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O regresso do Citroën C4, agora a gasolina.

O regresso do Citroën C4, agora a gasolina.
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“Lei do conforto”

 

Citroën é uma marca conhecida pela sua histórica inovação dos seus modelos, mas também pelo conforto. Este novo C4 é um verdadeiro Citroën, com os ingredientes certos que fazem a receita da marca francesa. Depois do teste ao diesel, é a vez do motor a gasolina com a mesma potência, 130cv.

Esteticamente o C4 quer fazer uma homenagem ao GS, modelo comercializado nas décadas de 70 e 80, responsável por uma boa carreira comercial. O C4 é disruptivo no seu design, regressa com as três janelas laterais como o GS e o GSA, enquanto alia a isso um design mais agressivo com vincos pronunciados, bem como um tempero SUV que se une com a silhueta coupé. Possivelmente não agrada a todos, mas pintado neste tom Castanho Caramel é complicado não se notar nesta nova proposta de segmento C.

A altura ao solo é elevada, o que lhe dá até mais possibilidade de ir por maus caminhos, com o devido cuidado. As rodas de grande dimensão, destacam-se não pela dimensão das jantes, mas sim dos pneus 195/60 R18, que garantem um pisar mais confortável, mesmo em mau piso, como se pode comprovar.

O interior é a imagem do que a Citroën pretende oferecer nos seus modelos, um seguimento da nossa própria casa para a estrada. O tablier está organizado de forma lógica e ergonómica, com a mais-valia de contar com comandos físicos para a climatização. Os espaços de arrumação são abundantes, onde não falta mesmo um compartimento secreto, assim como uma gaveta entre o porta-luvas e o Smart Pad Support.



Os bancos não são um exemplo de suporte, mas sim de conforto graças à sua composição de espuma mais densa, que em conjunto com uma suspensão afinada para absorver bem as irregularidades, torna as viagens menos maçadoras. A posição de condução é elevada e confortável. Quanto ao painel de instrumentos, é completo mas de pequena dimensão. No entanto foi uma melhoria face ao Cactus…

Nesta segunda passagem pelo modelo, comecei a achar que este C4 pode ser um Cactus para os “mais crescidos”. Ou seja, é um modelo que resolve alguns detalhes que o Cactus tinha e que podia não agradar a todos. O C4 é mais insonorizado, tem uma montagem mais cuidada, sem perder o conforto e a imagem “descomprometida” do inovador modelo. Este é mais espaçoso para os passageiros traseiros (um dos mais espaçosos do segmento), com uma bagageira de 380L de capacidade.



Este motor 1.2 PureTech de 130cv parece ser a escolha lógica para este modelo, já que agradou bem mais que o diesel. Atenção, o BlueHDi foi poupado e cumpriu, mas este motor a gasolina faz o Citroën C4 parecer mais “leve”, e vai mais na onda do modelo francês, graças também a uma direção leve, garantindo também uma maior agilidade. Os consumos não são exagerados, graças à irrepreensível transmissão automática de oito velocidades, rápida e suave, que conseguiu uma média de 6,5L/100km. Adequado.

Nesta versão Shine o equipamento de série é generoso, onde se destacam as jantes de 18’’ polegadas, o sistema multimédia completo, vidros escurecidos, assim como sensores de estacionamento, faróis Full LED e ar condicionado bi-zona.

O preço pedido é justo face à concorrência, que por pouco mais de 26.000 euros permite trazer um segmento C com 130cv e transmissão automática, bem equipado e com uma generosa dose de espaço, assim como um bom equipamento e um conforto ao alcance de poucos. O C4 provou uma vez mais ser diferente, sem perder nada do que mais necessitamos de um automóvel. Não é o mais entusiasmante para o condutor, mas é sem dúvida um dos mais confortáveis para a família.

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!