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Vale a pena o 2.0 Dynamic Force no renovado Toyota C-HR?

Vale a pena o 2.0 Dynamic Force no renovado Toyota C-HR?
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“Aposta renovada”

 

Os SUV são cada vez mais um tipo de automóvel que tenta juntar a parte pratica com o gosto pessoal de cada cliente, e o Toyota C-HR é uma das melhores maneiras de se “destacar das multidões” sem perder o sentido lógico por completo. Agora, três anos após o seu lançamento, a Toyota renova o seu SUV de segmento C e dá-lhe também um novo motor, mais potente e já conhecido do Corolla. Mas será que vale a pena os cavalos (e euros) a mais?

Antes de ir tirar essas dúvidas, ou pelo menos ajudar a isso, temos de falar nas diferenças estéticas.

No exterior, mais propriamente na dianteira, é o novo para-choques que assume o protagonismo, apresentando agora uma maior “abertura” e desenho. Os grupos óticos, ainda que com o mesmo formato recebem agora um novo tratamento no seu interior no que toca ao arranjo. Na lateral, apenas é possível ver as novas jantes, enquanto na traseira acontece a mesma receita que na dianteira: novo para-choques, spoiler e um arranjo diferente no que toca aos farolins, agora mais escurecidos.

De resto, a Toyota não estragou uma receita que tem conseguido agradar a Portugueses (e europeus), continuando o C-HR a ser um dos SUV mais expressivos do mercado, no que ao design diz respeito.

Passando para o interior, as diferenças são… praticamente nulas.

A única é o sistema multimedia que foi renovado, mas ainda não o suficiente para o colocar na média do segmento, neste que é talvez o maior ponto negativo que ainda encontramos no Toyota C-HR e na generalidade dos modelos da marca nipónica.

De resto temos um habitáculo agradável, com um painel de instrumentos que conjuga o analógico com o digital e materiais de diferentes padrões, não esquecendo a originalidade “lá de fora”.



Quanto ao espaço, este C-HR é uma proposta mais emocional, por isso não é o mais espaçoso da sua classe, ainda assim, na frente condutor e passageiro vão bem sentados, enquanto atrás dois passageiros também conseguem fazer viagens confortáveis. O único ponto de atenção é mesmo a entrada, de forma a evitar que a cabeça tenha um encontro imediato com o teto. É o preço a pagar pela estética.

Este Toyota equipado com o motor 2.0 Dynamic Force faz com que o C-HR perca capacidade face ao 1.8 Hybrid, apresentando 358L em vez dos 377L da variante com o motor que já conhecíamos.

Na verdade, já conhecemos este motor, é o que a marca dispõe no Corolla (podem ler aqui) e que se tornou numa escolha tentadora para quem pensa agora em adquirir um C-HR. Primeiro vamos a diferenças, sobre o que muda em termos de performances neste SUV.

A tarefa dos 0 aos 100km/h demora menos 2 segundos que no motor 1.8 HSD, isto facilmente é compreensível pelo aumento de 62cv de potencia combinada. Mais do que isso, a velocidade máxima aumenta dos 170 para os 180km/h. Embora que este último ponto não seja o mais importante para quem equaciona comprar um híbrido.

Na prática, este 2.0 Dynamic Force mostra-se mais disponível em autoestrada, capaz de andamentos mais vivos, sem perder a capacidade de circular silencioso e, por isso, sem emissões em cidade. Mas isso também acaba por acontecer também fora dela, já que agora consegue fazê-lo até aos 120km/h.

Existe também um novo menu no computador de bordo, que nos indica a percentagem que percorremos em EV durante a viagem. É normal que fique muitas vezes acima dos 50%. Isso garante um consumo combinado conseguido abaixo dos 5L a cada cem quilómetros, o que é de louvar tendo em conta que este é, de qualquer das formas, um automóvel com 180cv.



Quanto ao dinamismo, o C-HR não é tão focado quanto o Corolla, notando-se mais o seu elevado centro de gravidade, o que não o torna tão divertido de conduzir quando o seu irmão mais rasteiro. De qualquer das formas, tolera bem a potência e não se mostra desequilibrado graças às suspensões revistas que até oferecem maior conforto. Ainda na dinâmica, a transmissão CVT melhora em conjunto com este motor de 180cv, apresentando menos o “arrastar” que era, até há pouco tempo, típico neste tipo de transmissão.

Agora o que mais importa: quanto mais se tem de pagar para trazer os 62cv extra para casa?

Comparando a mesma versão, são 2580€ o que separa os dois motores, um valor que é fácil de justificar, ainda para mais se os trajetos forem feitos fora da cidade. O 2.0 Dynamic Force é um bom aliado ao C-HR, oferecendo mais potência com a poupança de sempre. Neste restyling, para além de um sistema multimedia que poderia ter evoluído mais, a Toyota podia desenvolver umas patilhas de seleção que pudessem gerir o efeito de travão-motor de forma a incrementar (ainda mais) a poupança do seu sistema híbrido.

De qualquer maneira, é uma das apostas a ter em cima da mesa, para quem quer um híbrido, mas que, como disse, gosta de se destacar na multidão.


Toyota C-HR 2.0 Dynamic Force

Especificações:

Potência combinada– 180cv
Binário motor combustão – 190Nm
Binário máximo do motor elétrico – 163Nm
Aceleração do  0-100 (oficial): 8,2s
Velocidade Máxima (oficial): 180km/h
Consumo Combinado Anunciado – 5,3L/100km
Consumo Combinado Medido – 5,2L/100km

Preços:
Toyota C-HR desde: 29.890€
Toyota C-HR 2.0 Dynamic Force desde: 35.160€

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!