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Fast Forward – Mazda3 2.0 e-Skyactiv G Homura

Fast Forward – Mazda3 2.0 e-Skyactiv G Homura
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“Mudanças de pormenor”

 

O Mazda3 de quarta geração foi, desde o seu lançamento, um dos modelos de segmento C que mais gostámos, seja pelo seu design moderno e conceptual, pelo interior de qualidade que conjuga o minimalismo com a ergonomia, mas, acima de tudo, pelo “foco” que tem no condutor, ao oferecer sensações mais puras.

A Mazda fez algumas mudanças de pormenor no modelo, e nós fomos descobrir.

 

Que Mazda3 temos aqui?

Tivemos em teste o Mazda3 na variante HB (Hatchback), uma das duas disponíveis, já que existe igualmente a CS (Sedan). Em termos de motorizações, esta unidade estava equipada com o nível de potência intermédio (150), provenientes do 2.0 e-Skyactiv G que também pode contar com 122cv. Acima deste está o 2.0 e-Skyactiv X, com 186cv, com este a ter a hipótese de contar com tração integral. O Mazda3 pode contar ainda com transmissão manual ou automática, ambas com seis velocidades. Este era manual.

Em termos de equipamento, o nível Homura foi o escolhido para equipar este Mazda3 que podem ver nas fotos, numa gama que se divide em três níveis: Prime-Line, Exclusive-Line e Homura.

 

Este é o motor ideal?

Embora o 2.0 e-Skyactiv X e os seus 186cv apresentem uma performance em tudo superior, a diferença de preço de apenas mais 1.100€ face à variante de 122cv, e uma poupança de mais de 4 mil euros face ao mais potente, tornam este 2.0 e-Skyactiv G de 150cv a escolha mais lógica. Podendo optar por duas transmissões, a manual sai sem dúvida na frente, já que a Mazda é exímia no feeling que dá ao condutor e une-se bem com a filosofia destes motores atmosféricos.

Em termos de performance, podemos cumprir os 0-100km/h em 9,1s e atingir uma velocidade máxima, se fosse permitido, de 206km/h. Suficiente para um automóvel familiar deste tipo. Os 150cv já conseguem “animar” este Mazda3, sentir um bom equilíbrio de chassis e adotar uma condução divertida onde, ao contrário dos seus rivais, subir rotação e “trabalhar” com a caixa é uma realidade bem mais presente.



 O que mudou afinal neste restyling?  

Aos olhos, praticamente nada. Mas, ainda assim, mudaram algumas coisas. Exteriormente não encontramos diferenças; no interior o ecrã multimédia é maior, contando agora com 12,5’’ polegadas, e os comandos do volante assumiram uma tonalidade mais escura. Passamos igualmente a contar com possibilidade de carregar o smartphone por indução.

Por falar em smartphone, o Apple CarPlay e Android Auto sem fios podem projetar agora as indicações de percurso no painel de instrumentos. Para além disso, as ligações USB “evoluíram”, passando agora para USB-C.

Os sistemas de ajuda à condução são completos, com esta renovação a contar agora com um alerta sonoro que soa quando ultrapassamos a velocidade estabelecida num local, havendo, no entanto, a possibilidade de o desligar.

 

Tudo é perfeito neste Mazda?

Nem tudo. A visibilidade para atrás (e atrás) não é a melhor. Para o condutor, o pilar C é muito largo e para os passageiros a luz exterior não é abundante. Para o primeiro, existem assistentes de ajuda à condução, para o passageiro não há muito a fazer.

Para alguns, os motores atmosféricos podem ser “anti natura”, numa indústria cada vez mais habituada aos turbos e às eletrificações, o Mazda3 pode parecer uma proposta com pouco binário, sendo necessário um maior recurso “à caixa” do que o habitual, e isso pode afastar alguns potenciais clientes.

 

O Mazda3 2.0 e-Skyactiv G é o carro ideal para mim?

Se a experiência de condução mais “natural” é um dos elementos que procura, assim como uma elevada qualidade interior e um exterior que consegue destacar-se dos demais, o Mazda3 é mais do que uma aposta ganha. Bem equipado na versão Homura, tem um preço desde 36.708€, se equipado com este propulsor de 150cv, que também não tem muito apetite, sendo fácil consumos em torno dos 6l/100km. No entanto, se está habituado a motores turbo e gosta do “boost” talvez esta não seja a melhor aposta…

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!