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Teste ao Hyundai Bayon, o “irmão” do Kauai

Teste ao Hyundai Bayon, o “irmão” do Kauai
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“Bayon: o descomplicado”

 

Para a Hyundai, os seus modelos SUV são “pedras basilares” numa gama muito completa, cada vez mais adaptada ao mercado Europeu. Não satisfeita com o sucesso do Kauai, a marca coreana lançou o Bayon, um pequeno SUV que se situa no mesmo segmento do seu produto de sucesso, mas aqui baseado no i20, numa espécie de escolha mais acessível e simplificada.

Se o Kauai é todo ele um produto mais emocional e muito completo, com uma gama de motores que tanto pode ser alimentado a gasolina ou a gasóleo, e oferecendo tecnologia híbrida ou elétrico, o Bayon é um modelo mais racional. Quanto a dimensões, elas não são muito diferentes do Kauai, com o Bayon a ser ligeiramente mais compacto.



Dentro da sua “embalagem” futurista cheia de vincos e linhas curiosas – que resultam melhor ao vivo – o Bayon revela-se uma escolha mais lógica. Começando pela bagageira, que é maior do que a apresentada pelo Kauai, com 374L vs 411L deste Bayon. Também atrás há espaço para dois adultos sem problemas, com um espaço generoso (tendo em conta o seu segmento). Na frente, bancos com um bom apoio e um tablier que é praticamente tirado a “papel químico” do novo i20, algo que está longe de ser mau. Os materiais são rijos ao toque, mas possuem uma boa apresentação geral. Se acham que deveria ser melhor, esperem pelo final deste texto.

Ao volante contamos com uma boa posição de condução, onde podemos ver o cluster 100% digital, assim como um novo volante de quatro braços que a marca apresenta nos seus novos modelos. Ao centro, tudo organizado de forma lógica, com o sistema multimédia a oferecer de série a possibilidade de “espelhar” o smartphone via Android Auto ou Apple CarPlay sem fios, de forma a colmatar a falha de não contar com sistema de navegação. Os espaços de arrumação são suficientes, contando ainda com quatro pontos de “energia”, leia-se quatro entradas USB em todo o habitáculo.

Aqui importa referir um equipamento de série completo, numa gama tão simplificada que conta apenas com um nível de equipamento e uma escolha no que toca a motorização: o 1.0 T-GDi de 100cv, que pode ser conjugado com uma transmissão manual de seis velocidades ou uma DCT de sete relações. Esse equipamento é composto por elementos como o cruise-control com limitador de velocidade, sensor de luz e chuva, comutação automática de luzes de máximos, vidros escurecidos, ar condicionado automático, jantes de liga leve com 17’’ polegadas e vidros escurecidos.



Ao volante, o Hyundai Bayon revela-se uma proposta equilibrada, com boas reações graças a um chassis competente, mas que apresenta aqui uma afinação de suspensão mais confortável que o Kauai, sendo este claramente uma escolha mais familiar, como foi dito acima. O motor de 100cv chega perfeitamente para os gastos deste pequeno SUV, com a ajuda de uma transmissão manual que explora bem o que este tricilíndrico tem para oferecer, não se queixando mesmo em tiradas maiores com todos os passageiros possíveis a bordo. Ainda assim, os consumos não se ressentem em demasia. Se nas voltas do dia-a-dia é possível conseguir médias em torno dos 5,4L/100km, em auto-estrada e em mais de 500km de viagem, consegui uma média de 6,3L/100km, um valor que não choca.

Já o preço é uma agradável surpresa, já que com um PVP de 20.450 euros é um sério concorrente a ser o próximo carro “lá de casa”. Mas a Hyundai ainda oferece uma campanha que reduz o preço para os 18.950 euros, algo que é verdadeiramente apetecível, caso seja um cliente pragmático, que procura uma solução confortável, com relativo espaço interior, equipamento ajustado e um preço comedido. A garantia também ajuda, já que são 7 anos sem limite de quilómetros.

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!