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Renault Arkana chega para democratizar o estilo SUV Coupé

Renault Arkana chega para democratizar o estilo SUV Coupé
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“Destacar-se na imensidão”

 

Estar no segmento C-SUV é algo primordial para uma marca que queira almejar bons números de vendas, por isso, a Renault optou por juntar ao Kadjar, o Arkana, um SUV de segmento C com aspeto de coupé, algo que até agora estava apenas reservado a marcas premium alemãs. A verdade é que o modelo já existe na Rússia desde 2018, usando a base do Duster, mas o seu sucesso fez a marca francesa pensar numa versão para a Europa Ocidental.

Pois bem, de que se trata afinal o Arkana? O modelo é o primeiro da “Nouvelle Vague” da “Renaulution”, apresentada por Luca Di Meo. Este C-SUV tem por base a plataforma CMF-B, que é aquela usada pelo Clio e Captur, mas que pode ser aumentada para servir de base a modelos de segmento superior. Para isso basta pegar na fita métrica e constatar que este Arkana não é, efetivamente, um modelo do segmento dos utilitários, como os seus mais de 4,56m provam. Para além disso, também na distância entre eixos o modelo é bem mais generoso que o Captur, conseguindo até melhores quotas em algumas áreas que o “verdadeiro C-SUV” Kadjar, assim como uma volumetria de bagageira com 513 litros ou 480L de capacidade, caso se opte pela versão híbrida.

Continuando exatamente por aí, o Renault Arkana oferece apenas motorizações eletrificadas, por meio dos “mais tradicionais” 1.3 TCe (com sistema mild-hybrid de 12V) com 140 ou 160cv, ambas acopladas a uma transmissão EDC de 7 relações, assim como o apetecível E-Tech (como já testado no Clio) com 145cv de potência, ligado à transmissão multimodo, conjunto que tem dezenas de patentes por parte da Renault, graças ao conhecimento ganho nas pistas, nomeadamente na Formula 1.

Neste primeiro contacto, foi a versão R.S. Line com a motorização 1.3 TCe de 140cv (a de 160 chegará pouco depois aos concessionários da marca) que utilizei para percorrer cerca de 300km neste primeiro contacto, que se revelou mais extenso do que costuma ser habitual.



Durante a condução, o Renault Arkana revela-se uma proposta mais dinâmica, com um pisar mais decidido indo ao encontro da sua silhueta mais distinta, o motor de 140cv parece estar ajustado para o seu peso e dimensão, enquanto os consumos, num andamento algo “apressado”, ficaram em torno dos dos 7,4L/100km, numa unidade que marcava pouco mais de 250km no odómetro. O consumo está longe de ser negativo, dando a ideia de que com uma condução mais cuidada será possível manter os consumos facilmente na casa dos “seis litros baixos” a cada cem quilómetros. Isso será comprado brevemente, num contacto mais longo com este novo Renault.

O interior do Arkana está em linha com as mais recentes propostas da marca, com uma organização bem conseguida e um posto de condução mais elevado, ao gosto do cliente SUV. A gama deste SUV francês divide-se em três diferentes níveis: Business, Intens e R.S. Line. Os preços começam nos 31.600€ para o 1.3 TCe 140 EDC Business, ascendendo até aos 37.800€ para o R.S. Line com a motorização E-Tech. Na verdade, a diferença entre a versão eletrificada e híbrida é de apenas 1.500€, o que pode valer bem a pena para quem faça muita cidade no seu dia-a-dia.

MotorVersãoPreço
 Business31 600,00 €
1.3 TCe 140 EDCIntens33 700,00 €
 R.S. Line36 300,00 €
 Business33 100,00 €
E-Tech Hybrid 145Intens35 200,00 €
 R.S. Line37 800,00 €

Agora a questão que se impõe é: vai vingar num segmento cada vez mais populado?



O facto de o Arkana ser um SUV Coupé irá sem dúvida piscar o olho a um cliente mais elitista, que procura um SUV compacto mas com um aspeto exterior que se demarca dos restantes. Para além disso, a gama eletrificada, onde se inclui um híbrido “tradicional”, compensa a falta de um motor diesel, que segundo a marca iria ter pouca expressão. Ao contrário do Captur, este Arkana não contará com versão híbrida plug-in, para isso existe o Mégane para quem procura essa tecnologia neste segmento onde o Arkana se insere agora.

Mas de qualquer maneira, não há razões para alarme, já que a marca pretende até 2025 lançar 14 novos modelos E-Tech, onde 7 deles estão destinados a este segmento. Tudo isto com o objetivo de, até 2030, ser a marca mais verde da Europa.

Que comece a Renaultution!

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!