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Peugeot 508 1.6 PureTech 180 GT Line

Peugeot 508 1.6 PureTech 180 GT Line
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“O equilibrado”

Já passou um ano desde que o Peugeot 508 começou a sua carreira comercial, e depois de testar duas versões diesel, a mais económica com 130cv e a de 180cv, bem como uma gasolina, a mais potente de 225cv na versão GT, chegou agora a vez de ensaiar o motor gasolina “menos potente”. E coloquei aspas porque usar a expressão menos potente num automóvel que conta com 180cv é, no mínimo, estranho.

Pois, é mesmo assim que está estruturada a gama deste segmento D da marca francesa, usando apenas um motor a gasolina, o 1.6 PureTech, com dois níveis de potência. Abaixo disso, o grupo tem um outro de diferente arquitetura e capacidade, o 1.2 PureTech de 3 cilindros, com potências que variam entre os 100 e os 155cv, que a marca preferiu não colocar debaixo do capot do 508, ao contrário do que foi feito no 3008 e 5008.

Mas antes de mais, vamos atualizar os capítulos necessários.

A estética exterior tem sido bem-recebida, e foi um corte com a anterior geração, tendo agora um estilo mais próximo de um coupé, que já provou ser vencedor em outros modelos. A dianteira é expressiva e baixa, enquanto na lateral, para além da baixa silhueta, o destaque vai para a linha de cintura elevada, e para as portas que não contam com aro, tipicamente coupé. A traseira conta agora, pela primeira vez, com uma 5ª porta, o que melhora o acesso à bagageira de 487L de capacidade, e que quando fechada destaca-se pelos grupos óticos escurecidos, tendência que vai passar para os outros modelos da marca.

No interior, a revolução foi em igual dimensão. O Peugeot 508 conta agora com i-Cockpit, juntando o moderno das linhas (quase conceptuais) com a facilidade de utilização, resolvendo problemas do passado (com comandos de atalho, para não ser dependente apenas do sistema de infotenimento de 12’’). A posição de condução é confortável graças aos bancos com inspiração mais desportiva, nesta versão GT Line, enquanto os ocupantes traseiros encontram um espaço razoável para dois adultos, mesmo que a altura para a cabeça não seja referencial, como seria expectável. Não menos importante, outro problema a ser (praticamente) resolvido: a visibilidade para o painel de instrumentos, que assume, tal como nos mais recentes SUV da marca, um aspeto 100% digital.

Passando para a condução, os Peugeot 508 no nível GT, ou equipados com propulsor a gasolina, têm um importante atributo de série (opcional no 2.0 BlueHDi de 160 ou 180cv) que é o Active Suspension Control, que consiste numa suspensão variável e pilotada, que melhora – em muito – o comportamento dinâmico, assim como o conforto, dependendo do modo de condução (Eco, Conforto, Normal, ou Sport). Por isso, este 508 GT Line equipado com este motor gasolina de 180cv já conta com este importante atributo.

O GT Line destaca-se das versões normais pelo diferente padrão da grelha dianteira, onde troca os cromados por aplicações mais escuras, e ganha jantes de 18’’ escurecidas. Dinamicamente, o Peugeot 508 1.6 PureTech de 180cv revelou-se muito “desenrascado”, com boas retomas de velocidade, assim como uma boa dose de suavidade, muito devido à transmissão automática de oito relações. A potência máxima aparece às 6000rpm, enquanto o binário de 250Nm (menos 50Nm que a variante de 225cv) chega mais abaixo, às 1750rpm. Isso torna-o um bom companheiro de viagem, com consumos que estão longe de serem exagerados, e que conseguiram uma média final abaixo dos 7l/100km, conseguindo em toadas mais calmas valores abaixo de 6 litros a cada cem quilómetros. Sim, é verdade.

Outro dos pontos fortes é o conforto a bordo, que graças às jantes uma polegada abaixo face ao GT e à suspensão variável ativa, dão pontos extra a uma dinâmica do conjunto que se mostra sempre bastante leve e ágil, sendo fácil de percorrer os caminhos mais sinuosos, ajudando a conferir um carácter mais desportivo a esta unidade, sem cair no exagero.

E é aqui que chegamos à conclusão de que este poderá ser o melhor Peugeot 508, num equilíbrio perfeito entre conforto e dinâmica, enquanto o preço também ajuda. Comparativamente com o GT de 225cv (que tem de série a mais as jantes de 19’’ e o sistema de som Focal, que é opcional neste GT Line), o preço a pagar é 5.500€ mais baixo. Em termos de performances não é muito notória a diferença, já que no cronómetro, a tarefa dos 0 aos 100km/h demora apenas mais 0,6s, e a velocidade de ponta, em vez de chegar aos 250km/h, fica-se pelos 230km/h…

  “Lê o nosso primeiro contacto com o Peugeot 508 GT” 

Peugeot 508 GT ‘First Edition’

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!