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Renault Captur 1.5 dCi 110 Exclusive

Renault Captur 1.5 dCi 110 Exclusive
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“Agarrar a liderança”

Como é sabido, o Renault Captur, o pequeno crossover mais vendido no mercado nacional, recebeu um restyling, que apresentámos aqui no mês passado, com um primeiro ensaio a este modelo que estava equipado com o propulsor 1.2 TCe de 120cv. Na altura falámos das suas capacidades familiares, mas hoje contamos com uma versão que os Portugueses teimam em preferir, ou seja, para quem ainda não entendeu, um Captur Diesel.

Este modelo lançado em 2013, baseado no Clio, conta com o motor 1.5 dCi de 110cv (existe a versão com 90cv), que promete dar-lhe uma boa eficiência, bem como prestações bastante aceitáveis devido ao seu peso comedido. Portanto, vamos rever novamente o Captur.

Em termos de versão, não muda face ao TCe, é a Exclusive mas com mudança de cor, ou de cores. Mostra assim a forte personalização de que este modelo pode ser alvo, mais de 30 combinações, incrementadas agora com a adição desta nova cor, a Azul Ocean, e a nova cor disponível para o tejadilho, o Cinzento Platina.

De forma a rever o que mudou, a frente foi claramente a “mais afectada” com um novo para-choques, mais à imagem do resto da gama e a inclusão de novos grupos ópticos Full LED na dianteira, e LED nos farolins traseiros, dando uma interessante assinatura luminosa, para um Captur ser bem distinguido, mesmo à noite. No exterior, foco ainda para as novas jantes de 17’’.

Passando para o interior, mesmo que seja mais estreito na frente, se usarmos a fita métrica, face a muitos dos seus rivais, isso não é verificado quando estamos a bordo deste pequeno crossover. O espaço, bem como o design, é uma das suas mais-valias. Os bancos são confortáveis e contam com um padrão que pode ser substituído ou lavado, e isso é uma grande vantagem para as famílias. No banco traseiro, três passageiros podem ser demais, mas dois viajam sem problema. Estes bancos são também deslizáveis, ou seja, pode alterar a volumetria da bagageira entre os 377L e os 455L.

Ainda no interior, é importante referir o esforço da marca em melhorar os materiais, sendo agora mais suaves e agradáveis ao toque, seja no topo das portas, ou na parte superior do tablier. Ainda assim, achamos que poderia ter recebido uma renovação do sistema R-Link, com a inclusão de um sistema semelhante ao usado no Mégane ou Grand Scénic, que é bem mais rápido e conta com mais funções e uma melhor qualidade. A posição de condução é claramente mais elevada que o Clio e isso pode agradar a um grande número de condutores, mas também nos prepara para a condução.

Porque disse isto? Porque o Captur não é tão dinâmico nem divertido de conduzir como o modelo do qual deriva, ou seja, é mais notório o rolamento de carroçaria, e não é tão táctil. Mas, verdade seja dita, o cliente tipo do Captur não quererá andar a descrever curvas de forma a enjoar os miúdos, portanto, em condução normal, consegue ser um bom automóvel, ainda que achemos que poderia contar com discos sólidos atrás ao invés de simples tambores, pelo menos nestas versões mais potentes.

O motor dCi de 110cv revela-se uma boa surpresa, já que aqui, com menos peso para puxar, torna-se bem mais expedito, com boas recuperações, embora nos tenhamos de habituar ao típico “espaçamento” entre a 2ª e 3ª relação (segunda curta e terceira longa) que nos pode, nos primeiros tempos, dar alguma indecisão sobre qual a melhor mudança a usar num determinado momento. Por outro lado, é bem insonorizado, e conta com uma boa capacidade de rolar em auto-estrada, devido à sua 6ª velocidade, que lhe dá também a possibilidade de conseguir consumos abaixo dos cinco litros a cada cem quilómetros, sem muita dificuldade.

Portanto, o Captur dCi 110cv, no nível Exclusive, está disponível desde 24.830€, se optar pela versão de 90cv são menos 900€, o que não aconselhamos, já que a versão de 110cv lhe dá essa maior potência, um superior binário (+40Nm) e mais transmissão de seis velocidades, ao contrario do dCi 90 que está equipado com caixa manual de 5 velocidades.

Continua a ser um vencedor? Sim, claro. O seu estilo cativa ambos os sexos, que pode ainda ter o bónus de ser personalizado, por fora ou por dentro, e é também no seu interior que o espaço para os passageiros e para as bagagens faz os clientes optarem por este automóvel. Não é o mais dinâmico nem divertido de conduzir, nem o que tem o interior mais moderno. Mas os seus preços, que com campanhas regulares ficam bem apetecíveis e os cinco anos de garantia, fazem o resto.

Renault Captur 1.5 dCi 110 Exclusive

Especificações:
Potência – 110cv às 4000rpm
Binário – 260Nm às 1750rpm
Consumo Combinado Anunciado – 3,6L/100km
Consumo Combinado Medido – 5,0L/100km
Aceleração 0-100km/h (oficial): 11,4s
Velocidade máxima (oficial): 180km/h

Preços:
Novo Renault Captur desde: 18.080€
Preço da versão ensaiada: 24.830€

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15.4 Pontos
O que gostámos mais:
Consumos, Espaço Interior, Bagageira
O que gostámos menos:
Alguns materiais, Comando do Cruise-Control, Preço
Resumindo e concluíndo:
O Renault Captur, nesta versão 110cv diesel, é uma proposta atrativa para que procura um carro "lá para casa" mas que ainda não quer avançar para propostas de maior dimensão. Frugal e até confortável, pode ser uma boa alternativa aos normais utilitários.
Motorização14.5
Perfomances15
Comportamento14
Consumos18
Interior15
Habitabilidade16.5
Materiais/Qualidade de construção14.5
Equipamento de Série15
Value for Money16

“A pontuação acima é totalmente da nossa opinião. Esta, tem a ver com o modelo e versão ensaiadas, tendo em conta o segmento onde a mesma se insere.”

Legenda da pontuação:
0-5: Mau;
6-10: Satisfaz Pouco;
11-15: Razoável;
16-17: Bom;
18-19: Muito Bom;
20: Excelente;

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!