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Ensaio by MotorO2 – Renault Mégane CC GT Line 1.6 dCi

Ensaio by MotorO2 – Renault Mégane CC GT Line 1.6 dCi
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“2500 horas de Sol”

A vida é feita de prioridades, eao longo da mesma somos várias vezes confrontados com escolhas que temos deenfrentar . Mas podemossempre tentar encontrar um ponto de equilíbrio.
Esta introdução mais filosóficaveio a propósito do ensaio de hoje, justamente porque o protagonista do ensaiodesta semana é um “ponto de equilíbrio” no mundo automóvel.
Afinal de contas, quem nuncadesejou um descapotável, mas nunca avançou com a compra porque a mala é pequenae não há espaço para mais de dois ocupantes? Ou é desconfortável e um depositodura menos que o Sol de Inverno?

Eu sei que já, foi a pensar neste público que a Renault criou então o MeganeCC.
Alvo de uma lavagem de caradurante 2014, o CC foi o último dos Mégane a receber a nova imagem de marca,com a grelha frontal a exibir orgulhosamente o losango de grandes dimensões,incorporado numa frente mais incisiva e mergulhante, rematada pelas ópticasredesenhadas e o pára-choques que abriga agora as luzes diurnas LED.

De resto o Megane CC continuouigual a ele próprio, com um perfil lateral limpo, adoptando maioritariamentelinhas suaves e uma cintura alta. O tejadilho escuro vai buscar o espírito dosdescapotáveis de antigamente (com capota em lona).
A traseira é também alta, com os faróisrectangulares a delimitarem a porta da bagageira de grandes dimensões, que nosdá entrada para 417 Litros de capacidade.

No lugar do condutor, quem vem deoutras versões do Mégane vai sentir-se em casa no CC, excluindo apenas opormenor do tecto estar mais próximo da nossa cabeça. O Mégane CC por nós testado erao mais recheado de equipamento, o GT Line. Se no exterior adiferença vai para as jantes especiais de cor antracite, para-choques e espelhos cinzentos,no interior, estas são mais extensas.

O quadrante, assinado pelaRenault Sport, possui um novo desenho, totalmente analógico.  Os bancos têm um apoio melhorado erevestimento em pele exclusivo do desta versão.O volante em pele perfurada conta com pespontos em tom vermelho e osnossos pés comandam o veículo através de pedais em alumínio. O último toquedesportivo encontra-se na faixa decorativa a imitar carbono, que corre ao longodo tablier.

A desportividade no entanto,termina aqui, já que por baixo do capot está presente a motorização diesel 1.6dCi com 130cv. Este motor, já conhecido de outros ensaios do MotorO2, combinaas performances (dentro do espectável) com uma grande eficiência, mesmo noMegane CC que acusa alguns quilinhos a mais na balança. A entrega de potência é algo amorfa nos baixos regimes, só sefazendo notar um maior fulgor a partir das 2300rpm.
Esta transição ocorre deforma não muito progressiva. A insonorização está a um bom nível geral, masquando circulamos de capota aberta é inevitável ouvir o matraquear do dCi. Acaixa de seis velocidades tem um bom tacto, mesmo não sendo particularmenteprecisa.

Chegámos agora à parte em quetemos de fazer escolhas.
Se dinamismo é o que procura noseu Megane, esta não será porventura a melhor escolha. Dentro da extensa gama,pode optar por aquela que é talvez a melhor opção do mercado neste sentido(RS). Mas não podemos culpar o CC por este seu carácter mais relaxado. Este foipensado para viagens tranquilas, com um taragem de suspensão afinada para oconforto, capaz de entregar ao condutor e seus passageiros um nível de confortoexcepcional.

Embora o Megane CC possua 4lugares, estes são mais apropriados para crianças e pessoas de pequenaestatura, desenrascando quando temos de transportar mais um oudois adultos. Mas para desfrutar em pleno do lado B do Megane (leia-se, semcapota), é aconselhado o uso do deflector de vento, montado precisamente nolugar dos bancos traseiros.
A bagageira tem um formato algoestranho e a abertura não é das mas fácies, sendo a porta demasiado pesada.Quando a capota se encontra fechada, a volumetria apresenta uma capacidade razoável (211l). Por isso, caso decida viajar de cabelos ao vento, o melhor mesmo é colocar então odeflector, pois os passageiros de trás não terão onde guardar a bagagem.

Depois de aberta a capota, a percade alguma rigidez torcional faz-se notar, não que seja uma diferença claramentenotável, mas quando circulamos em estradas empedradas o espelho retrovisortende a vibrar mais que o normal.
Já com o tejadilho fechado,podemos mesmo assim continuar a desfrutar de luminosidade acrescida, já que orevestimento da capota é em vidro temperado de cor escura, que caso deseje,pode ser coberto por uma persiana.

Conclusão,por cerca de 38 mil euros pode ter um automóvel que consegue cumprir uma mão cheia de tarefas. Omotor concede-lhe a frugalidade que todos queremos e não tem de haverpreocupações com o estacionamento devido à capota rígida. É um cabrio para asmassas que pode ser usado o ano inteiro, desfrutando de todas as 2500 horas de sol que o nosso país tem em média…

 

 
Renault Mégane CC GT Line 1.6 dCi 


Especificações:


Potência – 130cv às 4000rpm
Binário – 320Nm às 1750rpm

Consumo Anunciado (Medido) – 4,4l/100km (5,6l/100km)

Preço:
Gama Mégane CC a partir de 30,370€
Versão ensaiada: 38,850€*

Texto e Fotos: Rodrigo Hernandez

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!