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Ensaio by motorO2 – Peugeot 2008 Active 1.6 e-HDi 115

Ensaio by motorO2 – Peugeot 2008 Active 1.6 e-HDi 115
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“Para Gregos e Troianos”


O Peugeot 208 lançado em 2012 está a ser um sucesso comercial como podemos ver nas nossas estradas (mesmo mergulhados na crise em que estamos), mas não é só cá que o 208 é um êxito, já que em apenas um ano vendeu mais de 300 mil unidades!
Mas agora, ao contrário do queaconteceu no 206 e 207, o 208 não contará com a variante SW.

Porquê? Porque a Peugeot decidiu criar um automóvel que cumpre duas funções, a de carrinha e a de SUV.

Isto porque muitos dos clientes das carrinhas do segmento B viraram-se para estes pequenos “jipes” urbanos.

O carroque falamos é o Peugeot 2008, um SUV urbano, totalmente preparado paraenfrentar a cidade e ao mesmo tempo para subir todos e quaisquer passeios quese metam no seu caminho!           O aspectoé como deve ser num carro deste género, robusto com uma altura ao solo maisgenerosa e rodeado de plásticos pretos.

Destaque para a frente mais alta que deixa de nos remeter para o 208, afastando-se umpouco,  mostrando que não é apenas mais uma variantedo modelo mais “baixinho”. Osfaróis são mais rasgados, a grelha mais pequena com uma entrada de ar inferiorde maiores dimensões.

O 2008 também é maior que o 208 – 20cm em comprimento e 25cm em largura. A lateral tem um ar ainda mais extravagante. Os vidros laterais são rematados naparte superior por um friso cromado, há quem seja apreciador e quem dispensasse.Mas é daqueles casos: ao início estranha-se, depois entranha-se. A superfície vidradaé bastante ampla o que proporciona uma visibilidade e luminosidade excelentes.Na lateral temos ainda os vincos pronunciados na carroçaria e o plástico negroa envolver a parte inferior. (Na versão allure, superior à ensaiada, osplásticos pretos têm também acabamentos cromados).

A traseira está bem conseguida e dá provavelmente um maior ar de robustez ao2008, devido ao pequeno óculo traseiro (que não prejudica a visibilidade), aoaspecto “inchado”, mas sobretudo aos seus faróis com um efeito emtrês dimensões e que possui também o efeito boomerang do irmão (primo) 208,aqui mais evidenciado.

No interior do 2008 a sensação de espaço é imediata, sentimos um desafogocompleto, muito devido à enorme superfície vidrada, que já tinha falado anteriormente, aqui ao contrário do exterior as semelhanças com o 208 sãomuitas, começando desde logo pelo tablier que é praticamente igual, possuí omesmo volante pequeno, o mesmo ecrã táctil, a mesma disposição dos comandos, o mesmo velocímetro…
O tablier tem um padrão texturado a fazerlembrar carbono, que juntamente com os frisos em “alumínio” e castanhoescuro em redor dos instrumentos e nas pegas das portas dá um ar mais agradávele cuidado ao seu interior.

A vida abordo é muito facilitada pelos espaços de arrumação, principalmente na suaconsola.

 

Um pormenor que salta à vista no interior é o travão de mão que faz lembrar a “manche” de um avião.

Os bancos estão mais focados para o conforto, têm um bom apoio a nível lombar eexibem um padrão jovial, mas sem perder a postura e sem arriscar perder clientes.

É nestes pormenores que o 2008 ganha aos seus concorrentes mais directos,consegue agradar a gregos e troianos, não apenas por quem quer uma carrinha ouum “jipe”, mas também por agradar a todas as idades.
Os passageiros nos lugares de trás viajam sem problemas, o espaço para a cabeça éuma mais valia devido à enorme altura, a ampla superfície vidrada (mais umavez) torna a viagem bem mais interessante, o espaço para as pernas está tambémnum bom nível. Apenas no lugar central o túnel é algo intrusivo, tal como aconsola central.
O espaçode carga é de 360 litros (por exemplo mais 109l que o Nissan Juke o rei dospequenos SUV) de fácil acesso e rebatendo os bancos, o que se faz num só gesto,esse valor aumenta para os 1192 litros! Aqui apenas a chapeleira deveria ter umfuncionamento mais simples.

A unidade que ensaiámos tinhao nível de equipamento Active (o do meio) e estava disponível com o excelente motor 1.6 e-Hdi com 115cv de potência, aliado com uma caixa de 6 velocidadesbem escalonada e de funcionamento simples e suave com as duas últimas relaçõesmais longas para melhorar o consumo de combustível, fruto também do excelentesistema start/stop, consumo medido de 5,1L/100km
O comportamento é neutro, nota-se claro um maior rolamento da carroçaria devido àsua maior altura, maior peso e também da suspensão ter uma afinação virada parao conforto que absorve bem as irregularidades da “selva” urbanafazendo do 2008 um carro bastante confortável.               Adirecção é leve e precisa, não tanto como no 208 também devido ás suas maioresdimensões, o que não impede que as manobras urbanas sejam muito fáceis graças ao pequenovolante que equipa esta nova geração de leões, sentimos que dominamos a cidadedevido à posição de condução elevada.
Mas mesmoem andamento mais rápido o 2008 não falha, mostra-se sempre seguro e eficaz dentrodas suas capacidades naturais, claro.
Agoravamos à parte que será sem dúvida a menos usada, mas é importante porque étambém umas razões para optar por um 2008: o seu comportamento fora de estrada.               A versãoque ensaiámos não estava disponível com o excelente sistema Grip Control quetransforma o crossover urbano num”jipe” ajudando a ultrapassar obstáculos e terrenos mais complicados,continua de qualquer maneira a ser um veículo de tracção frontal, usa simdiferentes afinações do controlo de estabilidade.            O Grip Control tem disponíveis3 modos fora de estrada: Neve, Lama, Areia
Estesistema que é opcional consoante as versões e motorizações vem acompanhado comos pneus “Mud” and Snow” para uma maior aderência.

Mas mesmo assim para tirar umas fotos mais fora do centro urbano levámos o 2008para uns trilhos de terra e para a relva. E portou-se bem, devido à maioraltura ao solo, mas claro sem este sistema e com pneus “normais” nãoconvém ariscar.
Quanto a equipamento, esta versão Active já está bem recheada e tem tudo o que énecessário, conta de série com elementos como o muito útil cruise-control adaptativo e com limitador, faróis de nevoeiro,volante em pele e o sensor de luz e chuva e espelho electrocromático e TouchScreen 7′ com tomada USB e Bluetooth.


Conclusão:
            EstePeugeot 2008 encaixa perfeitamente no cliente nacional. Já que tem uma largaoferta de motores (2 gasolina e 3 diesel), interior agradável e bem desenhado,espaço suficiente quer para os passageiros, quer para as bagagens. E tem aqueleaquele aspecto off-road que tanto “estána moda”, aspecto esse que como foi dito é agradável, não exagera, nãoarrisca e torna a carreira comercial do 2008 mais fácil. Mas aqui é subjectivo,gostos não se discutem…
Pontos fortes:

  • Conforto;
  • Equipamento;
  • Consumo/Prestações.

Pontos menos fortes:

  •     Rolamentode carroçaria;
  •     Assentocentral traseiro;
  •     Chapeleira.

 

 

 
Modelo: Peugeot 2008 Active 1.6 e-HDi 115 CMV6Motor: 1560cm3; 115cv/3600rpm; 270-285nm/1750rpm; Transmissãomanual de 6 velocidades; Consumo misto anunciado: 4,0l/100km; Consumo medido:5,1l/100km; Emissões:105g/km CO2Dimensões e Capacidades: Comprimento: 4,159; Altura: 1,570; Largura:1,739; Capacidade da mala:360l; Capacidade do Depósito: 50lEquipamento de Série: Jantes Liga-Leve 16′; ESP; Faróis deNevoieiro; Luzes Diúrnas LED; Volante Multifunções em Pele; Ar Condicionado;Ecrã Multifunções; Sistema multimédia Touch Screen de 7′; Sistema de somArkamys; Sistema Bluetooth; Tomada Jack; 2 fichas USB; Limpa para-brisas comsensor de Chuva; Faróis com sensor de luz; Cruise control com limitador.

Equipamento opcional presente na versãotestada: PinturaNacarada (530€); Sistema de ajuda ao estacionamento traseiro (120€); Vidrosdianteiros e traseiros com comando eléctrico sequenciais e anti-entalamento +retrovisores rebativeis electricamente (200€); Ar Condicionado Automáticobi-zona (250€); Leitor de CD no porta-luvas + Peugeot Connect Box (270€)
Preço versão base: 22.511€  Promo:22.011€Preço versão ensaiada (com opções): 23.881€   Promo:23.381€

Texto e fotos: Rodrigo Hernandez

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!