Home Ensaios Já conduzimos o novo Toyota C-HR em território nacional

Já conduzimos o novo Toyota C-HR em território nacional

Já conduzimos o novo Toyota C-HR em território nacional
0
0

“Brilhante Diamante”

 

Por ironia do destino, fomos descobrir a segunda geração do Toyota C-HR precisamente no dia que marcava 7 anos que conhecemos a geração apresentada em 2016, daquele que é um verdadeiro modelo de sucesso para a marca nipónica. O Coupé High Rider renovou-se por completo e prepara-se agora para carimbar definitivamente o seu nome na história da Toyota.

Ao contrário da primeira geração, o Toyota C-HR é agora um automóvel fabricado na Europa e pensado para o velho continente. Face a 2016, a gama da Toyota conta agora com o Corolla Cross, modelo global que partilha o mesmo segmento deste SUV mais aspiracional. Assim, a Toyota pode focar-se nos gostos e preferências dos seus clientes europeus.

Com um exterior irreverente como já estamos habituados, o C-HR evoluiu e conta agora uma dianteira com a filosofia “Hammerhead” como já encontramos no bZ4X e Prius, lançados recentemente e que tal como este C-HR são propostas eletrificadas, algo que a Toyota pretende atingir na sua plenitude em 2035.

Ainda cá fora, o Toyota C-HR está mais alto (+9mm) e largo (+37mm), enquanto o comprimento diminuiu 28mm. Ainda assim há muito espaço para o estilo, com os faróis em C a destacarem-se igualmente na dianteira, o vinco lateral em Y e a traseira que inclui agora uma interessante assinatura luminosa, com o nome do modelo a acender ao centro…mas apagando-se assim que a marcha inicia. Assim obrigam as normas da União Europeia.

No interior contamos com mais digitalização, sem perder os comandos físicos, algo que aplaudimos. O painel de instrumentos de 12,3’’ é de série em todas as versões, enquanto o sistema multimédia pode variar entre as 8’’ e as 12,3’’ polegadas. Ainda no seu habitáculo podemos verificar a utilização de materiais reciclados, como por exemplo nos bancos que utilizam garrafas PET recicladas, assim como os tapetes que usam as fibras dos fios de pesca. O volante é ainda revestido em pele livre de origem animal, para um menor impacto ambiental. Mesmo com o seu comprimento a ser mais curto do que o seu antecessor, o novo C-HR ganhou volumetria na sua bagageira, apresentando agora 388l de capacidade.

Em termos de motorizações, o Toyota C-HR continua com a sua aposta full Hybrid que foi a que conduzimos, o 1.8 HEV com 140cv, bem como uma nova e inédita variante PHEV com 223 cv.

Quanto a essa, a Toyota anuncia uma autonomia elétrica de 66km graças a uma bateria de 13,6kW. Estes propulsores prometem uma maior performance e dinâmica, com uma redução nos consumos.



Ao volante

Sentados num interior que está agora mais moderno, partimos num trajeto misto para colocar, pela primeira vez, à prova o líder no que diz respeito aos SUV híbridos de segmento C.

A insonorização está agora num melhor nível, algo que o anterior modelo também contava, no entanto nota-se agora um maior “cuidado europeu”. A posição de condução é elevada, como num SUV se pode esperar, com os bancos bem envolventes a garantir o conforto. No entanto, mal iniciamos a marcha e tal como a União Europeia também obriga, ouvimos os vários apitos que nos avisam quando ultrapassamos a velocidade permitida, algo que faz parte da panóplia Toyota Safety Sense, que é transversal em qualquer nível de equipamento. No entanto, poderia ser mais simples de desligar. Perdoem-nos senhores da União Europeia…

Na primeira tirada em cidade, a locomoção elétrica é privilegiada, com os consumos (e ruído) a estarem num nível reduzido. Em autoestrada, o 1.8 HEV mostra uma desenvoltura suficiente, no entanto será algo que o PHEV deverá destacar-se face a este. Após alguns quilómetros a média apresentada no computador de bordo passava ligeiramente dos 5l/100km.

Num curto contacto é sempre difícil explorar este ponto, mas dinamicamente o Toyota C-HR pareceu-nos neutro nas suas reações, com a preocupação a estar em oferecer uma condução ágil, mas acima de tudo, simples, descomplicada e segura, como se pode verificar pelo “peso” da direção leve. Para quem procura dinamismo e Toyota, GR são as duas letras a procurar…

Num ligeiro percurso (muito leve) em fora de estrada, a Toyota quis demonstrar que o C-HR não se nega a aventuras, mas aqui o que mais se destacou, no percurso efetuado dentro da Tapada de Mafra, foi a sua utilização quase total do sistema elétrico, o que continua a provar a capacidade deste Toyota em regenerar e criar energia.



De regresso à capital, o Toyota C-HR revelou a capacidade estradista, sem exageros nos consumos que ficaram “sub” 5,5l/100km.

Quanto custa e quando chega? 

Em termos de gama, o novo Toyota C-HR está dividido em três níveis de equipamento: Comfort, Square Collection e Lounge. Em termos de cores são 7 as disponíveis, embora algumas sejam exclusivas para algumas versões.

Os preços iniciam-se nos 36.900€ para a versão Confort, com o Square Collection a pedir 40.800€ e o mais equipado Lounge (o testado) a começar nos 43.360€.

O novo C-HR chega já neste mês de Novembro para a versão HEV, com a abertura do livro de reservas do PHEV a acontecer em Dezembro, versão que chegará entre Fevereiro e Março do próximo ano.

Qualquer que seja a versão escolhida, a Toyota oferece uma garantia de 10 anos ou 200.000km.

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!