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Testámos o “nosso” Volkswagen T-ROC@PT

Testámos o “nosso” Volkswagen T-ROC@PT
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“Afeto especial”  

 

O Volkswagen T-Roc é um verdadeiro sucesso de vendas na Europa, com esta versão “T-ROC @PT” a ser uma comemoração, apenas para nós portugueses, pela sua produção na Autoeuropa em Palmela, que já ultrapassou a barreira de 1 milhão de unidades produzidas. Alvo de um recente restyling, metemo-lo à prova, com o motor 1.0 TSI, junto ao seu “berço”.

Há pessoas que criam vínculos com os seus automóveis, tratando-os quase como se fossem um membro da família. No entanto, isso costuma ser mais habitual quando o automóvel é diferente, ou seja, mais exótico.

No caso do T-Roc, um SUV de segmento C, esse caso poderia ser praticamente nulo, mas a verdade é que o facto de ser produzido no nosso país torna-o mais querido, como se fosse parte de nós. É aquele tipo de união que temos quando a seleção nacional joga num Mundial ou Europeu, onde os “clubismos” são postos de parte… espero eu.

Os detalhes do restyling foram explicados no ensaio à versão R-Line equipado com o motor 1.5 TSI. Porém, importa destacar que, mesmo que esta versão se baseie no nível de acesso à gama, o “T-Roc@PT” conta com um estilo exterior cuidado.

Para o diferenciar face aos outros Volkswagen T-Roc, temos de olhar para o pilar C, onde se encontra o logotipo desta versão especial. No restante exterior podemos destacar as jantes de 17’’ polegadas e vidros escurecidos de série que elevam essa imagem exterior, assim como a nova cor Azul Petroleum que reveste este SUV germânico com pronúncia portuguesa.



O modelo é 14cm mais longo que o T-Cross, o modelo SUV de segmento B da marca, sendo igualmente maior em todas as outras medições. No exterior, destaque ainda para os para-choques redesenhados, que graças às superfícies plásticas enaltecem a capacidade aventureira (nem que seja apenas estética) desta proposta.

O interior revela-se bem construído, estando dotado agora de materiais de melhor qualidade, sobretudo a secção superior do tablier. Nesta versão T-Roc@PT contamos, de série, com o sistema “Ready To Discover”, de fácil funcionamento, com a possibilidade de utilizar Apple CarPlay e Andoid Auto sem fios, assim como o Digital Cockpit, que oferece uma fácil leitura, aumentando também a sensação tecnológica a bordo.

No capítulo do equipamento de série, esta versão oferece ainda o Park Assist, Ar Condicionado Climatronic de 2 zonas e faróis dianteiros em LED.

A posição de condução é mais elevada, como seria de esperar, ainda que seja correta em relação ao volante e punho da caixa de velocidades. Atrás, espaço suficiente para dois adultos sem problemas, contando com apoio de braço central, saída de ventilação e vidros escurecidos, outro dos equipamentos de série extra desta versão face à “Life”, que lhe dá base.

A bagageira conta com 445L, insere-se na média da concorrência, oferecendo mais 60L que o T-Cross ou 65L que um Golf, modelo com o qual partilha o segmento.



Debaixo do capot estava o motor de acesso à gama, o 1.0 TSI de 110cv associado a uma transmissão manual de seis velocidades. Outra opção para esta versão é o motor 1.5 TSI de 150cv e caixa DSG, por mais 5350€.

Este conjunto pode revelar-se suficiente para uma condução descontraída, já que não oferece performances dignas de registo, não sendo também o seu objetivo primordial, uma vez que para isso contamos com o T-ROC R. Ainda assim, consegue rolar perfeitamente em autoestrada a uma velocidade estabilizada, onde é notório o cuidado com o isolamento acústico.

No final, esta versão T-ROC@PT é um presente para os portugueses, já que por menos de 1000€ face à versão Life oferece um bom salto de equipamento de série. O T-Roc mostrou ser um automóvel competente, confortável e agora com um melhor interior, graças à melhoria dos materiais. O motor de 110cv chega para toadas mais calmas, com consumos comedidos. O seu exterior, faz o resto. A prova disso são os mais de 1 milhão de clientes que escolheram este automóvel “Made in Portugal”…

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!