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Teste ao Renault Captur 1.3 TCe 140 R.S. Line

Teste ao Renault Captur 1.3 TCe 140 R.S. Line
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“Prato preferido com extra tempero”

 

O Renault Captur é um dos automóveis mais escolhidos pelas famílias portuguesas. Agora, conta com uma nova versão R.S. Line com estilo mais desportivo, em linha com os outros modelos da marca gaulesa. Aqui, vem a teste com o motor a gasolina 1.3 TCe de 140cv e transmissão EDC de dupla embraiagem.

Obviamente, convém começar por falar do exterior que é o maior ponto de destaque nesta unidade em ensaio. As diferenças nesta versão R.S. Line são visíveis pelos para-choques mais desportivos, com inspiração, segundo a marca, na lâmina dos Fórmula 1. Também na secção posterior existem diferenças, com uma “dupla saída de escape” integrada no para-choques, também ele distinto, e escape entre aspas, porque não passa de uma imitação, com o verdadeiro a estar escondido.

Cá fora podemos ainda encontrar jantes de 18’’ polegadas, exclusivas e com o logo R.S. Line. Isto torna o bem-nascido Captur num produto ainda mais cativante para quem procura esta proposta da marca, mas que não deixa de fora uma imagem mais desportiva.

Essa sua imagem passa também para o seu espaçoso interior. O ambiente (mais) desportivo é conseguido pelo revestimento do teto em preto, assim como pelo volante em pele perfurada. Os pedais em alumínio e os pespontos em vermelho podem ser encontrados em vários pontos do interior deste Captur, bem como nos bancos desportivos, com um bom apoio e revestimento também ele exclusivo. O pormenor da soleira com a inscrição “Renault Sport” quer estabelecer ainda mais essa filosofia desportiva, mais que não seja no capítulo da estética…

Isto porque, ainda que seja uma potência mais do que suficiente para um SUV de segmento B, os 140cv com tecnologia Mild-Hybrid não são suficientes para tornar este Captur num desportivo. Porém, a aceleração dos 0 aos 100km/h está nos “sub 10 segundos”, com 9,2s a conseguir atingir essa velocidade, bem como uma velocidade máxima perto dos 200km/h.

A transmissão EDC, no entanto, gosta de alguma calma, mostrando-se por vezes algo brusca quando imprimimos um andamento mais vivo, principalmente em situações de arranque. Em andamento normal, consegue ser rápida nas passagens, contando mesmo com patilhas de seleção montadas atrás do volante, caso seja selecionado o modo “Sport”, um dos três disponíveis no Captur.

É nesse modo que exploramos mais a fundo o comportamento deste SUV, que consegue ser ágil o suficiente, mas não ao nível do Clio, seja pela lei da gravidade, seja pelo acerto de suspensão que por vezes se mostra algo rijo, de forma a oferecer menos rolamento de carroçaria.

No campo dos consumos, este Renault Captur R.S. Line de 140cv conseguiu uma média final de 6,8L/100km, em linha com muitos dos seus concorrentes. No entanto, quando falamos de contas, há aqui um motivo que nos faz pensar. Isto porque a Renault oferece este mesmo Captur “com roupa desportiva”, equipado com o mesmo propulsor, mas com mais 20cv e 10Nm de binário, por apenas mais 400€, algo que poderá ser bastante tentador.

No final, esta é mais uma maneira de ter o Captur, um modelo que parece não parar de cativar o público Português (e Europeu). Independentemente da versão escolhida, este sucesso é compreendido por um estilo exterior que agrada a quem gosta do estilo SUV, um interior que melhorou muito em qualidade face à anterior geração, assim como um bom espaço exterior e uma bagageira com 422L de capacidade, maior do que muitas soluções de segmento C. Esta unidade contava com um preço de 32.857€, numa gama que se inicia nos 22.340€.

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!