Home Ensaios Ensaio MotorO2 – Renault Fluence 1.6 dCi Exclusive

Ensaio MotorO2 – Renault Fluence 1.6 dCi Exclusive

Ensaio MotorO2 – Renault Fluence 1.6 dCi Exclusive
11
0

“Sr. Perfeitinho”

A Renault tem uma longa e rica história, tanto de veículos mais pequenos como o 4L, 5, Twingo, Clio.

Mas também têm um grande passado nas berlinas (25, 21, Safrane, Laguna), e em todas elas, aparte do aparecimento de novas e inovadoras tecnologias, havia também outra característica que as diferenciava das demais opções no mercado: O conforto!
Está aqui uma das características do Fluence, senão a mais importante.

O Fluence nasceu em 2009 fruto de um projecto de veículo internacional, já que é vendido nos quatro cantos do mundo, tanto pelo Renault como pela sua subsidiária Coreana, a Renault Samsung Motor, chamando-se lá de SM3.

É baseado no actual Mégane, e que após duas gerações deixou de ter a “sua” versão 4 portas. Com isto a Renault quis claramente diferenciar os seus modelos, metendo o Fluence numa “classe à parte”, criando assim um modelo mais pequeno que o Laguna, mas com um espaço e conforto quase ao mesmo nível.

As diferenças entre o Fluence e o(s) Mégane(s) começam desde logo no seu design, a nova frente estreada no Clio IV está bastante melhor, agora mais “encaixada” na família Renault, com o seu losango bastante visível e as entradas de ar mais agressivas.Mas de agressivo o Fluence tem pouco, o nome diz logo tudo, o design é fluído, sem grandes arestas ou ângulos, tudo resulta bem, é um carro harmonioso.

Aconselhamos, se para si o aspecto for importante, á opção das jantes de 17″, já um aspecto ainda melhor ao Fluence, quanto à cor, são escolhas, mas este Branco Marfim não agradou a ninguém.

Mas que novidades trás este novo Fluence? No topo da lista está a inclusão do moderno turbodiesel 1.6 dCi 130cv, motor este que se posiciona no topo da oferta, o motor mostra-se sempre pronto, com uma maior resposta as solicitações do pé direito. Comparando mesmo com o outro motor da gama, o 1.5 dCi 110cv, este novo teve melhoramentos em toda a sua faixa de utilização, dando à berlina Gaulesa, uma nova alma.

Também graças a esta nova unidade motriz, as suas características dinâmicas foram melhoradas, sem nunca perder a sua postura e claro o mais importante para quem escolhe um veículo como este, o conforto, já que o Fluence dá vontade de conduzir de forma bem calma.

Na estrada, o amortecimento é suave, mesmo em estradas com piso mais irregular, o Fluence mostra-se sempre muito…adivinhou, confortável (aqui ajuda as jantes de 16″).

A direcção é a conhecida do Mégane, e é a ideal para este carro, já que em cidade é leve e facilita as manobras, mas é também muito agradável no seu “habitat natural”, a Auto-Estrada.

Boa altura para falar dos consumos, em AE fizemos uma média de 5,0l/100km, sendo que a média combinada ficou em torno dos 5,3l/100km, um pouco acima do que a Renault anuncia nos seus dados oficiais (4,6l/1ookm), a caixa está bem escalonada com a 5ª e 6ª velocidade mais longas, em cidade temos de recorrer mais vezes a ela, mas é suave e precisa, peca só no seu manuseamento por o comando estar um pouco mais recuado do que deveria.
Passando para o interior, a inspiração é claramente na gama Mégane. O tablier é idêntico, assim como toda a consola central, a instrumentação passa agora neste restyling a ser digital. A lista de equipamento é extensa, alguns deles de segmentos acima. No interior destacamos, os estofos em pele, o cartão mãos livres, já habitual na Renault, sistema bluetooth incluído na outra novidade, que é o excelente sistema R-Link (clique para ver)
que inclui função GPS, o ecrã de 7″ polegadas está no topo do tablier, mas um pouco afastado dificultando um pouco a sua utilização, podemos sempre optar pelo “joystick” no lugar do rádio, excelente sistema áudio by Arkamys em que podemos ajustar em pormenor a saída de som, entradas USB/jack para ligar aparelhos portáteis. Temos também o ar condicionado bi-zona e outros pormenores “de segmento acima”, como as cortinas para os vidros laterais traseiros e para o posterior.
Quanto ao espaço, é desafogado, muito pelo alargamento da distância entre eixos da gama Mégane em 6cm, este acréscimo nota-se integralmente na habitabilidade traseira, libertando espaço para os joelhos dos passageiros do “banco de trás”, isto consegue-se medindo uns impressionantes 4,62 metros, o que já é ao nível do segmento médio-alto, por exemplo o Laguna actual mede 4,69 metros…
Assim sendo, além da habitabilidade acrescida, também a mala sai a ganhar, com uns espantosos 500 litros de capacidade, mas como é normal neste tipo de carroceria tri-corpo a abertura da mala é limitada, tornando mais complicada a tarefa de carregar ou descarregar largos objectos, mas para isso a Renault “defende-se” com a Mégane ST.

 

Pontos fortes e menos fortes:Nas partes positivas estão: o conforto, sempre presente, mesmo nas estradas mais estragadas (temos muitas), ou então na Auto-Estrada, o Fluence cruza grandes distâncias sem “magoar” os passageiros, muito pela sua suspensão que está afinada para ser mais macia; O motor que agora está mais disponível; A grande oferta de equipamento, muitos desse equipamentos que são normais de segmentos acima; Habitabilidade e Capacidade da Mala;
Agora nos pontos menos positivos estão: Comando da caixa de velocidades que está (um pouco) mais recuado do que deveria; Acabamento no interior da bagageira; Falta do sistema start-stop que poderia baixar um pouco mais o consumo e a última é subjectiva, mas é a cor (Branco Marfim) opção 190€.Conclusão: Este (Novo) Fluence é um opção excelente para quem não se identifica com os “hatchbacks” do mercado e quer algo mais clássico, mas não quer chegar aos segmento D, ou seja familiares médios.Por isso é uma das opções mais fortes e interessantes, o seu preço abaixo da barreira psicológica dos trinta mil euros e recheado de muitos e bons equipamentos torna-o num automóvel com um excelente “value for money”,e o seu motor 1.6 dCi dá outra vida ao Fluence, com um grande conforto, isso sim está sempre presente.

Tal como a marca diz, eu confirmo: “Definitivamente, viajar em 1ª Classe”!

 

 

 

Motor e Modelo: Renault Fluence 1.6 dCi Exclusive;
1598cm3; 130cv/4000rpm; 320nm/1750Nm; Transmissão Manual de 6 velocidades; Consumo oficial: 4,6l/100km; Consumo medido: 5,3l/100km;
Dimensões e capacidades: Comprimento: 4,618; Altura: 1,479; Largura: 1,809; Capacidade da mala: 530l; Capacidade do Depósito: 60l

Equipamento de série:Jantes de Liga Leve 16′; Faróis de Nevoeiro; Luzes Diurnas; Volante Multifunções e Selector de Velocidade em Pele; Travão de Estacionamento Eléctrico; Ar Condicionado bi-zona; Ecrã Multifunções; Sistema de Navegação (R-link, opção obrigatória); Sistema de mãos-livres Bluetooth; Rádio Leitor de CD/MP3; Ficha de Ligação USB/iPod; Limpa para-brisas com sensor de chuva; Faróis com sensor de luz; Cruise Control Adaptativo com limitador de velocidade; Cartão Mãos Livres; Vidros Traseiros com Cortinas; Saídas de Ventilação Traseiras

Preço da versão ensaiada: 29.250€

Texto/Ensaio e Fotos: Rodrigo Hernandez

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!