“A mais de meio caminho”
Para a Mitsubishi, o ano de 2024 está a ser muito positivo, com um crescimento de 57% no seu volume comparativamente com 2023. A marca japonesa já conta com 1,9% da quota de mercado nacional, totalizando 2.165 viaturas vendidas até ao final do mês de junho. O renovado ASX chega para ajudar a atingir a meta de 4000 unidades neste ano.
E o ASX tem um “peso” importante para conseguir essa importante meta, já que está colocado no segmento B-SUV, o que significa quase 43.000 unidades, não abrandando o seu crescimento (+11,1%).
As mudanças
Os responsáveis pela marca não esconderam que gostariam que o seu modelo tivesse mudado mais do que mudou, no entanto, este ASX conta com mais “Mitsubishiness”, ou seja, aproxima-se mais com o design da marca nipónica, mesmo que seja fortemente baseado num modelo da marca francesa, parceira de Aliança.
No exterior, as maiores diferenças encontram-se na dianteira, com uma frente mais horizontal com o Dynamic Shield em maior destaque, conferindo ao modelo uma maior desportividade. Em termos de dimensões, esta nova dianteira faz com que o modelo fique 10mm maior. Ou seja, impercetível.
As jantes são de 17’’ ou 18’’ polegadas, com as de maior dimensão a serem exclusivas do ASX, sendo o maior fator de diferenciação na lateral. Já na traseira, não existiram alterações, com o nome da marca a continuar em destaque no portão da bagageira.
Em termos de cores, estão disponíveis 5 tonalidades, com a possibilidade de serem Two-Tone na versão mais equipada.
Já no interior as diferenças são mais notórias, sobretudo na tecnologia, com o ecrã de maiores dimensões (10,4’’) a chegar ao ASX, com um novo software e estando mais fácil de utilizar, assim como mais completo, contando igualmente com os sistemas Apple CarPlay e Android Auto sem necessidade de ligar cabos.
Os comandos da climatização continuam físicos, mas mudaram de posição, ajudando a criar espaço para mais uma área de arrumação. Graças à nova consola flutuante, existe agora um novo espaço para o carregador sem fios para o smartphone.
O painel de instrumentos foi igualmente revisto, sendo agora 100% digital e capaz de ser personalizado. Para rematar, encontramos novos materiais e decorações interiores, assim como duas opções de revestimento para os bancos: tecido ou tecido e pele sintética, dependendo da versão.
Em termos de espaço a bordo, nada mudou, com o ASX a ser uma proposta espaçosa dentro do seu segmento. Destaque para o facto de o banco traseiro ser ajustável longitudinalmente em 16cm, o que permite que a capacidade da bagageira varie entre os 422 ou 536l.
Os motores e preços
A gama de motorizações é simples, composta por quatro opções. A “abrir” a gama contamos com o 1.0 MPI-T com 90cv e transmissão manual de 6 velocidades. Passando para o 1.3 DI-T Gasolina/MHEV que pode ter 140cv com a transmissão manual de 6 velocidades ou 160cv com a transmissão SST de sete velocidades.
Para o final do ano a Mitsubishi confirmou a chegada da variante Gasolina/GPL com 100cv, tendo por base o 1.0 MPI-T.
Em termos de equipamento, existem duas versões: Kaiteki e Shogun. O primeiro pode com os propulsores 1.0 MPI-T gasolina ou Bi-fuel, com o Shogun a poder contar igualmente com as soluções 1.3 DI-T de 140 ou 160cv ou a a gasolina de 90cv.
Em termos de expressão de vendas, é esperado que o 1.0 MPI-T de 90cv seja responsável por 55% das vendas, com o Bi-Fuel a garantir mais 15%.
No que diz respeito aos preços, o ASX começa nos 24.600€ PVP para a versão na versão Kaiteki de 90cv, reduzindo esse valor com a campanha de pronto pagamento por 23.008€ ou de financiamento por 21.758€.
O Bi-Fuel começa nos 25.700€ (24.208€/ 22.958€ em campanha PP ou Financiamento, respetivamente). Quanto ao propulsor 1.3 DI-T inicia-se nos 27.700€ (26.508€ PP/ 25.258€ Financiamento), enquanto a versão Shogun de 160cv está disponível por 30.600€ (29.108€ PP/ 27.858€ Financiamento).
Existe ainda uma versão Launch Edition, limitada a 50 unidades que usa por base a versão Kaiteki e o motor de 90cv e transmissão manual, contando com equipamentos exclusivos como as jantes de liga leve de 17’’, proteções das embaladeiras iluminadas e a proteção da bagageira.
A garantia é de 5 anos ou 100.000km.
O resto do ano…e mais além
Para o resto deste ano de 2024, para querer alcançar a barreira das 4 mil unidades vendidas, são essenciais mais novidades. Na gama ASX, a versão Bi-Fuel chegará no quarto trimestre do ano, com a versão HEV do Colt, o “colega” do ASX no segmento B, a chegar um pouco antes. Para 2025, as novidades são o novo Outlander (que ainda se esperou que chegasse este ano) e o novo SUV EV de segmento C.
Portanto, há razões para acreditar no crescimento. Se as 4000 unidades serão alcançadas? Só em Dezembro saberemos, mas o certo é que já se pode dar os parabéns pelos números alcançados, com uma rede que está a ser renovada e a crescer.
