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Ensaio by MotorO2 – Renault Captur dCi 90 EDC

Ensaio by MotorO2 – Renault Captur dCi 90 EDC
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“Chegou, Viu e Capturou”

Passado algum tempo de termos ensaiado pela primeira vez um Renault Captur, chegou a altura de fazer um exame de meia vida ao modelo. O primeiro ensaio foi pouco tempo após o seu lançamento e na altura era um automóvel que despertava atenções por onde passava e tinha tudo para vencer. Era e é uma alternativa ao Clio, para quem quer mais espaço, mas e a versão carrinha não é bem o que procura. Assim, no timing perfeito a Renault lançou o Captur, um crossover urbano, tão na moda…

E basta alguns minutos na estrada para ver que este modelo foi muito bem aceite pelo público português, já que depressa já não tem dedos suficientes para contar quantos viu.

Agora, temos aqui presente o Captur com o motor diesel 1.5 dCi 90, o mais vendido, mas com uma novidade, a caixa de dupla embraiagem EDC de seis velocidades.

Mas antes de falar deste par, vamos refrescar e analisar mais uma vez o exterior e interior do Renault Captur.

Por fora mostra ser um projecto bem conseguido já que se mantém bastante actual e com linhas dinâmicas, acentuadas pelas curvas “à là de acken” (designer da Renault). À frente tem a imagem da gama, com o losango gigante na frente e a traseira termina bem com uma boa harmonia estilística. Nesta unidade podemos ver bem um dos ex-libris do Captur, ou seja, a sua capacidade de personalização. Pode criar um Captur a sua medida, escolhendo se quer bi-tom ou não, ou se prefere uma cor garrida a uma mais sóbria.

O interior continua feliz como o exterior, sendo o ambiente descontraído e os comandos fáceis de usar, com boas quotas de espaço e visibilidade. O sistema R-Link domina a consola central, enquanto o painel de instrumentos é uma mescla entre o analógico e o digital. Quatro passageiros viajam bastante bem a bordo do Captur, já cinco tem de se apertar um pouco mais, mas tenhamos em conta que este é um modelo derivado de segmento B, não há milagres. A mala conta com uma boa capacidade e o piso pode variar entre duas alturas, diferenciando também a capacidade. Tudo depende dos passageiros que levamos atrás, já que o banco tem calhas e pode por isso avançar ou recuar.

Mas é também cá dentro que vemos o ponto menos forte do Captur, já que a qualidade dos materiais empregues não é a melhor. Tal não é perceptível olhando apenas para eles, mas mais na questão sensorial, principalmente na parte lateral das portas, ou mesmo carregando no botão que desbloqueia esta alavanca das velocidades automática…

Mas isso passa um pouco ao lado, já que nos sentimos jovens e por isso, despreocupados a bordo do Captur. Com o cartão guardado no bolso, carregamos no START acordamos o dCi, que já sabemos ser poupado. A curiosidade recai na sua colaboração com a caixa de dupla-embraiagem…

E posso já dizer: é feliz!

Ambos casam bastante bem, a caixa não é exemplo de rapidez, mas chega perfeitamente para o Captur. Em cidade torna-se bastante fácil de utilizar, muito também graças a irmos mais alto e ter uma melhor visão de tudo o que nos rodeia. Os consumos continuam baixos, e assim engane-se quem acharia o contrário, aliás em auto-estrada o Captur automático ganha nos consumos já que conta com mais uma relação (6ª) que a versão equipada com caixa manual.

O comportamento é previsível e fácil de controlar, em curva o Captur assume uma postura linear não se notando demasiado adornamento de carroçaria, ajudado pelas jantes de 17” bem como pela suspensão mais rija, que embora assim o seja não penaliza em muito o conforto.

Por isso, se gosta do Renault Captur, aqui tem mais uma hipótese na sua equação, a caixa automática, já que torna a condução bastante fácil. Espaçoso e bastante personalizavel, pode ter um Captur igual a si, único! E no final de tudo ainda consegue ser poupado…

Renault Captur 1.5 dCi 90 EDC 

Especificações:

Potência – 90cv às 4000rpm
Binário – 220Nm às 1750rpm
Consumo Anunciado (Medido) – 3,9l/100km (5,0l/100km)

Preços:
Renault Captur desde: 17.220
Versão Ensaiada: 24.350
 €

Texto por: Rodrigo Hernandez
Fotos/Edição por: Alexandre Figueiredo e Rodrigo Hernandez/Sérgio Gonçalves

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!