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Testei a Piaggio Medley 125 para ver o que mudou

Testei a Piaggio Medley 125 para ver o que mudou
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“Aprimorar as voltas citadinas”

 

Uma solução rápida, segura e eficaz em cidade. Isto é o que todos procuram quando se pensa numa nova scooter para enfrentar o dia-a-dia. Nesse exercício, a Piaggio é uma das marcas que vêm à ideia. Longe vai o tempo que “apenas existiam” as Vespas; agora a marca tem na Medley uma opção segura no campo das 125cc.

Pois bem, já por aqui testámos a scooter da marca Italiana, mas agora foi renovada e isso levou-me a deixar, num sábado de sol, o meu desportivo de quatro rodas e 275cv a descansar, e pegar nesta “piccola italiana” para um dia a fazer percursos apertados e difíceis pelas ruas de Lisboa e Cascais.

Primeiro impacto, a estética.



A Piaggio Medley consegue ser diferenciada da anterior versão pela sua nova dianteira, com a “gravata” redesenhada, assim como uns novos pousa-pés para quem anda à pendura. Para além disso, a iluminação dianteira é agora em LED, o que em conjunto com os novos pneus Michelin CityGrip melhoram a segurança em todas as situações. Esses pneus também envolvem as jantes com novo desenho, mais moderno e apelativo.

Esta é a Medley ABS, existindo ainda uma versão S, com um cariz mais desportivo… mas apenas no que à estética diz respeito.

Quando montados nesta Piaggio, podemos ver a outra importante novidade: o seu painel de instrumentos 100% digital, mais completo, que conta agora com computador de bordo e dois parciais, podendo fazer médias de velocidade e consumo independentes, assim como a temperatura exterior, a voltagem ou, mais importante, as horas. O que numa scooter em cidade, é uma luta vencida contra o relógio.

A posição de condução continua confortável e descontraída, com a vantagem desta Medley continuar a contar com um local próprio para carregamento de smartphones (sim, ninguém gosta de chegar mais cedo e não ficar de volta das redes sociais). Devido à mudança do bocal de depósito, agora o espaço de arrumação debaixo do assento aumenta, o que dá para dois capacetes integrais, ou 36L de capacidade.



Esta “Roda Alta” conta com o mesmo motor i-GET de quatro válvulas refrigerado a água, mas que sofreu modificações. A marca redesenhou os componentes internos de forma a alcançar uma potência mais elevada (e a máxima para que se conduza com carta de automóvel) de 15cv. Mais que isso ainda foram modificadas a geometrias do pistão, assim como um novo injetor, escape e uma nova caixa de filtro.

Mesmo com aumento de potência, os consumos permanecem reduzidos, sendo fácil conseguir manter abaixo da casa dos 3L/100km, conseguindo uma autonomia superior a 230km.

A sua condução continua suave e fácil, com a vantagem de a roda alta absorver bem o mau piso e os (demasiados) buracos que encontrámos pelo caminho. A direção tem um bom feeling, assim como o travão. A sua leveza nota-se em curva, sendo ágil o suficiente para “driblar” o trânsito urbano, enquanto o sistema Start & Stop, também renovado, quer por todo o custo poupar-nos a carteira.

O motor não é um poço de forma (também não esperávamos isso), mas é suave e progressivo, o que melhora a experiência de condução, mesmo para quem as duas rodas são algo fora do normal.

Por 3.300€ é uma das melhores opções para quem quer andar em cidade, de forma segura, fácil e poupada. O seu design melhorou, a tecnologia também, e segundo a marca as revisões também ajudam a manter os custos baixos, sendo espaçadas e apenas necessárias a cada 10 mil quilómetros.

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!