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Mais importante do que podem julgar: Mazda MX-30 R-EV apresentado em Bruxelas

Mais importante do que podem julgar: Mazda MX-30 R-EV apresentado em Bruxelas
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“A ansiedade termina agora”

 

Este Mazda MX-30 não é apenas um “híbrido” ou um Plug-in. É sim um conceito muito interessantes, feito à maneira da Mazda, em mais uma prova de que o construtor japonês não se segue pela concorrência.

Para começar, este modelo volta a integrar um motor Rotary debaixo do capot, uma década depois do final da produção do RX-8, embora que, desta vez, de uma forma totalmente distinta, já que o Mazda MX-30 e-Skyactiv R-EV – nome que temos de respirar fundo no final – está longe de ser um automóvel desportivo.

Aqui, o motor rotativo tem a tarefa de ser um extensor de autonomia, de forma a permitir que este crossover urbano (que agora deixa de o ser apenas “urbano”) consiga “ir mais longe” que a sua versão puramente elétrica que tão bem conhecemos.

O motor conta com 830cc, com uma taxa de compressão muito elevada (11.9:1), desenvolvendo uma potência de 76cv (55kW) às 4700rpm e um binário de 116Nm às 4000rpm. Mas, tal como dito acima, esta potência não vai diretamente para as rodas dianteiras deste Mazda. Essas são movidas por um motor eletrico, com 169cv (124kW) e 260Nm.

Desta forma, o Mazda MX-30 e-Skyactiv R-EV passa a conseguir atingir mais de 600km de autonomia, mas de uma forma muito mais racional (e inovadora) do que pensamos.

Isto porque a Mazda não gosta de tornar os seus automóveis muito pesados, já que isso prejudica a sua dinâmica, então optou por reduzir a bateria de lítio do MX-30 para os 17,8kWh (em vez dos 35,5kWh) e dotar o modelo com um tanque de combustível de maiores dimensões, com 50l de capacidade.

Isto é inteligente porquê?

Porque graças a esse motor elétrico, o Mazda MX-30 e-Skyactiv R-EV pode percorrer até 85km sem emitir quaisquer emissões, ou seja, sem consumir combustível. Ou seja, dá perfeitamente para uma utilização diária, com o deposito de 50l a permitir viagens maiores quando assim se justifica, sem ficar extremamente pesado. Nas letras mais pequenas do comunicado, é mesmo possível ler que esta proposta pode fazer até 110km em circuito urbano, com uma só carga.

A marca acredita, por isso, que os clientes vão usar o automóvel maioritariamente como um EV “puro”, já que para além da autonomia suficiente para uso diário, o carregamento demora apenas 1h40 numa wallbox de 11kW, ou então é mesmo capaz de reduzir esse valor através de carregamento DC, que demorará, por exemplo, apenas 25 minutos para carregar dos 20 aos 80%.



Mas falaremos de também de performances…e consumos.

Este Mazda necessita de 9,1s para cumprir o arranque dos 0 aos 100km/h, estando limitado eletronicamente aos 140km/h (bem dissemos acima que não era desportivo). Esta versão é, ainda assim, mais pesada do que a versão BEV, mas apenas por 58kg, o que é uma espécie de “vitória”.

O consumo de combustível homologado pela Mazda, em ciclo WLTP, é de 1l/100km, um valor que será difícil de obter, mas com uma capacidade de percorrer 85km em modo elétrico não deverá ficar muito acima disso.

O modelo contará ainda com uma edição especial “Edition R” que comemora o seu lançamento e o regresso do “Rotary”.

Já quanto aos preços e data de chegada para o nosso mercado, ainda nada foi revelado pela marca em Portugal.

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!