Home Carburadores Croma: o “topo de gama para todos” da FIAT faz 35 anos

Croma: o “topo de gama para todos” da FIAT faz 35 anos

Croma: o “topo de gama para todos” da FIAT faz 35 anos
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O preferido de Agnelli.

 

Em 1985, a FIAT lançaria o seu novo topo de gama, que iria suceder ao Argenta, modelo que não foi dono de um grande sucesso. Desta vez seria diferente, o grupo desenvolveu uma plataforma própria denominada de Tipo 4 que iria, para além deste FIAT, assentar modelos da Lancia, com o Thema, bem como o SAAB 9000, que foi carro do ano em 1986.

Pouco depois, esta plataforma deu também abrigo ao primeiro Alfa Romeo criado e lançado sob a égide do grupo FIAT, o Alfa Romeo 164, em 1987.



O nome Croma terá sido mesmo escolhido por Gianni Agnelli. O “Avvocato” deu um cunho a este, que para muitos, foi o seu modelo preferido, tendo nove personalizados só para si. O nome até não ser para ter sido muito diferente, Chroma tinha sido, até então, o nome escolhido pelas equipas responsáveis pelo projeto em Turim.

O modelo foi lançado no final do ano de 1985 ao público, depois de um forte investimento por parte da FIAT no seu desenvolvimento, a marca queria assim oferecer um novo produto para a nova burguesia, com uma elevada dose de conforto e espaço, assim como uma ampla gama de motores e um sentido prático, exemplo da quinta porta traseira, como num “Hatchback”, característica que apenas partilhava com o seu “primo sueco”.

A estética do Croma foi trabalhada entre o Centro Stile Fiat, sob a direcção de Tom Tjaarda, responsável pelo desenho de modelos como o 124 Spider, e a Italdesign de Giorgetto Giugiaro, que na altura já tinha trabalhado no Panda e Uno, dando assim ao Croma uma imagem de marca mais sólida, mas diferenciada.



O FIAT Croma representou para uma classe média/alta uma possibilidade de chegar a um segmento superior, com o Croma a ser o mais acessível dos seus concorrentes “de casa”, leia-se Lancia e Alfa Romeo.

Em 1991, o modelo recebe um restyling bastante generoso, que lhe confere uma imagem revigorada, quase sendo uma segunda geração do modelo. A sua dianteira seguia então a imagem de marca, que depois também viria a ser seguida pelo Tipo, com uma dianteira menos vertical. Esse aspeto mais moderno passou também para a parte posterior, com uma união entre os farolins traseiros. Onde é que já vimos isto?

Alterações essas que passaram também para o interior, que ficou mais arrumado, com um novo tablier, assim como dono de uma maior dose de luxo, oferecendo elementos mais ao estilo do Thema e do 164, como era o caso dos bancos em pele com regulação elétricos. No final de 1992, a FIAT altera mais um pouco a grelha dianteira, para o “Model Year 1993”.



Para além de motores mais “lógicos” com baixa cilindrada ou diesel, o Croma poderia contar com potentes motores a gasolina, o 2.0 de 16v foi utilizado posteriormente no Coupé, mas eram dois outros propulsores se destacavam: o 2.0 Turbo de 155cv e o 2.5 V6 “Busso” de 159cv, um coração Alfa Romeo no cofre de um FIAT.

Já Gianni Agnelli, aproveitou os seus privilégios e criou alguns Croma exclusivos. Os primeiros, contavam com o motor 2.8 PRV do Lancia Thema, enquanto as segundas séries do modelo (exclusivos para Agnelli) estavam equipadas com o motor 3.0 V6 Busso. Com disse cima, eram nove, no total, os FIAT Croma utilizados pelo homem forte da FIAT.

O fim da carreira do Croma chegou em 1996, com mais de 440 mil exemplares a terem sido fabricados em Mirafiori, um número positivo num segmento de mercado que não tinha a expressão que passou a ter na década seguinte à do seu lançamento.

O FIAT Croma nunca teve uma sucessão à altura, o FIAT Marea não era mais do que uma versão quatro portas e carrinha dos Bravo/Brava, que deixava um “amargo de boca” a quem tinha um Croma mais luxosos, estando mais direcionado a ser um sucessor do Tempra. Enquanto o nome Croma viria a regressar à marca em 2005, num desenho de Giorgetto Giugiaro, que não foi bem recebido e que não repetiu o sucesso do modelo lançado 21 anos antes.



 

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!