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Renault Clio RS Gordini

Renault Clio RS Gordini
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“O meu primeiro ensaio”

Agora, que o Clio III se despede do nosso mercado para dar lugar ao novo Clio, desta vez o IV. Testámos como de que um tributo se tratasse, o Clio III RS Gordini.

Foi-me concedida a oportunidade de ensaiar de uma forma “normal” (leia-se utilização de dia-a-dia) o Renault Clio RS Gordini, isto diga-se é muito diferente de uma ou duas voltas de um qualquer autódromo, ou de um simples test-drive, aqui experimentamos todas as sensações de como se porta na vida real, nas questões práticas, e aí se chega á conclusão se o carro é mesmo bom ou não tão bom como esperávamos.

Vamos então analisar o carro, um motor com uma cilindrada 1998cc aspirado, que nos debita 203cv e nos faz sentir as emoções de pista, na estrada, mas sempre com muita segurança, nunca por nunca nos faz sentir ameaçados, mesmo nos casos mais práticos como por exemplo, nas vias de aceleração das demais Auto-Estradas, ou em situações de ultrapassagem mais apertadas, sempre respondendo prontamente e eficazmente, fazendo-nos esboçar sempre um grande sorriso na cara tanto do condutor como da de quem vai connosco.

O seu comportamento, muito previsível e fácil de controlar (embora seja preciso respeito) muito graças ao chassis cup, montado de série na versão Gordini e também graças aos excelentes pneus 215/45 R17 da Continental que são travados pelos também excelentes e infatigáveis brembo (com pinças vermelhas de

muito bom gosto).O aspecto venceu por unanimidade, não encontrei ninguém que não gostasse ou dissesse coisas como: “É lindo!!”, “ein, as faixas têm um G” ou o também ouvido “adoro, dás-me um?” Acho que dá para perceber que gostaram, para além de que quando entramos no gordini termos de nos habituar as distancias, porque a velocidade escala muito mais rápido, temos de nos mentalizar que as cabeças dos transeuntes viram sempre em direcção ao carro e que nos olham com muita curiosidade.


Vida a bordo, os detalhes são interessantes e sempre bem-vindos, mas nesta versão, as ligações vintage com o passado perduraram, unindo-se com a tecnologia mais avançada, o cruise-control, muito útil para os consumos e para nos fazer meter nos limites legais nas Auto-Estradas. Os bancos tem um excelente apoio, naquelas rotundas feitas de forma diga-se, mais “vigorosas”, aqui peca só por não ter algum apoio para os passageiros de trás, como as pegas do tejadilho.

Prós e Contras, os pontos positivos, obviamente o seu motor com o seu “rugido” bem grave e sempre disponível para mostrar as garras, outro ponto a favor para o seu aspecto tanto interior, como exterior, com os pormenores deliciosos, acabando nos excelentes travões, que em travagens mais fortes nos fazem sentir os olhos a sair do rosto.

Os pontos negativos ou digamos, menos conseguidos, alguns não poderão ser negativos visto que num carro deste tipo desportivo tem de se esperar certos “handicaps” essa é a palavra certa, o conforto, não só nas estradas mais irregulares, mas por se sentir um pouco o saltitar (mas isto faz parte do jogo..), podemos sempre ver a parte positiva de ver as cabeças dos nossos passageiros a nunca pararem quietas, muito por culpa de outro “handicap”, a já falada falta de apoio para os passageiros traseiros, facilmente corrigida com a inserção de uma pega de tejadilho. E o último ponto, os consumos, estes também fazem parte do jogo, mas mesmo assim, com estrada de montanha, auto-estrada, muita mas mesmo muita cidade, e condução desafogada, o consumo cifrou-se em 10.3l/100km, que com algum cuidado e sem nos deixarmos cair em tentação, conseguimos 8,5l/100.Agora, que venha o Clio IV RS!!

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!