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Mitsubshi Space Star Cross – Procurar as oportunidades

Mitsubshi Space Star Cross – Procurar as oportunidades
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“Aventuras na cidade”

 

Este é o Mitsubishi Space Star Cross, e para o avaliar é preciso mudar o “chip” e entender que esta é uma proposta citadina, que pretende ser o que um cliente procura para ir de “A a B”.

O que precisamos?

Esteticamente o Space Star foi renovado recentemente, tendo recebido uma dianteira mais em linha com as restantes propostas da marca japonesa, mas que na verdade é já um projeto com alguns anos de mercado. Isso já é visível em alguns detalhes, mesmo sem entrar no seu interior. Esta versão Cross destaca-se por elementos em negro, seja no portão da bagageira ou nos autocolantes que imitam proteção de plástico na cava das rodas, assim como topo da grelha dianteira. As jantes de 14’’ polegadas e o spoiler generoso montado atrás querem conferir uma imagem mais dinâmica a desportiva a este citadino.



Passando para o interior, é onde se sente mais o tal peso dos anos deste Space Star. Embora os materiais sejam obviamente mais rijos, a montagem globalmente está num bom nível, ainda que veja alguns parafusos expostos e um ou outro cabo que devia estar escondido debaixo dos bancos. Por outro lado, temos um interior espaçoso para um automóvel deste segmento, com lugar para cinco passageiros, com cinco portas e vidros que também abrem atrás. Algo que só este Space Star, e mais alguns modelos, é que fazem. A bagageira é de 209L, um bom valor face aos seus rivais.

Para além do seu espaço, que é uma vantagem deste modelo, o Space Star prima também pela elevada dotação de equipamento, o que ainda é mais evidente nesta versão Cross. Portanto, temos ar condicionado automático, quatro vidros elétricos, acesso e arranque mãos livres, acendimento automático das luzes, cruise-control e entradas USB e Aux. Tudo o que é mais necessário para que as travessias em cidade custem menos.

 

Condução

A gama do Mitsubishi Space Star é muito simples, com a gama de motores a estar restringida a apenas este propulsor 1.2L MIVEC com arquitetura tricilíndrica e 71cv de potência. Portanto, procurar prestações elevadas nesta proposta é como pedir a um halterofilista que faça nota 10 na ginástica acrobática. Para terem noção, são 14,0s dos 0 aos 100km/h.

Este motor tem antes o propósito de conseguir oferecer um baixo consumo, o que efetivamente consegue, à custa de uma transmissão manual com escalonamento longo, que lhe permite valores pouco acima dos 5l/100km, mesmo com muita cidade.



Quando o caminho se torna mais sinuoso (e rápido), nota-se que o Space Star fica “fora de água”, com uma direção que não é muito comunicativa a velocidades mais elevadas, bem como uma suspensão que, para ser confortável nos maus pisos, revela aqui um adornar mais excessivo do que poderíamos esperar, mesmo para um citadino.

Mas lá está, usando-o na cidade, não tem reparos. Também não iam usar uma L200 como citadino, pois não? É quase a mesma coisa.

 

Conclusão

Deveria comprar um Mitsubishi Space Star?

Se o objetivo é puramente ter um citadino, poupado, equipado com o mais essencial de série e com um bom espaço a bordo, o Space Star pode estar incluído na lista. Contudo, se é um condutor que procura alguma diversão quando chegam as curvas, existem outras propostas talvez mais interessantes. Ainda assim, o seu preço de 12.850€ faz pensar para quem procura um novo meio de transporte para o seu dia-a-dia.

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!