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Mitsubishi ASX 1.6 DI-D Instyle

Mitsubishi ASX 1.6 DI-D Instyle
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“O Resistente”

O mercado automóvel, e a indústria em geral, contam com uma grande rotatividade. É normal que hoje um modelo tenha uma vida útil de seis anos, com um (ou mesmo dois) restyling. O caso que aqui trazemos hoje é de resistência, e trata-se do mais pequeno SUV da Mitsubishi.

Estávamos em 2011 quando a marca japonesa apresentou o ASX, um modelo global de pequenas dimensões e de aspeto simpático, que a colocou num mercado em crescimento, lutando com referências como o “conterrâneo” Nissan Qashqai. Mas, hoje, como está ele?

Ora bem, o Qashqai dessa altura já há muito se despediu, chegou uma nova geração e até essa recebeu uma grande “lavagem à cara”. E o ASX?

O ASX basicamente continua muito parecido com o que era na altura do seu lançamento. Sofreu uns pequenos “nip and tucks” e seguiu a sua vida, e viu o seu motor diesel 1.8 D-ID ser alterado por este 1.6 D-ID de origem PSA, que lhe deu umas melhores prestações.

A questão é: isso é mau?

Ora bem, há coisas que o Mitsubishi ASX consegue oferecer. Primeiro, a estética. Este pequeno SUV não é deselegante, muito graças às suas proporções compactas e aspeto musculado, a nova frente do restyling segue a imagem da marca, e o conjunto entre os cromados e os plásticos dão-lhe até uma certa “graça” e jovialidade. Já o interior, não consegue esconder o exterior bem-nascido…

Basicamente, nota-se a idade, muito diferente do que hoje se faz no resto da indústria. Os plásticos são rijos mas, ainda assim, não são desagradáveis aos olhos.

Tudo está colocado de forma ergonómica, isto se esquecermos o botão “reset” que controla o completo computador de bordo a cores e que está à esquerda do painel de instrumentos. Por outro lado, o interior acaba por ser espaçoso, com uma boa posição de condução e sobretudo muito bem-dotado no que toca ao equipamento, não faltando praticamente nada no que toca ao conforto: cruise-control, faróis Xenon, sistema de abertura e arranque mãos-livres, teto panorâmico, estofos em pele e alcântara, entre outros. Talvez a idade aqui só se ressinta nos equipamentos de segurança ativa, onde se nota a falta dos assistentes de ângulo morto, trânsito cruzado e leitura de sinais…

Continuando, e a condução?

Ora bem, é um sentimento “agridoce”, e mais uma vez a culpada pode mesmo voltar a ser a idade, essa malvada…!

A posição de condução, como dissemos acima, é boa. A isso, junta-se uma caixa manual de seis velocidades muito mecânica, “certinha” e bem escalonada, que “casa” muito bem com o diesel de 114cv, que não nos deixa a pedir mais potência. Mas, infelizmente, a direção não é das mais comunicativas e rápidas, o que em conjunto com uma suspensão de acerto mais brando, acabam por ‘manchar’ o dinamismo do modelo.

Se é um apressado, isso pode ser negativo.

Porém, se é um condutor normal, como 99% dos clientes de um ASX serão, saiba que não tem que se preocupar, já que este Mitsubishi acaba por ser um bom companheiro de viagem, e ainda consegue ser ágil em cidade graças às suas dimensões e boa visibilidade. Os consumos são comedidos, ficando sem muitas dificuldades abaixo dos 6 litros por cada cem quilómetros percorridos.

Mais boas notícias? O preço, que acaba por ser justo, já que por 27.500€ pode levar uma unidade igual a esta, cheia de equipamento e já com esta pintura vermelha, que tão bem lhe fica. Se é um cliente que não se importa com o que de mais recente há no mercado, o Mitsubishi ASX irá encher-lhe as medidas, mas se gosta de “modernices”, é melhor ver outro modelo da marca, como o Eclipse Cross, esqueça é o diesel…


Mitsubishi ASX MY18 Instyle 1.6 DI-D 

Especificações:
Potência– 114cv às 3600rpm
Binário – 270Nm às 1750rpm
Aceleração do  0-100 (oficial): 11,2s
Velocidade Máxima (oficial): 182km/h
Consumo anunciado – 4,6l/100km
Consumo medido – 6,1l/100km

Preços*:
Gama Mitsubishi ASX desde:22.650 €
Unidade testada: 27.500€

*Preços incluem campanha Mitsubishi no valor de 3.750€


Carrega nas fotos para veres melhor este Mitsubishi ASX:

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!