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Ensaio by MotorO2 – Honda CR-V 1.6 i-DTEC

Ensaio by MotorO2 – Honda CR-V 1.6 i-DTEC
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“Agora sim!”

Nas mais diversas áreas, existem pessoas que emborabrilhantes e revolucionárias na sua profissão, permanecem no anonimato, sem odevido reconhecimento. Muitas vezes também, não se importam que tal o seja eassim permanecem, tranquilas.
Isto não acontece só connosco, mas também com osautomóveis.
E um exemplo que vos trago hoje é o SUV da Honda, o CR-V.
Os leitores mais atentos lembrar-se-ão que já testámos o CR-V no MotorO2, mas não na versão mais apetecível para o nosso mercado, o 1.6i-DTEC. Este motor a gasóleo com 120cv propulsiona nesta versão apenas as rodasdianteiras, tornando assim o CR-V mais acessível.

Este era o calcanhar de Aquiles do crossover familiar queassim tem um novo e muito importante argumento para se destacar da multidão.
O exterior destaca-se pela sua imagem robusta com ângulossuaves e linhas fluídas. Na frente, o “H” é orgulhosamente envergadopela grelha de grandes dimensões, delineada pelos faróis com iluminação diurnaem LED. A lateral presenteia-nos com uma linha de cintura elevada e protecçõesplásticas de cor negra, enquanto na traseira o destaque vai para os farolins dedesign vertical.
Já sentado no lugar do condutor, tudo continua virado para oconforto. A elevada posição de condução típica deste tipo de veículos é corretae todos os comandos se encontram ergonomicamente posicionados, pecando apenas  o volante por ter uma espessura muito fina.

Com linhas suaves também no tablier, encontramos ao centrodeste o ecrã i-mid de 5’ polegadas que nos informa de tudo um pouco, desde osconsumos à lista telefónica passando pela estação de rádio que estamos a ouvir.Tudo aqui é de fácil leitura e foi pensado para proporcionar o máximo dedescontracção, sem grandes alaridos.
O espaço interior está num patamar elevado, ninguém se podequeixar deste assunto dentro do crossover Japonês, lá atrás,  três passageiros conseguem viajar sem muitasdivisões de espaço.O CR-V conta ainda com o sistema de “bancos mágicos” patenteadopela Honda que aumenta a praticabilidade a bordo, já que consegue levantar asbases dos assentos até as costas dos mesmos, ideal para transportar artigos demaior dimensão.

Abrindo a mala encontramos um bocal largo e de fácil acesso aos589L de capacidade, expansíveis até aos 1648L quando em um movimento, rebatemosos bancos traseiros.
Mas chega dos pormenores básicos e passemos para o cerne da questão.
Este motor serve para o CR-V?
Perfeitamente. O 1.6 I-DTEC faz parte da família de motoresEarthdreams da Honda e é manufacturado com materiais leves e foi desenvolvidocom especial atenção à redução da sua fricção interna. Já ensaiado no Civic eCivic Tourer, o 1.6 I-DTEC mostrou novamente ser irrepreensível, parecendonesta aplicação, ainda melhor. Tal acontece não só por desta vez estar amotorizar um veículo maior, mas também porque comparado com o CR-V 2.2 i-DTEC, o1.6 retira uns enormes 116kg de massa ao conjunto.

Por isso, o CR-V 1.6 i-DTEC é ágil com os seus 120cv e umbinário máximo de 300 Nm logo disponíveis às 2000rpm, permanecendo disponível emquase todas as faixas de utilização. Mas o melhor deste motor é mesmo os seusconsumos e emissões.O consumo anunciado pela marca é de 4,5l a cada cemquilómetros e a verdade é que o valor obtido nos dias que passei com o CR-V nãofugiu muito ao referido pela Honda, ficando pouco acima dos 5 litros. Estenúmero é também alcançado graças ao modo ECON que melhora a eficiência do arcondicionado e do sistema stop-start.

Dinamicamente, o CR-V está afinado para um andamentoconfortável, não se podendo obviamente esperar que o CR-V seja um desportivo. Masperante todas as situações com que nos cruzámos durante o nosso ensaio, este “todo-o-caminho”conseguiu superá-las com sucesso. A facilidade de condução está assegurada peladirecção leve que nos dá uma grande capacidade de manobra em cidade, fazendo esqueceros 4,57m de automóvel que temos de conduzir.
Mas é também da direcção que vem o ponto menos forte, já queem trajectos mais rápidos esta transmite pouca informação ao condutor, o quepode muito provavelmente ser causado também pelos pneus mistos.

Para concluir, voltamos ao ponto inicial. O CR-V é um carrodiscreto e competente e se sempre gostou dele, mas os motores que estavamdisponíveis não iam de encontro às suas necessidades, agora já não existedesculpa para não dar o salto. Caso nunca tenha tido em conta o crossover daHonda, esta é uma excelente altura para o fazer.
Espaço, economia e facilidadede condução são os seus trunfos.

 


Honda CR-V 1.6 i-DTEC Elegance 

Especificações: 


Potência – 120cv às 4000rpm
Binário – 300Nm às 2000rpm

Consumo Anunciado (Medido) – 4,5l/100km (5,2l/100km)

Preço:
Versão ensaiada: 29.330€*

*Não inclui valor da pintura metalizada nem despesas de logísitca e transporte. Inclui incentivo Honda e Apoio à Retoma.

Texto e Fotos: Rodrigo Hernandez

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!