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Opel Insignia 1.5 TurboD com 122cv em teste

Opel Insignia 1.5 TurboD com 122cv em teste
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“Questão de escolha”

 

Este ensaio trata-se de um encontro tardio, isto porque que nunca conduzi um Opel Insignia, nem mesmo da primeira geração que foi lançada em 2008 e que foi disruptiva, graças ao seu design atraente, mas também por substituir um já “cansado” Vectra, modelo que este Insignia fez rapidamente esquecer.

Agora a realidade é diferente, estamos numa segunda geração de um modelo que já vai a meio da sua vida e tem de lutar com os SUV que insistem em roubar vendas em praticamente todos os segmentos. A realidade é agora tão diferente que a marca pertence a um outro grupo. Mas uma coisa permanece: o Insignia continua atraente na sua estética.

É altura de saber o que vale esta berlina familiar da marca de Russelsheim.

Esteticamente estamos perante um automóvel de dimensões generosas, são 4,90m de comprimento nesta variante Grand Sport e que o Insignia não tenta esconder, aproveitando-se disso para lhe dar uma imagem mais estatutária e com algum dinamismo nas linhas, graças a um tejadilho que desce de forma menos abrupta face a uma convencional berlina de três volumes. Na dianteira encontram-se algumas diferenças graças ao restyling feito recentemente, nomeadamente nos faróis Matrix com 84 LED que lhe dão uma iluminação de referência.

Na traseira é apresentada uma secção limpa e fácil de agradar, com o logo da marca a servir como abertura da bagageira com 490L de capacidade, um bom valor no seu segmento, e que merece pontos extra pelo acesso.



Passando para o interior, é obviamente notório o salto do Astra para este modelo de segmento superior, já que os materiais têm uma melhor apresentação tanto à vista quanto ao toque. A organização do tablier está feita de forma racional, com o painel de instrumentos parcialmente digital a ter uma fácil leitura, assim como o sistema multimédia competente, ainda que não seja da “nova era”, como o utilizado pelo GrandLand X. Ponto positivo para os confortáveis bancos AGR, e vários espaços de arrumação espalhados pelo espaçoso habitáculo. Os lugares traseiros contam com boas quotas em todas as direções, onde nesta versão Ultimate, para além da ventilação dedicada, ainda contam com aquecimento dos bancos.

Sentado ao volante, a posição de condução é agridoce. Ou seja, vamos bem sentados em relação ao volante e aos pedais, mas a alavanca da transmissão manual está demasiado recuada e baixa em relação ao apoio de braço central, o que obriga a alguma habituação. No entanto, a transmissão automática deve resolver este problema.

Logo nos primeiros quilómetros, nota-se uma das melhores qualidades do Opel Insignia, a suspensão que tem um bom balanço entre o conforto e agilidade, o que em conjunto com a direção com um bom tato conferem a este modelo uma boa dinâmica, ainda que não “esconda” os seus quase cinco metros de comprimento, que em nada prejudicam a condução em autoestrada, por exemplo.


 


Para este primeiro contacto, o motor usado para “animar” este Insignia foi o 1.5 TurboD com 122cv, motor que já testei no Astra, e que conta com uma arquitetura tricilíndrica. Chega?

Depende para o que queremos este Opel Insignia. Se for para toadas calmas, chega perfeitamente, já que com um andamento normal são ainda possíveis consumos muito comedidos. No final deste ensaio, sem muitas preocupações, ficou marcado no computador de bordo 5,8L/100km.

O motor mostra-se mais disponível a partir das 1750 rotações, o que obriga a algum trabalho juntamente com a transmissão manual de seis velocidades para o manter “no ponto certo”. Ainda assim, este Insignia consegue performances não muito longínquas das apresentadas pelo Astra com este mesmo propulsor (demora mais 1s dos 0-100km/h mesmo que pese mais 134kg).

No entanto, este não é um dos motores mais refinados que encontramos dentro do seu segmento, já que é um pouco ruidoso, deixando-se ouvir dentro do habitáculo, principalmente a frio.

No final, a Opel pede-nos em troca deste Insignia Ultimate, o mais equipado, 41.485€, um valor que pode ser justificado pelo conforto e equipamento a bordo, num verdadeiro automóvel de segmento D. O seu comportamento e conforto são dos pontos mais fortes, com um motor diesel que serve para as encomendas, desde que o objetivo principal sejam os consumos reduzidos. Se for preciso mais performance, o modelo conta ainda com um outro bloco a gasóleo “dois litros” com 174cv, ou então uma opção a gasolina com 230cv e tração integral.

É tudo uma questão de escolha…

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!