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Renault Twingo Exclusive 0.9 tCe 90

Renault Twingo Exclusive 0.9 tCe 90
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“Exclusividade Citadina”

Os automóveis citadinos mudaram, deixaram de ser apenas automóveis para nos deslocarmos do ponto A ao ponto B. São agora propostas únicas, que se inserem num dos segmentos mais personalizáveis e que mais transmitem o carácter do seu proprietário. A Renault está presente neste segmento, com o nome Twingo a ser conhecido há mais de 25 anos. Agora, na sua terceira geração, foi concebido em estreita colaboração com a Daimler, com a novidade de o seu motor ter passado para a retaguarda, tal como o seu eixo motriz.

Este modelo já cá esteve por duas ocasiões, primeiro logo aquando do seu lançamento, estando depois representado pelo mais “picante” GT. Então, qual é a novidade desta vez?

É a inclusão da versão Exclusive, a “topo de gama”, e que ao contrário do GT prefere um aspeto mais requintado, assim como mais equipamento e cores mais clássicas. Ideal para quem gosta de viver a cidade e estar na moda.

Mas a aparência do Renault Twingo é um dos seus pontos-fortes. Cheio de personalidade para um automóvel com apenas 3,59m, exibe uma frente curta e alta, com uns grupos óticos muito originais, as quatro rodas a estarem “bem nos cantos da carroçaria”, transmitindo uma postura mais larga, e a traseira a ser praticamente toda ela destacada pelo portão de bagageira em vidro.

Os elementos diferenciadores desta versão são as jantes, com centro na cor da carroçaria, que também é exclusiva (Verde Pistachio). A faixa decorativa que percorre a linha de cintura, e que é idêntica à que encontramos no teto em lona (opcional), condição que valoriza em muito a experiência de condução deste Twingo, torna-o numa proposta bem mais “arejada”.

Esse padrão quadriculado é igualmente encontrado no interior, com os bancos a estarem revestidos neste mesmo padrão. O tablier de linhas simples, e por isso apresentando uma fácil ergonomia, conta igualmente com detalhes únicos, como é o caso do friso decorativo e saídas de ventilação a contarem com a cor que reveste o exterior. Mas é no interior que passamos muito mais tempo e que encontramos os quatro lugares do Twingo.

Se na frente a posição é elevada, mas confortável e espaçosa, já atrás a situação não é idêntica, já que quem vai sentado nesses lugares pode encontrar algum constrangimento. Ainda assim, existem bons espaços de arrumação, com destaque para o que está presente sob o banco traseiro, e na consola central, que pode mesmo ser retirada do veículo.

Destaque ainda para o equipamento de série, com cruise-control e limitador de velocidade, ar condicionado automático, bem como sistema Bluetooth, sensores de chuva ou luz, vidros escurecidos, volante em couro e sensores de estacionamento. Portanto, muito bem equipado para um automóvel deste segmento. Como opcional, pode ainda contar com um sistema multimédia mais do século XXI, embora cumpra na perfeição.

A mudança do motor para a traseira trouxe muitos benefícios, como poderemos ver mais à frente, mas a bagageira não foi um deles, podendo variar entre os 174 e os 219L, dependendo da inclinação dos bancos posteriores.

O motor aqui empregue é o tCe 90, ou seja, o 899cm3 a gasolina de 90cv, e que aqui está “ligado” à caixa EDC de dupla embraiagem, prometendo um maior conforto de utilização, dando descanso ao pé esquerdo. Na prática este motor “chega para as encomendas”, com o seu som característico, a entrar um pouco em demasia para o habitáculo, mas nada de muito prejudicial.

Esta é, claramente, uma proposta mais emocional do que racional. Ainda assim, existe a preocupação com um consumo baixo, que em percurso misto se cifrou nos 6,0L a cada 100km. O comportamento é “sui-generis”, ou seja, em cidade poucos são melhores que o Twingo, com uma direção leve, conseguindo que muitas manobras sejam mais rápidas e eficazes de serem feitas, graças à excelente brecagem e círculo de viragem (devido à mudança do motor para a retaguarda). O motor responde bem, e a caixa, embora seja indecisa em algumas ocasiões, não falha e é efetivamente uma boa aliada.

Fora da cidade, é igualmente patente a disposição do motor na traseira. Isto porque a frente é bem mais leve que a dos seus rivais, e por isso é responsável por uma direção menos informativa e precisa, o que requer alguma habituação. Também é fora das cidades, ou em pisos mais degradados, que sentimos a dureza da suspensão, que em certos momentos se faz sentir em demasia. Ah! E se pensa que vai ter uma dose extra de diversão por o Twingo ter uma disposição do “tipo Porsche”, esqueça. Este modelo está cheio de ajudas à condução que intervêm antes de acontecer algum deslize fora dos eixos.

A diversão tem que ser encarada pelo seu aspeto, o seu ar jovem, pela sua capota em lona que o torna num prático “descapotável” para a cidade, e no jogo de encontrar os lugares de estacionamentos mais recônditos. O Twingo é isso mesmo, um automóvel à sua maneira, mais perto da sua primeira geração. Esta versão Exclusive dá-lhe muito mais equipamento, bem como um estilo mais “trendy” todo o ano.

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Renault Twingo Exclusive tCe 90 EDC

Especificações:
Potência – 90cv às 5500rpm
Binário – 135Nm às 2500rpm
Aceleração dos 0-100 (oficial): 10,8s
Velocidade Máxima (oficial): 165km/h
Consumo Combinado Anunciado (Medido) – 4,8l/100km (6,0l/100km)

Preços:
Renault Twingo desde: 11.240€
Preço da versão ensaiada : 15.900€
Preço da unidade ensaiada: 16.810€

 

Carrega nas fotos e vê este Renault Twingo Exclusive em detalhe:

Renault Twingo Exclusive
14.8 Pontos
O que gostámos mais:
- Manobrabilidade - Consumos - Aspecto Exterior e detalhes - Equipamento de série
O que gostámos menos:
- Algumas hesitações da caixa de velocidades - Dureza da suspensão em mau piso - ESP demasiado interventivo
Resumindo e concluíndo:
O Renault Twingo continua igual a si próprio. Na sua "terceira vida" ganha duas portas extra, bem como uma superior manobrabilidade. A personalização está em bom plano, ainda para mais nesta versão Exclusive.
Motorização14
Perfomances14.5
Comportamento15
Consumos15
Interior14
Habitabilidade15
Materiais/Qualidade de construção14
Equipamento de Série16.5
Value for Money15.5

“A pontuação acima é totalmente da nossa opinião. Esta, tem a ver com o modelo e versão ensaiadas, tendo em conta o segmento onde a mesma se insere.”

Legenda da pontuação:
0-5: Mau;
6-10: Satisfaz Pouco;
11-15: Razoável;
16-17: Bom;
18-19: Muito Bom;
20: Excelente;

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!