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SEAT Cupra GT: “Mais do que um concept”

SEAT Cupra GT: “Mais do que um concept”
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“Uma vida cheia”

  

Estávamos em 2003, e a SEAT apresentava no salão “doméstico”, o Salão de Barcelona, o seu mais recente concept, o Cupra GT. Uma versão com mais ‘salero’ que os dois últimos concepts que tinham apresentados pela marca de Martorell, na altura.

 

No inicio dos anos 2000, a SEAT estava a moldar uma nova imagem, com Walter de Silva a criar uma nova identidade aos modelos da marca, onde destacava a “Dynamic Line” e “Auto Emoción” que conhecemos depois na “realidade” das nossas estradas. O Cupra GT é, por isso, o pináculo destes concepts dos inícios de 2000, sendo criado após a apresentação do Tango (2001, Frankfurt), um roadster que infelizmente não viu a luz do dia, e o do Salsa (2000, Genebra), um concept que nos mostrava o que seria a segunda geração do Leon e Altea.



Mas, porque é que o Cupra GT é um caso “curioso”?

Porque foi o único destes três concepts que “ganhou vida”. Uma vida conturbada, é certo, mas mostrou que um concept pode realmente ser mais do que apenas um adorno de stand, efémero e sem vida…

A SEAT apresentou o Cupra GT, com “conteúdo”, contando com uma construção com elementos em carbono, uma suspensão Öhlins de triângulos sobrepostos, assim como generosos discos de travão com 378 e 355mm. Aqui, não era apenas estética, havia vontade acelerar este concept pelas portas do salão fora!

Há até o rumor que a SEAT ponderou em construir uma versão legal para estrada, o que não veio a acontecer…

 

Pois bem, o que aconteceu de seguida, foi uma reviravolta interessante:

“Não é aceite na via pública? Então o nosso Cupra GT vai ‘viver’ nas pistas!”

 

E assim foi, como num verdadeiro conto, a SEAT Sport pôs mãos à obra, e construiu ao longo do tempo, cinco unidades deste automóvel, dedicados a clientes privados, com uma unidade a ser tripulada por uma dupla 100% Portuguesa: Ni Amorim e Manuel Gião. Mas, apenas cinco?



Sim. A FIA infelizmente não homologou o Cupra GT para o campeonato de GT Europeu (nem Mundial, claro está). Ainda assim, a SEAT não baixou os braços e o campeonato GT Espanhol foi o destino traçado para o desportivo mais extremo alguma produzido pela marca. Correndo depois também no GT Open Italiano.

Para sermos justos com o modelo, não vamos esmiuçar muito a sua “carreira desportiva”, já que não foi plena de sucesso. Aliás, foi marcada até por algum insucesso.

Vamos antes relembrar este modelo como um exercício de estilo corajoso, que foi mais do que isso. Foi um automóvel de competição que contava com um motor V6 3.0L de origem Audi, com 500cv e 600Nm de binário, montado em posição central traseira, capaz de fazer este SEAT Cupra GT atingir os 100km/h em apenas 4,2s e uma velocidade máxima muito próxima dos 300km/h.

Poucos concept podem “dizer” isso, não é verdade?
Enhorabuena SEAT, pela coragem!

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!