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Cinco razões pelas quais devemos respeitar o Toyota Supra

Cinco razões pelas quais devemos respeitar o Toyota Supra
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“Criticar, para quê?”

 

O Ser Humano tem um péssimo defeito, que é o de criticar tudo. Procurar os pontos menos bons de alguma coisa. Estaria a mentir se dissesse que não o faço, claro que faço. Mas também sei reconhecer os pontos fortes de algo. O Toyota Supra não é o meu automóvel preferido, mas consigo admitir que é mais uma coisa boa, do que uma coisa má. Fez mais pelos automóveis atuais do que os “1300” SUV que sejam lançados durante os próximos dois anos.

 

1 – O Regresso de um nome

Sim, o regresso de um nome. Em vez de reclamarem sempre que “este Supra não é totalmente um Toyota”, pensem antes que este Supra voltou como um coupé de dois lugares, não tendo o mesmo “azar” de alguns modelos que eram, nos anos 90, um coupé ou um desportivo puro, e regressaram como um SUV. Estão a imaginar? O Supra podia ser um SUV Coupé, híbrido com transmissão CVT. Obrigado Toyota.

 

2 – “Ah, mas é um BMW

Sim e não. Temos de ser lógicos, por favor. O que é que mais importa para uma marca? Lucro, certo? Sim. Então, é normal que duas marcas se juntem para criar um automóvel que tem uma plataforma própria, qual é o mal disso? Sem o Supra não havia Z4, e sem Z4 não havia Supra. Os dois carros foram desenvolvidos em conjunto até determinado momento, depois disso cada uma das marcas seguiu o seu caminho e filosofia própria. Têm 340cv (que dizem ser mais) e tração traseira, que querem mais?

 

3 – A transmissão

É automático”. É, efetivamente é automático, tem só dois pedais e patilhas atrás do volante. A transmissão do Toyota Supra é isenta de erros, é rápida, suave quando o deve ser e agressiva quando pedimos mais dela. É mais rápida do que usar a embraiagem. Sim, gostava de ter a opção de uma transmissão manual, quase certamente optaria por ela. Mas sabem?… Mais uma vez poupa-se dinheiro com uma só solução, enquanto também se poupa peso. Vou dar dois exemplos de automóveis desportivos que têm (ou tinham) soluções manuais e não vendem nem metade do que o mesmo modelo em automático: o BMW M2, e o Alfa Romeo Quadrifoglio.

 

4 – Um interior agradável

Aqui talvez seja o ponto em que menos me importo que a BMW tenha ajudado a desenvolver o Supra. Sim, eu num mundo ideal gostaria que não existissem Joint-Ventures, mas se existem, aproveitemos o melhor. O interior do Toyota Supra é muito agradável, ótimo para uma manhã na serra, uma tarde na pista ou então um dia inteiro em viagem. Tem todos os gadgets que necessitamos, um sistema de som que nos permite esconder ou aproveitar um solo de guitarra em vez do som do motor, e até mesmo bancos aquecidos para enfrentar uma manhã gelada. Já sei que dizem que não é preciso, mas das duas uma: ou estão a mentir, ou o vosso carro de sonho é um Caterham 485R ou um Lotus Exige.

 

5 – Motor

Para elogiar o Toyota Supra tenho de elogiar o seu motor. E não, não é o 2JZ que tanto adoram. É sim BMW, um 3.0L seis cilindros em linha, e desde quando é que isso é mau? Lembrem-se que estamos numa altura de cumprir regras de emissões, e desenvolver um motor novo não é fácil nem barato. Voltamos ao ponto número 2 da lista.

Este motor B58 é também mais leve comparativamente com o 2JZ, construído em alumínio, e usa o sistema VANOS e Valvetronic da BMW. Ambos os sistemas ajudam na busca de uma maior dose de binário a baixas rotações, conseguindo também uma maior quantidade de ar para alcançar uma potência superior.

Em vez de dois turbos, este B58 usa apenas um turbo twin-scroll, mas ainda assim garante uma aceleração dos 0 aos 100km/h em apenas 4,1s. Ainda estão contra?



No final, só temos é de agradecer à Toyota por mais um desportivo no mercado. As leis de antipoluição estão mais restritas do que nunca, e a conceção de um modelo já foi mais barata.  A marca japonesa podia muito bem só ter pensado no seu lucro e em vender mais modelos híbridos que tão bem faz, mas não seguiu esse caminho, e ofereceu-nos um coupé de dois lugares, com nome de mito e um motor 3.0 sobrealimentado, capaz de oferecer 340cv e 500Nm apenas às rodas traseiras.

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!