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Primeiro contacto com os novos Jeep e-Hybrid

Primeiro contacto com os novos Jeep e-Hybrid
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“Nova era”

 

Que a indústria automóvel anda em constante renovação, isso não é novidade alguma. Mas a Jeep é, talvez, uma das marcas que mais tem alterado a sua abordagem. A marca americana, que muito nos habituou a motores diesel, entra numa “nova era” de eletrificação, tanto que a partir de Julho a marca será totalmente eletrificada em território nacional, algo que acontecerá ao longo do ano no resto dos países europeus.

A escolha é lógica, não apenas para conseguir atingir metas decretadas pelos governos, mas sim porque os consumidores assim querem. Prova disso é que a Jeep conseguiu, graças às suas motorizações híbridas plug-in (4Xe), atingir um lugar no TOP 10 de vendas nacionais no que a automóveis PHEV diz respeito.

Mas de forma a conseguir dar continuidade a esse bom momento, a Jeep prepara-se para lançar em território nacional as novas variantes e-Hybrid nos seus modelos mais vendidos – Renegade e Compass – de forma a dar uma nova hipótese de entrada de gama aos clientes, nomeadamente aos clientes particulares, que não garantem tantas ajudas nos modelos Plug-in face às empresas.

 

Em que consiste o e-Hybrid?

Este conjunto e-Hybrid é uma nova geração de motores para a gama Jeep. O conjunto é composto pelo motor a gasolina 1.5 litros turbo, com 130cv e 240Nm, aliado a uma nova e muito bem-vinda transmissão de dupla embraiagem com sete velocidades, que integra um motor elétrico de 48kW e que garante 15kW de potência.

Assim, esse motor elétrico que produz 15kW (ou 20cv) e 55Nm de binário consegue oferecer potência suficiente para iniciar a marcha, fazer manobras ou mesmo circular a baixa velocidade, sem ligar o motor de combustão interna. A energia é gerada pelas desacelerações e travagens, sendo armazenada numa bateria de iões de lítio com 0,8kWh de capacidade, que tem a vantagem de aumentar pouco o peso do conjunto.

Quanto ao motor de combustão interna, que funciona no ciclo Miller, apresenta um sistema de injeção direta, com uma alta pressão de 350 bar, com destaque para a relação de compressão 12,5:1, elevada para um motor que conta com sobrealimentação.

 

Como é a experiência ao volante?

Este novo sistema de propulsão é, comparativamente ao anterior turbo a gasolina convencional, muito mais agradável, muito graças à nova transmissão de dupla embraiagem de sete velocidades, bem mais decidida e suave, o que acaba por ser uma boa companhia para este e-Hybrid.

Os seus 130cv, a única opção possível para os dois modelos, parecem suficientes para o Compass e-Hybrid (o modelo ensaiado), conseguindo mover sem problemas este SUV da Jeep que pesa 1575kg, conseguindo mesmo cumprir a tarefa dos 0 aos 100km/h em 10 segundos, algo que uma família certamente não fará. A transmissão é também muito responsável por isto, graças a um bom escalonamento, sendo ainda ajudada pelo motor elétrico que, em situações de maior pressão no acelerador, atua para uma maior performance.

Mas a melhor notícia é mesmo o consumo, que se apresenta agora mais reduzido e fácil de atingir. A apresentação foi dividida em dois trajetos: o primeiro, em grande parte por nacional, conseguiu ao fim de 150km apresentar um consumo de 5,6L/100km; em autoestrada, o valor total aumentou para perto dos 7,0L/100km, algo que no anterior 1.3 Turbo era bem mais difícil de conseguir.

Tudo com uma elevada dose de conforto, algo que não se pode criticar no Compass.

Em caminhos fora de estrada, algo que também foi feito, estes e-Hybrid não são o Jeep a escolher caso isso faça muito parte da sua vida. Tal como responsáveis da Jeep disseram na apresentação: “quem quer um Jeep 4×4, quer um Jeep 4Xe (híbrido Plug-In)”, assim estes e-Hybrid apenas têm tração dianteira, ainda que a sua altura ao solo, com algum cuidado, consiga traspassar alguns obstáculos.



 

E preços?

O Jeep Renegade está dividido em três diferentes níveis de equipamento: Limited (33.600€), nova versão especial Upland (36.400€) e S (37.600€).

Já o Jeep Compass vê a sua gama composta por quatro diferentes versões, começando aqui na versão Night Eagle (39.150€), Limited (40.400€), Upland (42.700€), e terminando na mais “desportiva” S (44.400€).

Os modelos e-Hybrid estão desde já disponíveis para encomenda nos concessionários da marca.

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!