Home Ensaios Opel Astra 1.4 Turbo… com transmissão CVT: fora do normal, ou só peculiar?

Opel Astra 1.4 Turbo… com transmissão CVT: fora do normal, ou só peculiar?

Opel Astra 1.4 Turbo… com transmissão CVT: fora do normal, ou só peculiar?
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“Pedido especial”

 

Ora bem, já conheces o Opel Astra equipado com os motores diesel e gasolina; no final, decidiste que gostas mais de motores a gasolina, mas para ti trocar de mudanças é algo do “século passado”. A solução? Este Astra que te trago aqui.

Pois bem, este Opel Astra é quase como um “pedido especial”. Estão a ver aquelas pessoas que vão às cadeias de fast-food e pedem os hambúrgueres sem o pickle?

Aqui é quase um caso desses, porém, um pouco mais complexo. Isto porque a marca alemã não se cingiu a colocar a transmissão automática de 9 velocidades que usa na variante diesel de 112cv, não. Isso seria muito simples. Então o que fez? Usa um propulsor diferente, o 1.4 Turbo de 145cv, e a mesma arquitetura de três cilindros do 1.2 Turbo. A transmissão, por sua vez, é uma CVT.

Já torceram o nariz e estão a ir-se embora?
Calma, fiquem comigo.

Eu sei o que estão a pensar: “então a versão mais potente do Astra só está disponível com transmissão igual àquela dedicada aos híbridos das marcas japonesas?” Sim. Eu compreendo-vos, mas chegaram ao cerne da questão: esta transmissão está aqui porque a preocupação não é a dinâmica, mas sim os consumos…



Desenvolvida pela Opel, como escolha exclusiva para este motor, a transmissão CVT é, segundo a marca, a melhor escolha para oferecer um superior conforto de condução aliado a uma maior eficiência.

A parte boa é que esta CVT até disfarça muito bem em andamento normal, simulando sete relações virtuais. Contudo, quando o pedal “vai ao fundo”, o som típico destas transmissões aparece. Mas em condução normal, acaba por ser uma solução suave e muito apreciada em cidade (e no trânsito), onde não há uma troca constante de relações. Para além disso, a baixa rotação quando circulamos a velocidade constante ajuda a minorar as vibrações, ruído… e consumos, pois claro!

De qualquer maneira, se não se importarem com o ruído típico de CVT e testarem o arranque, saibam que demora 9,0s a cumprir os 0 aos 100, enquanto a velocidade máxima é de 209 km/h, o que nem é mau de todo. Verdade?

Mas voltando para coisas mais práticas, este motor revelou-se capaz em todas as provas que lhe coloquei, até mesmo na mais difícil, a dos consumos. Digo mais difícil porque este ensaio calhou num fim de semana de confinamento, o que quer dizer que a saída de cidade foi pouca, o que evitou com que as típicas viagens em autoestrada que faço acontecessem. Ainda assim, com esse constrangimento, o Opel Astra equipado com o motor 1.4 Turbo de 145cv conseguiu uma média de 6,8l/100km, o que não é um mau valor nestas circunstâncias.



Bem equipado nesta versão Ultimate, o Opel Astra, para quem quer um motor a gasolina e não se importar com “trocas de caixa”, custa a partir de 33.350€. Já este, com os opcionais que contava, vê o seu preço subir para os 36.150€.

Uma coisa é certa, não anda mal ao mesmo tem que é ágil e dinâmico q.b. Para além disso cumpre com o equipamento oferecido de série, enquanto é espaçoso e até que não assusta nos consumos. Portanto se gostas, avança.

Mas se queres o meu conselho e gostas do Astra, coloca tu as mudanças e opta pelo 1.2 Turbo de 130cv.

O que é o mesmo que dizer: “Pede o hambúrguer e tira tu o Pickle!”

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!