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Volvo XC90 em teste com motor B5 ‘Mild-Hybrid’

Volvo XC90 em teste com motor B5 ‘Mild-Hybrid’
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“A Arte de bem viajar”

 

Assim que olhei para o Volvo XC90, só pensei em quantas centenas de quilómetros poderia fazer, sem me cansar. A resposta não foi atingida, mas de caminho redescobri muitas coisas…

 

Lembro-me que quando testei o Volvo XC90 pela primeira vez, na altura fiquei impressionado pelo “salto” dado pela marca, já que este foi o primeiro modelo de uma “nova era” para a marca helvética. Isso era visível no seu novo estilo exterior, onde estreou o “Martelo de Thor” nos seus grupos óticos, sem esquecer a sua imagem de marca robusta, ou os farolins traseiros verticais que caracterizam a Volvo.

Já no interior, para trás ficou o tempo dos botões excessivos que povoavam os habitáculos das propostas da marca. O massivo ecrã tátil colocado em posição vertical assume o destaque, assim como um painel de instrumentos 100% digital. Passou assim de um dos automóveis com mais botões, para um aspeto clean e bastante minimalista. Sueco, portanto.

O conforto, esse está nos níveis aos quais a marca nos tem habituado, mas levou-se ainda mais além no toca à tecnologia, seja ela ativa ou passiva, ou mesmo em elementos que nos facilitam a vida.

Mas isso foi em 2015, agora passaram quase cinco anos. Em 2020, como está este gigante Volvo que tanto nos encantou?



As diferenças são poucas, e na verdade não achei que fosse ainda necessário. O XC90 está bastante atual, seja no capítulo estético ou tecnológico. A Volvo apenas alterou alguns pormenores no que toca às motorizações, e foi por isso que voltámos hoje. Portanto, se querem ler o que escrevi nesses anos, podem ler aqui.

Na traseira deste SUV de 7 lugares está agora um “estranho” B5, em vez dos habituais T5 ou D5. Na verdade, agora olhando para os modelos da marca, não conseguimos distinguir se é gasolina ou diesel.

Os “B” são modelos com tecnologia Mild-Hybrid, neste caso o diesel de 235cv.

Basicamente, a diferença é que este modelo (e outros) passa agora a contar com um sistema 48V que o ajuda a uma maior performance (em ultrapassagem ou arranque), graças aos 14cv e 40Nm extra deste motor elétrico, que ao mesmo tempo reduzem os consumos e emissões.



Na prática, e tal como o XC60, o XC90 também pareceu mais poupado que anteriormente, já que em busca do “tal cansaço” de viagem, a média final ficou em 7,3L/100km, sem cuidados de maior.

Tal como anteriormente, o modelo continua ligado a uma transmissão automática de oito relações, que agora recebe um novo comando (na minha opinião o antigo era mais simples de operar) feito pela Orrefors Sweden, empresa que há mais de 200 anos fabrica objetos em vidro de alta qualidade, e que agora fornece a marca conterrânea. Na verdade, é inegável este superior toque de luxo no habitáculo.

De resto, temos um habitáculo bastante confortável com duas boas poltronas na frente, com múltiplos ajustes e que garantem tanto uma boa experiência a atravessar um continente, como apenas a ir buscar os “putos” à escola. E podem ser muitos, já que os sete lugares são verdadeiros.

A noite pode chegar, já que os faróis LED iluminam o caminho com os seus máximos adaptativos, enquanto o trânsito também não incomoda, já que contamos com o assistente que nos acelera e trava, e volta a arrancar nas filas.

Basicamente é um SPA sobre rodas, tal como a marca chamou à nova arquitetura que deu aos seus modelos, e que foi estreada por este XC90, que na altura significou um investimento de mais de 11 mil milhões de euros. Portanto, se achar que os mais de 80 mil euros pedidos por esta unidade são demasiados, deve pensar novamente.


Volvo XC90 B5 Inscription

Especificações:

Potência combinada– 245cv/4000rpm
Binário combinado – 480Nm
Aceleração do  0-100 (oficial): 5,4s
Velocidade Máxima (oficial): 220km/h
Consumo Combinado Anunciado – 5,9L/100km
Consumo Combinado Medido – 7,2L/100km

Preços:
Volvo XC90 B5 Inscription desde: 89.040€
Unidade ensaiada: 97.553€

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!