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Despedi-me da atual geração do Hyundai i20

Despedi-me da atual geração do Hyundai i20
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“Até já!”

 

Pois é, desta vez resolvi fazer algo diferente: pedir um modelo que está prestes a sair do mercado, isto porque o seu sucessor, com o mesmo nome, chega ainda no final deste ano. Falo do Hyundai i20, um dos primeiros modelos que conduzi da marca coreana, e que graças a isso resolvi fazer-lhe uma singela homenagem e explicar-vos o porquê de ser um dos mais racionais modelos que poderiam (e ainda podem) comprar.

Vamos lá!

 

Estética

Estão a ver as calças de ganga e as t-shirts brancas ou pretas? São aqueles básicos que todos devemos ter no guarda roupa e que dá bem com tudo. O Hyundai i20 poderia ser uma dessas peças. Uma das maneiras de ter sucesso e de conseguir atingir um maior número de clientes é o facto de o estilo do Hyundai i20 ser para todos os gostos. Ou seja, não é demasiado ambicioso ou futurista, mas também não é um “pãozinho sem sal”. Para quem quer mais aventura, nem que seja só o estilo, o Active (nas fotos) é a solução. Barras de tejadilho para transporte de pranchas (ou outra coisa qualquer), e um estilo mais aventureiro graças a jantes exclusivas e muito plástico negro como os SUV.



Solidez

Isto que vos vou dizer é verdade, o Hyundai i20 é um dos modelos mais robustos que já conduzi, no que toca a montagem. Mesmo que andem fora de estrada (desculpem senhores da Hyundai, aconteceu), o modelo não revelou barulhos. Os plásticos do interior podem não ser os mais bonitos ou suaves ao toque, mas o certo é que se manterão bem colocados no seu lugar, sem ser uma banda sonora ambulante. E é isso que queremos, não é verdade?

 

Espaço e utilização

O Hyundai i20 não é um Santa Fé, mas também não o quer ser. É sim um utilitário, e nesse campo faz um bom trabalho no que toca ao espaço, podendo sentar cinco adultos. A bagageira não é das maiores, mas está ali na média com 326L. Mas uma coisa que um utilitário tem de fazer bem é isso: ser utilitário, ou seja, prático. Portanto, entrando num Hyundai i20 encontram espaço para arrumar as vossas coisas, como a carteira e o telefone, e espaços nas portas para garrafas de água e lanches daqueles para comer a meio da manhã. Para além disso, os comandos são “straight forward”, ou seja, não há menus nem submenus das coisas. O botão giratório da ventilação é para isso mesmo: regular a força da ventoinha…



PEG: Preço, Equipamento e Garantia

Sim, criei um acrónimo à pressa, mas aqui está o ponto que importou a mais pessoas que compraram um i20. Ou seja, elas ligaram aos pontos acima, mas quiseram saber obviamente quanto custava tudo isso. O Hyundai i20 tem uma gama que começa com preços bastante acessíveis, como podemos ver pelos 16.525€ (preço com campanha) pedidos por um Active equipado com este motor 1.0 Turbo de 100cv. Com isso levam ainda um bom equipamento, onde não falta o cruise-control, sistema multimedia com possibilidade de espelhar o vosso smartphone, assim como vidros escurecidos, sistema de alerta à saída de via e sensores de estacionamento à frente e atrás, auxiliado por câmara. Não precisam de mais. A garantia é de sete anos… sem limite de quilómetros.

Perceberam agora porque é que ele teve tanto sucesso? É daqueles modelos em que tudo corre bem. A sua construção parece ser uma das mais valias do interior, para além da organização e ergonomia. O espaço a bordo é o suficiente e os motores são competentes. Tudo envolto numa estética que não choca, muito pelo contrário. Não conheço alguém que ache este i20 feio.

Só vos culpo de uma coisa: este carro tinha uma versão de três portas e vocês fizeram o favor de (praticamente) não a comprar. Não entendi!

 

Como será o futuro?

Já é conhecido, o novo Hyundai i20 chega no final deste ano, com um forte incremento no que toca à tecnologia, e eu estou pronto para o conhecer. Nesta nova geração terá uma versão N, a qual me desperta muita curiosidade, depois de ver o que a marca conseguiu fazer no i30n. Mas o que a Hyundai quer continuar a oferecer é um bom produto que continue a agradar a uma ampla gama de clientes.

Terá tanto sucesso como esta geração que agora se despede?
Teremos de esperar para ver…

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!