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Suzuki S-Cross 1.6 DDiS 4WD

Suzuki S-Cross 1.6 DDiS 4WD
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“Honesto”

O Suzuki SX4 de primeira geração foi um modelo vendido em Portugal, com um cariz bastante aventureiro. Foi lançado em 2006 e dono de uma interessante carreira comercial, numa altura em que os crossovers compactos começavam a desbotar. Agora, o SX4 ganha mais um nome, e chega à sua segunda geração, ou seja, já existe há algum tempo, mas recebe agora o seu restyling, o também chamado S-Cross, um caso de “mais vale tarde do que nunca”.

Dizemos isto porque este produto consegue ser extremamente honesto, tal como a restante gama da Suzuki, e está cheio de bons trunfos, embora poucos se lembrem dele quando escolhem um novo crossover “lá para casa”.

Para começar, o estilo. Sóbrio mas de linhas harmoniosas, conta com uma secção dianteira elaborada, onde surge talvez, o único ponto que dividirá opiniões, devido à grande grelha cromada. Nas pontas surgem os grupos ópticos, com um design agradável.  De resto, pouco há a dizer, a silhueta é elevada, com uma ampla superfície vidrada. O cuidado com os detalhes está num bom nível, como pode ser visto nos para-choques e revestimentos plásticos de dois tons, nas barras de tejadilho cromadas, ou nas elegantes jantes de 17”.

O interior conta com um desenho simples, mas cuidado e bastante ergonómico. Sentados ao volante contamos com um painel de instrumentos claro, com todas as informações disponíveis. Os comandos no volante servem de atalho ao sistema de múltimédia que se encontra no centro do tablier. Bastante completo, conta com a navegação, o bluetooth para ligação do telemóvel, o rádio ou mesmo o sistema CarPlay, bastante útil para ligação com equipamentos Apple. O controlo por voz também funciona muito bem, de maneira a não ter de retirar os olhos da estrada.

O espaço a bordo é vasto, e a sensação é ainda mais incrementada devido ao enorme tecto de abrir panorâmico. Atrás podem sentar-se confortavelmente três passageiros, mesmo que o túnel seja algo intrusivo, facto devido à tracção total deste Suzuki S-Cross. A bagageira apresenta uma boa volumetria, de fácil acesso, com 430l de capacidade.

O All Grip foi desenvolvido pela Suzuki com o novo sistema 4X4, mais leve (diferença que pode chegar aos 200kg) face à concorrência. Dessa forma é mais económico nos gastos de combustível, ao mesmo tempo que torna a condução mais divertida, havendo sempre a hipótese de poder mudar o estilo de condução, imprimindo ao motor, que nesta unidade era o único diesel disponível na gama.

Por isso, o 1.6 DDiS era o parceiro de ocasião, com os seus 12o cv e 320 Nm de binário a mostrarem-se prontos q.b. em todas as situações, mesmo sendo algo ruidoso a frio, não chega a incomodar. Os seus baixos consumos fazem esquecer isso, as médias que rondaram os 5,5l a cada cem quilómetros em percurso puramente citadino foram uma boa surpresa. As prestações deste motor aumentam quando se usa o modo Sport, com o pedal a ficar mais reactivo, e o motor a aproveitar as suas boas potencialidades da direcção comunicativa e da suspensão bem afinada.

O Suzuki S-Cross mostra-se sempre composto, com uma condução divertida. Consegue ser uma espécie de SUV, com o espaço interior de um monovolume, mas com a condução de um hatchback. Ligeiro, com apenas 1360kg, é um espécie de “peso-pluma”, que juntamente com o motor bem disposto e com a tracção integral que não permite perdas de tracção, o SX4 S-Cross mostrou-se uma surpresa, onde nós não esperávamos…

Suzuki S-Cross 1.6 DDiS GLX 6MT  4WD

Especificações:

Potência – 120cv às 3750rpm
Binário – 320Nm às 1750rpm
Aceleração do  0-100 (oficial): 13,0s
Velocidade Máxima (oficial): 175km/h
Consumo Combinado Anunciado – 4,4L/100km
Consumo Combinado Medido – 5,4L/100km

Preços:
Gama Suzuki S-Cross desde: 17.408€
Preço da viatura ensaiada (c/campanha) : 30.376€ (28.820€)

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Suzuki S-Cross 1.6 DDiS GLX AWD
15.7 Pontos
O que gostámos mais:
Equipamento e sistema AllGrip
O que gostámos menos:
Alguns Materiais
Resumindo e concluíndo:
O Suzuki S-Cross revela-se uma proposta interessante com um comportamento aliciante. O equipamento é bastante completo e o consumo frugal.
Motorização15
Perfomances14
Comportamento16
Consumos17.5
Interior14
Habitabilidade16.5
Materiais/Qualidade de construção14
Equipamento de Série18
Value for Money16
Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!