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Crónica – “Que desportivo comprava?”

Crónica – “Que desportivo comprava?”
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“Se eu pudesse…”

 

Acho que todos nós estamos sempre a imaginar que carro compraríamos se a nossa conta bancária permitisse um devaneio financeiro sem culpa. Não digo valores absolutamente exorbitantes, mas que desse para comprar aquele carro que nos enchesse as medidas. E eu sei qual é o meu, caso um prémio saído de uma tômbola entrasse diretamente na minha conta bancária. 

É verdade que anda sempre a pairar na minha cabeça um pequeno automóvel saído de Estugarda, que também tem um cavalo como logo, mas que não é um Ferrari. Tem como sobrenome GT4, e não é um 911. Mas, nem foi esse que escolhi, preferi algo igualmente exótico e raro, enquanto é pedido metade do preço.

O meu escolhido, se pudesse fazer uma “avaria” desse tipo, seria um Alpine A110. E vou dizer porquê e como o configuraria, sim, porque até aí há segredo. Porque eu tenho uma velha máxima: “uma boa configuração pode tornar um carro normal interessante, enquanto uma má configuração pode tornar um carro interessante num carro mau.” 

Porque escolhia o Alpine? Porque é raro, é uma ode ao passado de uma marca, um modelo retro bem feito que não se esqueceu que está no século XXI, mas que também não perdeu a lógica e descambou completamente no que toca à sua potência. A receita é simples: 252cv para um peso de 1080kg (sem opcionais). E sim, se já repararam, eu não coloquei um S à frente de A110. 

Eu optava mesmo por um “normal”, aliás, num Légende porque o meu A110 seria feito para correr as mais interessantes estradas europeias e não para atacar track-days.  

E como é que o configurava? 

Pois bem, o Alpine A110 conta com oito cores, onde o Azul Alpine tem um lugar de importante relevância. Mas não ia para nenhuma delas. Ia direito ao Atelier Alpine, numa oportunidade de escolher entre 26 cores históricas, que só têm uma regra: máximo de 110 carros por cor, depois disso, não existe mais essa cor disponível.

Estão a ver como se garante (ainda) mais exclusividade?

Com as jantes Fuchs instaladas, ficaria indeciso entre estas três abaixo: 

No caso dos dois primeiros, optaria pelo interior em castanho escuro, no caso do Azul Azur, o interior seria em pele preta. Como opcionais, naturalmente ia colocar tudo, onde destaco o som de escape desportivo, o apoio de pés em alumínio para o passageiro que fosse comigo ou elementos de conforto onde se integra o Pack de arrumação entre os bancos – porque continuo a ter carteira e telemóvel na mesma – sistema de som focal porque a música continua a ser importante, aquecimento dos bancos porque ainda haverá dias de frio, assim como o retrovisor eletrocromático, porque nem o dinheiro nos livra de faróis mal calibrados. 

No final, toda a brincadeira iria ficar-me por 82.400€. 

Deixem-me só ver no homebanking… Não, ainda não tenho este valor, nem perto.

Este era o carro que eu compraria agora, se pudesse. Um automóvel que já tive o prazer de testar por duas vezes, e que me encheu as medidas. Obviamente não seria o meu único carro, mas a escolha pelo A110 torna-o bem mais fácil de conviver, sem perder a dinâmica que tanto gostei.

Nada substitui o baixo peso, lembrem-se disso.
Ah! E já me decidi, escolhia o “Tulipa Negra” para revestir o meu pequeno A110.
Pelo menos este era o desportivo que escolhia… esta semana! 

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!