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Ensaio by motorO2 – Toyota Prius Plug-In

Ensaio by motorO2 – Toyota Prius Plug-In
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“OPIONEIRO”
Nem sempre se mostra fácil ser o primeiro, ouneste caso o pioneiro.
O caminho nem sempre é fácil, deparamo-nos com diversoscontratempos no início de um percurso até ao momento por explorar.
A missão deste carro ensaiado pelo MotorO2foi essa mesma, a de ser o pioneiro, a de enfrentar o desconhecido. Falamosclaro do Toyota Prius.
Este modelo da Toyota é um símbolo deinovação, como tal o Prius merece a admiração de todos e o seu respeito. Porisso desde já lhe pedimos para esquecer por momentos todos os pensamentos menosbons acerca deste modelo! 
E vamos mostrar-lhe porquê!
Vou então fazer uma introdução a este marco automóvel:

O primeiro Prius foi apresentado no salãoautomóvel de Tóquio em 1995 em forma de concept.A sua história como modelo de produção remonta ao ano de 1997 (ano 2000 naEuropa) nessa altura o Prius era esteticamente bastante diferente do que éactualmente, era um tricorpo, mas já funcionava como é claro com os doismotores, na altura um 1.5 de combustão mais um eléctrico com 33kW. Em 97’ oPrius já apresentava características idênticas ás dosdias de hoje: a energia que era proveniente das travagens seria”gasta” em forma de calor era já aproveitada para alimentar o seupequeno motor eléctrico que o ajudava na sua locomoção.

            Asegunda geração lançada em 2003 já é bastante mais semelhante à actual, o seuaspecto é inconfundível, tornou-se quase além da ecologia, a sua imagem demarca. Ficou mais amigo do ambiente, a sua aerodinâmica melhorou conseguindo umcoeficiente aerodinâmico de 0.26 (o que para quem não sabe é muito bom),baixando o consumo, a bateria eléctrica torna-se mais potente (50kW).

            Aterceira geração chegou em 2009 e as diferenças notam-se não tanto no seuaspecto exterior mas sim na parte técnica. O motor deixou de ser um 1.5 paraser um 1.8, a potência gerada pelo motor de combustão é de 98cv e com a adiçãodo motor eléctrico esse valor sobe para os 134cv (antes eram 110cv) devido aomaior binário do motor 1.8, o Prius consegue obter uma rotação mais baixa, baixandoassim os seus consumos. Outro aspecto importante, e de vanguarda, é que o Priusfoi o primeiro carro de produção em série a não necessitar de correias, devidoà bomba de água eléctrica.
            Atéagora viram bem como este carro evoluiu?
            Vamos láfalar então do que foi ensaiado, e claro, vêm mais novidades.            O ToyotaPrius ensaiado tinha uma grande diferença, porque se chamava:Plug-In.

O Plug-In é mais “gordo” já que pesa mais 55kgque a versão normal.
A tecnologia Plug-In acrescenta à função híbrida(combustível+eléctrico), uma potente bateria de iões lítio que nos dá autonomiapara uns 25km totalmente verdes!
            Sim!Finalmente agora podemos responder aquelas pessoas que perguntam: Se um Prius éeléctrico onde está o cabo de alimentação?
            Pararespondermos, basta abrirmos o porta-bagagens para o encontrarmos, numa ponta, umaficha de corrente normal (que se liga numa fonte de alimentação doméstica) e naoutra uma “pistola” azul que encaixa perfeitamente no 2ºbocal de”electricidade” que está no lado direito da carroçaria do PriusPlug-In.

Depois é só ligar à corrente e aguardar 90 minutos…
            Agora jáestão a dizer, então mas para isso compravam um carro totalmente eléctrico,porque 25km não dá para nada, e esperar uma hora e meia…
            Mas é aíque se enganam, muitos dos trajectos casa-trabalho não chegam aos 25km e porisso é totalmente viável, e no trabalho estamos mais de hora e meia (pelo omenos eu estou). Então torna-se possível fazer esse trajecto sem visitar mais oposto de combústivel de sempre.

           Avantagem do Plug-in é que não é apenas eléctrico como alguns dos seus”concorrentes”. Assim, não necessitamos de ter o número do reboquesempre à mão, porque quando os electrões da bateria acabam, o Prius não pára jáque o seu motor de combustão começa a funcionar e pode continuar a sua viagemdescansado, torna-se num híbrido normal (sim, ele têm duas baterias, uma para osistema normal híbrido e outra para o modo totalmente eléctrico) com o mesmo comportamentoe o mesmo consumo.            
A potênciaem modo eléctrico é de 67cv e consegue uma velocidade máxima de aproximadamente90km/h (se passar, ele liga o de combustão e lá vamos nós), mas como é normalneste tipo de carros, não interessa, porque se formos brutos, a autonomiadesce, conduzir um Prius torna-se num grande exercicio mental em que queremosfazer mais e melhor, queremos gastar menos, fazer crescer arvores, sim um dos”jogos” que o Prius nos proporciona no seu ecrã central é que aopouparmos vamos fazendo crescer arvores (a cada 10kg a menos de cO2 enviadospara a atmosfera, plantamos uma arvore), ver se a condução está a ser ecológicaou não e até ver os quilómetros e médias de consumos dos meses anteriores emforma de gráfico de barras…uma autêntica consola de jogos!
            Conduziro Prius vai buscar o lado verde de cada um de nós, faz-nos conduzir calmamentee sem desperdiçar nada.

            O seuaspeto exterior é muito “sui generis” com a sua silheta triangular emque o pára-brisas sobe de forma suave e sem parar torna a descer até à traseiraque termina num aileron que está por sua vez ligado aos farolins traseirostranslucidos, esta geração pode-se dizer que está mais expressiva, com um vincolateral bem forte nas portas e na cava das rodas, agora a superficie vidrada émenor, tornando a linha de cintura do Prius mais alta.

            Olhandoo Prius de nota-se a preocupação com a aerodinâmica, sendo a grelha superioronde se “encaixa” o simbolo da Toyota em azul (como é tipo noshíbridos da marca Japonesa) A sensação, quando visto de frente é de o Prius serdemasiado estreito em relação ao seu comprimento.
            As diferençasexteriores deste Plug-in para os Prius “normais” são poucas e temosde ter “olho de lince”, primeiro notamos logo no seu segundo bocal decombústivel (ou electricidade, depende do lado para que está virado), e nosapontamentos prateados na frente (cromado na parte superior da grelhatrapesoidal) e na traseira (sobre a matricula) e nos manipulos das portas e nosseus faróis de tom azulado.

            Entramosno Prius, e o seu aspecto futurista continua para o interior, tudo é diferente doque exprimentámos e a sensação de espaço é enorme.            Issofica logo evidente na consola central “flutuante”, que quase fazlembrar uma cascata, ou um cockpit, o que se nota logo também é nos espaços dearrumação, ou não fosse este carro também pensado para a América, só espaçospara esconder coisas, como no apoio de braço central ou no duplo porta-luvas.

            Ovolante é meio oval, e tem um exclusivo, já que os comandos da tempratura estãopresentes também no volante, tudo para ser o mais “user frendly” possível.Os plásticos são duros e têm um aspecto texturado diferente do normal. Mas asua montagem é irrepreensivel, com tudo a encaixar da melhor forma. Para osecologistas, outro ponto a favor: o plástico usado no tablier é de origensvegetais e é 100% reciclável.

            O espaçonos bancos quer frontais quer traseiros são bons, no banco traseiro, opassageiro pode viajar sem problema por não existir o tunel central, na malatemos uma boa capacidade: 433 litros de capacidade, podemos rebater os bancossem qualquer problema, já que a bateria está debaixo do piso da mala, isso criaum compartimento de carga totalmente com 1120 litros de capacidade.            Debaixodo piso temos ainda um compartimento para guardar os cabos de carregamento.
            É alturade ir, carregamos o botão azul Start e o Prius arranca em eléctrico como énormal, na consola temos três botões principais:

HV/EV : Este botão permite escolher se queremos o modohíbrido “normal” que já conhecemos do Auris e do Prius normal (HV) ouentre o modo totalmente eléctrico (EV).

EV City: Este modo faz com que o motor térmico demore mais a entrar em cena,permitindo que circulemos mais em modo puramente eléctrico.O modo ECO: Optando por este modo a resposta doacelerador reduz ligeiramente, para evitar “impetos” que arruinem o nossoconsumo.

            Acondução do Prius, é apenas e só relaxada, é um carro muito confortável,principalmente nesta versão Plug-in que utiliza umas (pequenas) jantes de 16’que por sua vez amortecem bastante bem os buracos e lombas, nas curvas é que ahistória já é outra, o Prius acaba por adornar um pouco a carroçaria devido àsuspensão macia e dando ainda mais essa sensação devido à falta de comunicaçãoentre direcção e condutor, problema algo recorrente nos Prius.
            Mas como estamos tão fixados nosconsumos esquecemos isso, e só aptece devorar quilómetros. A diversão aqui éconseguir o melhor consumo e chegar mais longe e não mais rápido.
            Ovelocímetro tem demasiada informação, torna-se algo confuso, mas o Prius temoutro truque na manga, o HUD (Head Up Display) que projecta a velocidade a quevamos no vidro, fazendo com que os olhos não saiam da estrada.

            Naaltura de estacionar há um ponto contra, num carro tão futurista como o Prius,o uso do travão de estacionamento de pé é algo que devia mudar na próximageração por um travão eléctrico, mais na “onda” deste revolucionário.
            Vamos àparte que interessa, a Toyota revela um consumo de 2,1l/100km, nos dias queensaiei o Prius, todos os dias aprendemos truques, como poupar e como gerirmelhor o modo HV/EV, com cuidado e com todo o tipo de percurso a média deensaio, em condução poupada foi de 2,9l/100km!

            Nóschegamos a um ponto em que 3 litros são muito, é estas emoções que o Priusprovoca. Claro que em condução normal esse número poderá aumentar para os4l/100km mas não muito mais que isso.
Conclusão…            Voltandoao que já foi dito, o este modelo Toyota é merecedor de respeito, é o híbridomais vendido em todo o mundo (mais de 3 milhões de unidades vendidas), abriucaminho para o desconhecido, explorou tecnológias novas. Quem sabe mesmo se nãorevolucionou toda a indústria, eu acredito que sim.            Será quehoje conheceríamos os novos superdesportivos (Porsche 918 Spyder, LaFerrari e McLarenP1)?            Já quetodos eles têm uma coisa em comum com o Prius, usam uma ou mais bateriaseléctricas, provavelmente sim, mas não tão cedo.
            Descendoà terra, a diferença de preço do Plug-In face ao modelo normal é muito grande(a evolução têm um custo maior ao início), e dificilmente se consegue deitar abaixo essa diferença de preço só com apoupança de combústivel de 25km em 25km, mas para quem já é cliente doPrius  este é sem dúvida um veículo a terem conta.            Ou sefor alguém para quem a ecologia e eficiencia for o mais importante, já  que o preço de cerca de 40 mil euros o atirampara longe de certas carteiras. Sem dúvida tiro o chapéu ao sistema HSDPlug-In, só esperar que o preço baixe um pouco e têm rodas para andar!            Aviso: Se optarpelo Prius vai perder uma coisa ao longo do tempo: pontos no cartão da suagasolineira de eleição!

Pontos Fortes:            -Conforto de Rolamento/Silêncio
            -Baixo Consumo
            -Sensação de Espaço
            -Qualidade do Sistema HSD

Pontos menos Fortes:
            -Travão de estacionamento de pé
            -Falta de sensor de luz echuva
            -Falta de sensibilidade nadirecção prejudica experiencia de condução
            -PreçoModelo: PriusPlug-InMotor:1798cm3;99cv (motor gasolina) + 37cv (motor eléctrico) 136 cv (potência combinada);142nm/4000rpm; Motor 100% Eléctrico: 67cv Transmissão: Variável ContínuaControlada Electronicamente; Consumo oficial: 2,1l/100; Consumo medido ECO:2,9l/100km; Consumo medido: 3,5l/100km
Dimensões ecapacidades: Comprimento: 4,480; Altura:1,490; Largura:1,745; Capacidade da mala: 443l; Capacidade doDepósito: 45l
Equipamentode Série: Jantes de Liga Leve 15′; Faróis de Nevoeiros; Luzes Diurnas  Volante Multifunções em Pele; Ar CondicionadoAutomático; Ecrã Multifunções; , Sistema mãos-livres Bluetooth, Rádio Leitor deCD/MP3; Ficha de Ligação USB/iPod; Cruise Control Adaptativo; Start and Stop;Keyless Entry;
EquipamentoOpcional presente na viatura ensaiada: Toyota Touch & Go (Sistema deNavegação): 720€; Pintura metalizada (Azul Energy): 410€

Preço: 39.130€ Texto e Fotos: RodrigoHernandez

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!