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Fast Forward: Mazda2 Hybrid Select

Fast Forward: Mazda2 Hybrid Select
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“O certinho”

 

Para muitos, quando se lembram da Mazda, o primeiro modelo que lhes vem à cabeça é o MX-5, o roadster mais vendido do mundo e que continua a arrebatar corações nos “quatro cantos” do mundo. Para outros, quando perguntamos pelo híbrido da Mazda, respondem, e muito bem, que é o CX-60 com tecnologia Plug-in.

Mas não convém esquecer que existe este, o Mazda2 Hybrid. Que mesmo que não seja o mais emocionante dos Mazda, que na verdade até é proveniente de outro berço, não deve ser esquecido e é até um excelente exemplo do que um utilitário deve ser. Para isso, trouxemo-lo de volta para um “Fast Forward” para abordar alguns pontos.

 

“O que precisa um utilitário, para ser um bom utilitário?”

Para começar, um utilitário ideal deve ser compacto. Quem nunca quis ter um carro “um bocado mais pequeno” para caber naquele lugar de estacionamento maravilhoso? Portanto, aqui o Mazda2 Hybrid cumpre, com 3940mm de comprimento. Depois, deve ser “leve” de conduzir, porque as cidades estão cada vez mais movimentadas. Algo onde o Mazda2 Hybrid também coloca um “certo”, com uma direção leve, bons movimentos de carroçaria e um sistema híbrido que é suave e auxiliado por uma transmissão CVT, ideal na hora de negociar os semáforos com tranquilidade e despreocupação.

 

“Gasta pouco?” 

Essa é a primeira pergunta que se faz mal se diz que “este automóvel é híbrido”. E é a pergunta certa, obviamente. O Mazda2 Hybrid é um “full hybrid”, ou seja, consegue mover-se durante grande parte das nossas voltas de forma elétrica, sem necessidade de cabos de carregamento, com o motor a combustão a produzir essa energia, ou então aproveitando energia que seria desperdiçada pelas travagens ou descidas. É uma espécie de “fazer a festa e deitar os foguetes (e correr atrás das canas)”.

Portanto, graças a esse sistema vencedor (totalmente Toyota), é muito fácil assinalar médias abaixo dos 4l/100km e mais de 40% dos percursos a serem feitos em modo EV. O baixo consumo é mais uma das “coisas” importantes que um utilitário deve ter para ser um “bom utilitário”.



 “E se tiver que fazer uma viagem longa?” 

Para vos responder, e porque já sabia que iam fazer essa pergunta, entrei no Mazda2 Hybrid e fiz-me à estrada até ao Algarve. Sim, porque muitos portugueses, até há pouco tempo, escolhiam motorizações erradas porque “faziam uma viagem ao ano”. Então fiz aquela que a maioria deles fazem, a “grande viagem de verão”, com passageiros, malas, bóias e o periquito.

Não levei as bóias nem o periquito.

Em autoestrada é normal que não seja assim tão poupado, já que para um híbrido não é o percurso ideal. Mas, de qualquer maneira, é rubricado um consumo de 6l/100km. Os 116cv são suficientes para “puxar” os 1180kg deste Mazda2 Hybrid, mais os seus passageiros. Não é o seu habitat favorito, mas é perfeitamente polivalente.

Mas, para a próxima, façam uma pergunta mais simples, porque as portagens estão caras.


“É tudo maravilhas?”

Sempre me disseram que não há coisas perfeitas. No entanto, este Mazda2 Hybrid não é uma “coisa”, mas também não é perfeito. Algumas das razões são o espaço interior, com a bagageira a ser um pouco comedida (286l), assim como um espaço atrás algo apertado para pessoas com estatura mais alta. Em autoestrada, também reparei que a insonorização poderia ser melhor, principalmente ruído vindo do rolamento. Na longa viagem também é evidente que o sistema multimédia, embora cumpra, não é tão elegante quanto o dos restantes modelos da marca.

 

“O Mazda2 Hybrid é a escolha certa para mim?”

Tem muito mais para ser a escolha certa, do que não ser. Se a vida deste automóvel for passada mais em cidade, gosta de circular relaxadamente em autoestrada (dessa forma os consumos são igualmente reduzidos) e não tem que transportar regularmente muitos passageiros ou bagagens, este Mazda2 Hybrid tem o que é preciso para ser uma ótima escolha para ser o utilitário que necessita.

Em termos de equipamento, esta versão Select está igualmente bem recheada, disponível por 31.490 euros, numa gama que se inicia nos 26.590 euros, com esta mesma motorização Hybrid, a única disponível para este modelo.

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!