos esperar que debaixo do capot esteja apenas um motor, como por exemplo o 3.9 bi-turbo V8 com 632cv?” Michael Reiters, responsável pelo departamento tecnológico da marca de Maranello, responde com um bastante claro: “Não.”
Explicando que “esta plataforma com motor dianteiro, será também usada para outros modelos, sendo bastante modular, tanto pode acomodar um V8, como um V12 ou até, no futuro, um V6.”
O Purosangue será, quase certamente, oferecido com uma proposta Plug-In Hybrid, depois do SF-90 Stradale mostrar esse caminho da eletrificação para a Ferrari. Mas aqui a aposta será diferente no que toca ao Purosangue, com a potência a não atingir valores tão elevados como no desportivo de motor central.
A marca continua a desenvolver o seu motor V12 6.5L atmosférico ao mesmo tempo, o que mostra a “bipolaridade” da marca, mas adicionar motores elétricos e baterias a esse motor, não é uma solução popular para os engenheiros da Ferrari:
“Para ser sincero, eletrificar um V12 irá provavelmente criar um automóvel mais pesado, por isso é uma solução que preferimos combinar com motores mais pequenos…” quem o diz é Enrico Galliera, diretor de marketing da Ferrari.
“A filosofia é a de seguir a evolução das varias tecnologias, e apenas as aplicar quando o seu desenvolvimento pareça satisfatório para nós.” Conclui Galliera.
O seu design ainda é uma “carta fechada”, mas segundo a AutoExpress, o modelo deverá contar com um pouco de vários modelos da gama, como será o caso do recém-lançado Roma, com uma linha bem mais GT, e menos ângulos vincados, como por exemplo o Lamborghini Urus optou.
O que deverá diferenciar o Purosangue dos seus adversários, são as portas traseiras dissimuladas, o que lhe fará conquistar o nome de “SUV Coupé”, não perdendo assim a ligação à marca.
A traseira contará com muita inspiração no outro GT da marca, o GTC4 Lusso, o que lhe irá garantir pontos no que toca à versatilidade, assim como um melhor acesso à bagageira.
No entanto, será necessário esperar até ao próximo ano para ver a versão final deste Purosangue.
Fotos: AutoExpress
