Home Notícias Fomos conhecer (alguns) segredos do sucesso da Dacia

Fomos conhecer (alguns) segredos do sucesso da Dacia

Fomos conhecer (alguns) segredos do sucesso da Dacia
0
0

“Design to cost”

 

A Dacia convidou-nos para conhecer alguns segredos do desenvolvimento dos seus modelos, assim como dar a entender os seus mais recentes números.

Em Portugal, a Dacia é líder incontestável entre os clientes particulares (4º no geral). Para se ter uma noção, 1 em cada 5 escolhe a insígnia do grupo Renault como a marca do seu novo automóvel, com o Sandero a ser o automóvel mais vendido em Portugal.

O Duster, mesmo no final de vida desta geração, continuou a ser o segundo mais vendido. O grande crescimento foi verificado no GPL, que já corresponde a 66% do total das vendas da marca, com a Dacia a afirmar que o diferencial de preço para uma versão somente alimentada a gasolina é paga muito rapidamente, em menos de um ano.

Para o futuro, os sinais são positivos, com o novo Duster a contar desde já com mais de 1000 encomendas em dois meses, mesmo sem os clientes terem visto a nova proposta ao vivo.

Ainda merece destaque o facto de 30% das vendas terem como partida o canal Digital.



 O modelo de negócio

A Dacia passou de ser uma marca Low Cost para uma Best Value for Money: “Queremos que a Dacia passe da marca que as pessoas podem ter, para a marca que as pessoas querem ter”, referiu José Pedro Neves, diretor-geral da Renault Portugal.

Para conseguir oferecer os valores de aquisição cativantes, sem perder equipamentos já tidos como “essenciais”, são feitas escolhas importantes durante o desenvolvimento dos novos modelos.

Para nos apresentar essas escolhas e decisões, que parecem simples e pouco impactantes, mas que em centenas de milhares de automóveis fazem (bastante) diferença, contámos com Elisa Jarier, responsável de Produto e Julien Ferry, líde dos Veículos Globais da Dacia.

Reutilizar é importante, assim como aproveitar o máximo de cada elemento. Por exemplo, as jantes do novo Dacia Duster oferecem a possibilidade de seis escolhas diferentes, mas que, na verdade, a Dacia utiliza apenas três jantes distintas (16,17 ou 18 polegadas), jogando apenas com as cores e acabamentos para as diferenciar.



Depois existem elementos que podem não ser tão cuidados, como alguns parafusos expostos, longe de nossa vista, bem como as palas do sol rijas ao invés de contarem com um acabamento mais “premium”. Mas tudo isto serve para cortar custo, não apenas para conferir uma maior margem ao modelo, mas também para garantir um preço mais comedido. E foi mesmo Julien Ferry que o disse: “O dinheiro que poupamos nos detalhes não é guardado nos nossos bolsos. Essa poupança é para ser investida no estilo dos carros, mas também nos ecrãs, que é para onde se olha mais.”

São ainda adotadas duas outras soluções. Por exemplo, ao excluir a regulação do cinto de segurança, visto que o assento é regulável em altura, mais uma vez poupa-se importantes recursos para investir no novo sistema multimédia. Mas até lá existem truques.

O sistema “Media Display” é mais completo, mas ainda assim não obriga a alterações no “miolo” do tablier, ou seja, o seu módulo é de pequenas dimensões, evitando assim ter que ser feita toda uma diferente distribuição das condutas de climatização. Assim, melhora-se o custo, sem necessitar igualmente de ajustes na linha de produção.

Obviamente, junto a tudo isto, a Dacia tem ainda a oportunidade de utilizar as bases do Grupo Renault onde está inserida, com a plataforma CMF-B a ser o recurso para a maioria dos Dacia.

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!