“Um último sopro”
O Peugeot 3008 faz parte de um segmento muito aguerrido no nosso mercado, os crossovers de segmento C. Este modelo foi lançado em 2010, o que o torna um dos mais antigos do nosso mercado, mas a Peugeot continua a manter este modelo competitivo, quer através da sua vasta oferta de equipamento, quer via das características chave do modelo, como por exemplo, o seu espaço interior e soluções de arrumação.
Alvo de um restyling em 2014 que lhe deu uma imagem mais ao estilo da restante gama, destaca-se pelos faróis dianteiros e traseiros com elementos LED e por jantes com desenho distinto. O 3008 oferece uma posição de condução elevada que agrada aos clientes tipo deste segmento e adopta também uma vasta superfície vidrada que aumenta em muito a visibilidade e incrementa ainda mais a sensação de espaço. Os bancos são confortáveis e com um bom apoio. Já o equipamento como foi dito no primeiro parágrafo, é muito vasto.
Na versão Allure temos praticamente tudo, desde cruise-control, a ar condicionado automático bi-zona, um gigante tecto panorâmico em vidro, Bluetooth, sistema de navegação, head-up display e estofos em meia-pele. As soluções de arrumação são diversas e com boas dimensões, de destacar a existência de quatro porta copos e de um túnel central que serve quase como armazém e que tem uma grande vantagem, que é a de possuir a porta USB no seu interior, permitindo que os objectos que estejam a carregar ou ligados permaneçam escondidos. O telemóvel também tem morada, sendo no espaço abaixo do rádio.
Mas é também cá dentro que o Peugeot 3008 mostra alguma da sua idade, visível por exemplo na dimensão do volante, bem diferente do 208 ou 308, ou nos grafismos que também não são os mais actuais tendo em conta o geral da gama. Os comandos embora intuitivos não são os mais leves, mas ainda assim o 3008 é um automóvel bastante agradável de conduzir e que nos convida a viajar.
Para isso, a Peugeot planeou uma surpresa agradável para o final de vida deste bem sucedido crossover. Agarrou no excelente motor 1.2 Puretech a gasolina com 130cv e montou-o no 3008, com o resultado desde já, a ser bastante positivo.
Primeiro ganhamos evidentemente no conforto acústico, já que este motor é bastante silencioso, o que por vezes nos leva a pensar que o sistema stop&start está ligado quando o motor está em pleno funcionamento. O que ainda é mais de louvar visto que o 1.2 Puretech é um tricilíndrico.
Depois a experiência de condução fica a ganhar, sendo mais suave e disponível, logo desde baixos regimes. Este motor é bastante redondo e consegue um andamento bastante aceitável graças a estar também a trabalhar em conjunto com a bem escalonada caixa de 6 velocidades, de tacto suave e engrenamento decidido.
Os consumos comedidos estão garantidos, dado que circulando a velocidades controladas, o 3008 1.2 Puretech consome pouco mais de 6 litros aos cem quilómetros num ciclo combinado, o que é um valor bastante respeitável.
O conforto é outro dos grandes atributos do Peugeot 3008, já que a suspensão está principalmente afinada para satisfazer nesse campo, com a habitual preocupação da Peugeot em também garantir o prazer de condução. O que em conjunto com o espaço interior e a excelente visibilidade garantem a vontade para fazer longas viagens, que pode estender-se durante vários dias, já que a bagageira com abertura em dois níveis apresenta uns aceitáveis 512l de capacidade.
Este Peugeot 3008 equipado com o 1.2 Puretech destina-se a um cliente que pretende um bom negócio, que não anda atrás das últimas tendências e que prefere um motor a gasolina ao invés do diesel, já que por apenas 26.570€ (se entregar o seu automóvel antigo) pode ter um igualzinho ao das fotos, ora diga lá que não é um bom negócio…
Peugeot 3008 1.2 Puretech 130 Allure CMV6
Especificações:
Potência –130cv às 5500rpm
Binário – 230Nm às 1750rpm
Consumo Anunciado (Medido) – 4,9 l/100km (6,3l/100km)
Preços:
Peugeot 3008 desde: 24.970€
Preço da versão ensaiada: 26.570 €*
*Desconto de 3000€ na entrega de retoma, válido apenas para particulares até 31/12/2015
Texto por: Rodrigo Hernandez
Fotos/Edição por: Rodrigo Hernandez/Sérgio Gonçalves
