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Crónica: O dia em que conheci o novo Renault 5

Crónica: O dia em que conheci o novo Renault 5
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“Olá, velho amigo”

 

Permitam-me que vos escreva hoje num tom um pouco mais pessoal. No início desta semana voei até Genebra, uma viagem de ida e volta no mesmo dia para ir até este Salão Internacional que, por acaso, nunca tinha ido. Longe dos brilhos de outrora, a verdade é que cumpri em colocar a cruz na lista de “salões a ir”.

Mas, secretamente, o objetivo era igualmente o de conhecer o renascimento do Renault 5 que, permitam-me dizer-vos, é um dos automóveis que mais ansiava em conhecer dos últimos anos. E que agora passa imediatamente a um dos que mais quero conduzir.

A questão emocional é “tramada”. A Renault está a fazer uma verdadeira jogada de mestre ao ir “buscar ao baú” os seus modelos mais icónicos, fazendo com que nós, filhos ou netos, nos lembremos dos carros dos nossos pais ou avós. E claro, eu sou um desses casos.

Os meus pais tiveram um Renault 5. E agora eu sinto necessidade de ter um também.

Posso aqui deixar-vos alguns factos sobre este modelo, embora muitos outros colegas meus aprofundem mais a questão, já que eles tiveram o privilégio de o ver antes de mim.

Portanto, chegará no último quadrimestre de 2024, somente elétrico, primeiro numa versão com uma bateria de 52kWh e potências de 88kW (120cv) e 110kW (150cv). Os preços ainda não são conhecidos, porém existirá uma versão “sub 25 mil” em 2025, com uma bateria de autonomia mais comedida, com 40kWh e 66kW (90cv) de potência. Leve, com um peso que não chega aos 1500kg, o Renault 5 conta com uma avançada arquitetura de suspensão, com sistema Multilink no eixo traseiro.



Mas, voltemos à minha experiência. A primeira sensação quando o vi foi a de que estava a olhar para um concept, ao mesmo tempo que estava a dizer (mentalmente) a mim próprio que: “Isto é o real deal”. É enganador, parece difícil imaginar este Renault 5 na estrada, mas algo me diz que iremos ver bastantes nas suas cidades, sejam eles Amarelos, Verdes, Azuis, Brancos ou Pretos.

As suas proporções estão (muito) bem conseguidas, parecendo maior que um Zoe, o que na verdade não é. O interior está cheio de detalhes, como o painel de instrumentos com o mesmo formato do original, os pespontos por cima do porta-luvas, o tejadilho num padrão diamantado e até… um porta-baguetes. Como não gostar?

É verdade que temos de ser isentos. Mas aqui permiti-me em partilhar uma questão pessoal, ficando prometido que, quando o testar, serei totalmente isento. Mas, desde já, posso dizer-vos que elétricos não desejados são coisa do passado, pelo menos a partir do dia 26 de Fevereiro, dia em que o 90º Salão de Genebra abriu as suas portas.

E sim, a nostalgia e a história fazem muito por um automóvel, a Renault sabe disso e para primeiro capítulo, parece estar a fazê-lo na perfeição.

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!