“Peeling”
Estão a ver as estrelas de Hollywood que fazem um peeling, mas que não é por necessitar, mas sim para continuarem “a dar nas vistas” e manterem-se jovens e actuais?
Óptimo, então imaginem que o Alfa Romeo Giulietta é uma dessas estrelas.
O modelo lançado há seis anos, recebeu agora o seu segundo tratamento de estética, que embora não o necessitasse, continua elegante, e com uma desculpa para ser falado de novo.
O exterior de linhas elegantes e desportivas mantém-se bem actual, fazendo inveja aos seus concorrentes e desviando olhares por onde passamos. A silhueta tipicamente italiana tem nela, os pontos-chave, como a frente a contar com a típica grelha da marca, que agora recebe um padrão em “favo de mel” e o para-choques redesenhado, com detalhes em vermelho, a contrastar com a pintura branca, que parece assentar que nem uma luva a este modelo. Os originais grupos ópticos ganham um interior com um padrão de fibra de carbono, com os espelhos e puxadores em tom de antracite, a fazer distingir esta versão Super do Giulietta, equipada com o pack Veloce.
A lateral herda uma inovação lançada pela marca, falo dos puxadores traseiros dissimulados, a surgirem pela primeira vez no Alfa Romeo 156. A linha de cintura elevada, destaca bem as suas vias, bem revestidas e calçadas com jantes opcionais de 18”, enquanto a traseira permanece quase inalterada, apenas ganhando um novo lettering no seu nome, e um novo para-choques com um detalhe em vermelho, idêntico ao encontrado na frente.
Se por fora, “quebra corações”, lá dentro o seu estilo dinâmico continua presente, em pequenos detalhes. Os bons bancos que oferecem um bom apoio nas curvas, são confortáveis, garantindo uma posição de condução correta, o volante em pele conta com os pespontos em vermelho, elemento esse que se vê também no selector da caixa de velocidades. O tablier e as portas recebem também um revestimento texturizado inspirado na fibra de carbono, mais desportividade, tão normal e tão necessária na marca Italiana.
Os instrumentos, são de fácil leitura, com um computador de bordo, que embora não seja a cores, consegue transmitir todas as informações necessárias. Mas é também é no interior que notamos alguns elementos mais ultrapassados, como o sistema de infotenimento, que conta com um ecrã de (apenas) 5” e sem sistema de navegação, esse, está apenas disponível como opcional, mas conta com um ecrã maior (6,5”).
O espaço interior não é referencia, mas também não é nenhum aperto, na frente viaja-se sem qualquer tipo de problema e atrás sentam-se perfeitamente dois passageiros, desde que a sua altura não exceda em muito o 1,80m, destaque para a saída de ventilação exclusiva para os passageiros traseiros, um pormenor que aumenta em muito a qualidade de vida a bordo. A bagageira apresenta um boa capacidade, com 350l disponíveis.
Mas o mais importante de um Alfa Romeo é a sua condução, por isso, não vamos perder mais tempo.
Aqui temos o 1.6 JTD-M2 de 120cv, associado à nova caixa de velocidades de dupla embraiagem de seis velocidades, que na Alfa Romeo se chama TCT. Esta promete ser ainda mais eficiente num ambiente urbano e mais eficaz nas recuperações.
Isso realmente verifica-se, com os consumos em cidade a revelarem-se baixos, o que até já é conhecido por este motor, ensaiado já em outros “formatos”. Contudo a caixa, em baixas velocidades confunde-se um pouco com o sistema de stop-start, nada de muito grave, já que os problemas terminam logo ai, de resto esta é bastante suave, rápida e bem escalonada. Em auto-estrada conseguimos circular bem em 6ª velocidade e com o motor a ter sempre uma boa resposta, isso pode ainda ser melhorado através do modo Dynamic do sistema DNA da Alfa, que muda radicalmente a maneira como este automóvel se comporta.
Neste modo mais desportivo, o acelerador torna-se bem mais sensível, a caixa ainda mais rápida, a direcção mais pesada e o diferencial autoblocante electrónico Q2 liga-se, tornando a condução bastante mais cativante e divertida, isso ainda se nota mais se usarmos as patilhas de selecção por trás do volante, e sentimos que este diesel, até tem veia de desportivo.
A suspensão é mais firme, nunca chegando a ser desconfortável, é bastante informativa e ajuda nessa parte da diversão, tão importante num automóvel da marca, os travões também estão em bom plano e que contam, no modo Dynamic com o sistema “Prefill” que aumenta uns bares a pressão do sistema da travagem, aproximado as pastilhas do disco, reduzindo por sua vez a distância de travagem.
Tudo tem um preço e o Alfa Romeo Giulietta também tem o seu, não é exagerado, está dentro dos valores normais. A versão Super, com o motor diesel de 120cv e caixa automática de dupla-embraiagem, fica pouco acima dos 30 mil euros, o das fotos tem cerca de dois mil euros em opcionais.
Por isso, se gosta de estar na moda e se para si, um automóvel é mais do que apenas um meio de transporte, mas também um acessório de moda, os Alfa Romeo são ideais para si. O “novo” Giulietta é uma proposta aliciante, com um motor diesel despachado e uma caixa de dupla-embraiagem que é eficaz. O equipamento tem a lacuna de não oferecer a navegação de série, mas o bom ambiente a bordo até desculpa isso.
Uma coisa é certa, quando o estacionar vai olhar novamente para ele por cima do ombro para o ver de novo.
Alfa Romeo Giulietta 1.6 JTD-M2 120 Super TCT
Especificações:
Potência – 120cv às 3750rpm
Binário – 280Nm às 1500rpm
Consumo anunciado (Medido) – 3,9l/100km (5,5l/100km)
Preços:
Preço base Giulietta Diesel TCT: 28.792€
Preço da unidade ensaiada: 32.913€
