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Mais acessível: Honda Jazz e:HEV ‘Black Edition’ à prova

Mais acessível: Honda Jazz e:HEV ‘Black Edition’ à prova
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“Edição extra”

O Honda Jazz continua a ser uma das propostas utilitárias que mais gosta de cidade. O modelo conta agora com uma nova linha de equipamento que permite um preço mais baixo, sem perder equipamentos essenciais. 

Black Edition é o nome da versão que a Honda introduziu no mercado nacional, na esperança de tornar o Jazz mais atrativo, modelo que no capítulo do espaço a bordo, conforto e consumos nada tem a temer face aos adversários. O mesmo não se pode dizer sobre o seu preço que não agradava a todos, ficando, em alguns casos, acima de propostas de segmento superior.

Assim, com um preço chave na mão com tudo incluído de 29.500€, o Jazz Black Edition quer garantir umas vendas extra para o modelo nipónico. 

No exterior, este modelo conta agora com jantes específicas de 15’’ polegadas em preto, bem como as capas dos espelhos e tejadilho também nessa mesma cor, exibindo contraste com o restante da carroçaria, daí o nome Black Edition que está presente no portão da bagageira. Curiosamente, as versões mais escuras do Jazz contam com esses apontamentos em cinza. 



Passando para o interior, encontramos um habitáculo bastante espaçoso tanto à frente como atrás. A visibilidade aumenta a segurança, mas igualmente essa sensação desafogada, já que a bagageira não é muito grande, com apenas 304l de capacidade. 

Os comandos estão dispostos de forma lógica, aumentando a ergonomia e facilidade de utilização. 

Já os materiais não são os mais nobres, prova disso é que não encontrarmos quaisquer plásticos moles no habitáculo, embora o Honda Jazz se mostre bem montado, o que irá continuar em linha com o “pedigree” típico dos Jazz, ou seja, durar bastantes anos e quilómetros. 

Os bancos são confortáveis e apresentam aquecimento. Como disse acima, o Black Edition conta com um preço mais apetecível, sem perder muito equipamento. Ou seja, continuamos a contar com volante em pele, travão de mão elétrico com auto-hold, apoio de braço, ar condicionado automático, faróis LED, Honda Connect com Android Auto e Apple CarPlay e sensores de ajuda ao estacionamento, tanto à frente, como atrás. Apenas a câmara de estacionamento está de fora, algo que notámos, mas que graças à visibilidade ampla consegue ser colmatado. 

Em condução, o Honda Jazz Black Edition não sofreu quaisquer alterações, continuando a ser um automóvel simples, ágil e (muito) poupado. O sistema híbrido e:HEV, com um funcionamento diferente de alguns dos seus concorrentes, conta com 109cv de potência e um binário de 253Nm. O andamento é suficiente, com uma aceleração dos 0 aos 100km/h em 9,3s atingindo uma velocidade máxima de 173km/h, mais do que suficiente. 



Os números que importam são os dos consumos. Em cidade, com calma, é possível mesmo circular abaixo dos 3l/100km (!), o que pode parecer até estranho. Em auto-estrada, devido ao sistema funcionar de forma distinta em cidade, os consumos não “disparam”, fazendo com que contemos com uns realistas 5,3l/100km. Em média, o Honda Jazz Black Edition acabou este ensaio com um valor de 4,4l/100km no seu painel de instrumentos digital. 

O comportamento dinâmico é são graças a um peso reduzido que não chega aos 1300kg, com o Honda Jazz a preferir, no entanto, andamentos mais tranquilos e maioritariamente em cidade; para viagens mais longas aconselhamos o Civic.

Do lado menos positivo está o ruído do motor quando se esmaga mais o pedal da direita, exibindo o som típico deste tipo de transmissões, ainda que a Honda se tenha esforçado para “disfarçar” com umas “passagens de caixa” simuladas. 

Em jeito de conclusão desta nova visita do Jazz ao MotorO2, comprovamos uma vez mais que é um dos automóveis que melhor sabe aproveitar o espaço interior, com uma dimensão exterior de apenas 4 metros de comprimento. A sua poupança é igualmente o seu ponto mais forte, capaz até de rivalizar com propostas PHEV. O Black Edition é a escolha para quem procura um Jazz, pretende equipamento, mas ainda assim quer fazer um bom negócio. 

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!