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Toyota C-HR 1.2 Turbo

Toyota C-HR 1.2 Turbo
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“Mais tradicional”

O Toyota C-HR já esteve em ensaio na sua versão híbrida, tecnologia que a marca Japonesa democratizou e que já é fatia importante das suas vendas, tanto que não existe qualquer opção diesel para este modelo. Mas o novo crossover conta também com uma versão turbo a gasolina, mais tradicional, para quem possa ainda ter um algum receio indevido acerca destas novas tecnologias, ou que queira apenas a hipótese de ter um C-HR de caixa manual.

Portanto, no radical e bem conseguido exterior de Crossover Coupe do C-HR pouco muda. Perdem-se os badges Hybrid, e o logotipo da marca deixa de contar com o fundo azul, que caracteriza os automóveis mais limpos da gama. Ainda assim, voltamos a ressalvar a dianteira agressiva e a cintura ascendente que vai dar lugar a um pilar C muito bem conseguido, e um tecto preto nesta versão Confort+Pack Style. No exterior, podemos ainda ver as jantes escurecidas de 18’’, elemento igualmente de série neste nível de equipamento.

No bem construído e bem desenhado interior, mais uma vez, as diferenças são muito poucas face ao C-HR Hybrid. Obviamente a mais notória é a alavanca da caixa de seis velocidades, mas também os manómetros do painel de instrumentos, que passam a ser ‘normais’, ou seja, conta-rotações à esquerda e velocímetro à direita. Não existem, no entanto, diferenças a nível de espaço, mesmo com uma imagem radical no exterior, isso não traz problemas a nível do espaço interior, que não é uma referência, mas não chega a ser acanhado, o que acontece também com a capacidade da bagageira, de 377L.

No papel temos um 1.2 Turbo de 116cv, que ao contrário de muitos outros ‘mil e duzentos’ conta com uma disposição de 4 cilindros. Este propulsor já conhecido no Auris, torna-se aqui numa proposta mais aliciante graças ao espírito dinâmico do C-HR, e também devido ao baixo peso do conjunto, com apenas 1375kg.

Mal ligamos o motor, este quase chega ao nível do Hybrid, ou seja, muito silêncio a bordo. O pequeno motor mal se ouve, mesmo a frio, revelando um conforto acústico em muito bom nível. Depois disso, surge a suave caixa de seis velocidades, tipicamente japonesa, bem escalonada, que explora bem o propulsor, mesmo em AE, conseguindo deixar uma boa margem para as recuperações, ao mesmo tempo que os consumos não saem prejudicados. E é em AE que achamos que este 1.2 Turbo mais se destaca face ao híbrido, já que é mais silencioso e prazeroso de usar, conseguindo, neste campo, melhores consumos. Em cidade, também é divertido de usar, embora os números do computador de bordo não acompanhem os do C-HR Hybrid.

Dinamicamente, o C-HR é bastante benigno nas suas reacções, e para isso conta com a ajuda de uma direcção bastante directa, que transmite um bom feeling na abordagem das curvas e na sua descrição. A suspensão está muito bem ajustada, com um perfeito balanço entre o conforto para os ocupantes, ao mesmo tempo que absorve bem as irregularidades, enquanto não deixa de ser informativa o suficiente para uma condução agradável.

Quanto ao equipamento, é bastante completo, contando de série com ar condicionado automático dual zone, bancos dianteiros aquecidos, sensores de luz e chuva, espelho interior electrocromático, sistemas de pré-colisão com detecção de peões e de reconhecimento de sinais de trânsito e luzes de máximos com controlo automático. O Toyota C-HR conta ainda com Cruise-Control adaptativo e limitador de velocidade, bem como câmara traseira para facilitar os estacionamentos mais apertados.

O único opcional é o sistema de navegação…

Mas vamos a contas: qual é a diferença face ao híbrido? O 1.2 Turbo de 116cv e caixa manual de seis velocidades é cerca de 2300€ mais barato, com tudo igual a nível de equipamento. As coisas só mudam no capítulo da diversão de condução. Este C-HR 1.2 Turbo é bem mais divertido de conduzir. Seja pelo motor que é fácil e agradável de explorar, ao mesmo tempo que a caixa manual torna tudo mais ‘normal’ e agradável, evitando o som característico da caixa de variação contínua.

O Hybrid por sua vez tem a vantagem de ter um consumo misto de cerca de 1,5L mais baixo a cada cem quilómetros. Algo que, nos dias de hoje, são mais 2.28€ a cada cem quilómetros… Basta fazer as contas, se quer eficiência, o híbrido é a escolha ideal, mas se quer algo que lhe dê mais diversão e se para si, as caixas manuais são imperativas, o 1.2 Turbo é “obrigatório”. De qualquer maneira, qualquer que seja a variante escolhida, não há dúvida que o Toyota C-HR é definitivamente um produto bem nascido!

Toyota C-HR 1.2 Turbo Confort + Pack Style 

Especificações:

Potência – 116cv
Binário – 185Nm às 1500 ~ 4000 rpm
Consumo Combinado Anunciado – 6,0L/100km
Consumo Combinado Medido – 6,2L/100km

Preços:

Preço Base da versão ensaiada: 28.080€
Preço da Versão ensaiada com extras: 28.886€

C-HR 1.2 Turbo
15.7 Pontos
O que gostámos mais:
- Aspecto exterior, Motor mais poupado em AE face ao híbrido
O que gostámos menos:
- Falta dos sensores de estacionamento traseiros,
Resumindo e concluíndo:
O C-HR é bem nascido, o motor a gasolina continua a ser válido, ainda para mais para quem faz mais auto-estrada que cidade, os consumos são comedidos e as performances aceitáveis. O comportamento é muito neutro e o preço, 3000€ mais em conta!
Motorização16.5
Perfomances14
Comportamento16.5
Consumos15
Interior16.5
Habitabilidade15.5
Materiais/Qualidade de construção16.5
Equipamento de Série15.5
Value for Money15

“A pontuação acima é totalmente da nossa opinião. Esta, tem a ver com o modelo e versão ensaiadas, tendo em conta o segmento onde a mesma se insere.”

Legenda da pontuação:
0-5: Mau;
5-10: Satisfaz Pouco;
10-15: Razoável;
15-17: Bom;
17-19: Muito Bom;
19-20: Excelente;

 

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!